11 junho 2011

Paixão que dura muito é doença?

Amanhã é o Dia dos Namorados, onde os corações apaixonados trocam juras de amor eterno. É dia de muito amor e paixão. Mas será que a paixão merece estar nessa história?

Em entrevista a um programa de televisão (10/06), o endocrinologista e consultor Alfredo Halpern fez considerações sobre amor e paixão, diferenciando os dois sentimentos. Ele destacou que a paixão é um estado temporário, que varia de 1 a 3 anos, período em que o sujeito (homem ou mulher) pode experimentar dependência de álcool e drogas, tremores, suor, sentir frio na barriga e falar frases desconexas, ter o pulso e o coração acelerados e subida de pressão. Mas segundo ele, depois de algum tempo, principalmente quando já há filhos, a natureza se contenta e a paixão vai embora. O amor, porém, pode ficar. É um sentimento de carinho, compreensão e amizade.

Apesar da afirmação soar decepcionante, Halpern diz também que a paixão sempre vai embora, já que ninguém pode viver apaixonado a vida toda, e os que conseguem tal façanha são doentes, têm algum problema psiquiátrico. De acordo ele, o amor persiste, é gostoso e mais calmo. Nessa fase, há menos adrenalina e noradrenalina, além de mais serotonina e outras substâncias. É possível que um amor comece sem paixão, e mesmo assim aumente com o tempo. Mas, em geral, a paixão vem antes do amor. E, biologicamente falando, a paixão precisa ser recíproca para acontecer.

Como regra, quem está apaixonado emagrece, principalmente adolescentes e mulheres jovens. A dopamina, a adrenalina e a noradrenalina ajudam nesse processo. Além disso, a pessoa supre com um amor a necessidade de comer, e o alimento se torna menos importante. Isso ocorre muito em indivíduos compulsivos, que trocam uma obsessão por outra. Em namoros mais estáveis, pode haver ganho de peso, dependendo do parceiro, sobretudo se o casal gostar muito de comer e for sedentário. Por outro lado, há gordinhos que encontram um companheiro com hábitos saudáveis e, depois disso, emagrecem.

Por fim, Halpern disse que uma desilusão amorosa sempre leva a um estado de tristeza e melancolia, mas, em pacientes depressivos, o término pode ser o estopim para o aparecimento de um problema mais sério.

Não sou médico, por isso nada sei sobre adrenalina, noradrenalina, dopamina, serotonina ou outras substâncias, mas não acredito que uma paixão duradoura seja sinônimo de doença ou problemas psiquiátricos. Aliás, conheço casais cheios de saúde e eternamente apaixonados. E você, o que acha?


Fonte: G1



Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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