14 março 2014

Letícia Spiller: realidade ou ideologia?

Foto: reprodução

Letícia Spiller, a divertida Lola de "Joia Rara", novela da Globo, segundo o G1, viveu uma noite de pavor na última quarta-feira (14/03), quando três homens armados e usando máscaras invadiram sua casa no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, por volta das 2h, e a mantiveram presa junto com o marido e a filha dentro de um dos quartos da residência enquanto roubavam celulares e joias, ocorrência que está sendo investigada pela 16ª DP (Barra da Tijuca).

A atriz, cujo trabalho todos admiramos, é uma daquelas pessoas que aplaude regimes ditatoriais como o cubano e que já se disse arrependida de ter usado uma camisa com a bandeira americana quando mais jovem, que hoje seria trocada por uma com a imagem de Che Guevara.

Sua atitude, aliás, não é muito diferente daquela tomada por boa parte da nossa sociedade, que muito mais rapidamente se mobiliza para defender um bandido que leva um tapa ou morre numa troca de tiros com agentes da lei, do que para lamentar o assassinato dos homens e mulheres, todos chefes de família, postos na rua para sua defesa, como vem ocorrendo no Rio de Janeiro, onde onze policiais já foram abatidos por criminosos desde a implantação do programa de Unidades de Polícia Pacificadora - UPP's. O último deles, o tenente Leidson Acácio Alves, de apenas 27 anos, foi morto ontem (13/03), depois de ser baleado na cabeça no Parque Proletário, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.

Quando astros e estrelas de nosso mundo artístico e cultural, como Letícia Spiller, por exemplo, formadores de opinião, manifestam admiração e apoio a tiranos e tentam transformar bandidos em vítimas sociais, a influência é grande e pode perfeitamente desviar cabecinhas desavisadas ou personalidades em formação. Ela, Letícia, depois do susto que passou, deveria refletir um pouco mais e tentar enxergar os problemas do país de uma forma mais realista e menos ideológica. Ao aparecer ao lado do desequilibrado Nicolás Maduro, o grande Sean Penn, um ícone do cinema contemporâneo, ajuda a fortalecer um regime que desrespeita e oprime metade do povo da Venezuela, o que é lamentável.

Ao elogiar ditaduras socialistas e criticar instituições legalmente estabelecidas, ou pior, tratar o bandido como uma simples vítima do sistema, incapaz de decidir entre o bem e o mal, o artista incentiva o crime, e o resultado disso é a impunidade, que só faz aumentar a violência que a sociedade brasileira não mais suporta.


Rodrigo Gonstantino




Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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