01 junho 2014

Além de bebida e drogas, festa em universidade federal teve até bruxaria

Foto: reprodução

Que a educação do país vai de mal a pior, todo mundo sabe. Também não é novidade que boa parte das universidades brasileiras vêm sendo alvo de bandidos, que assaltam e matam dentro de suas instalações, e da inexplicável violência dos próprios universitários, em trotes absurdos onde calouros sofrem constrangimentos e humilhações, e em alguns casos, perdem a própria vida. Tudo, ao menos até hoje, sem qualquer notícia de punição dos responsáveis. A novidade agora vem da Universidade Federal Fluminense - UFF, em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, cuja reitoria anunciou ontem (30/05), que vai abrir uma sindicância com o objetivo de apurar denúncias sobre uso de drogas e álcool naquele pólo da unidade, além da prática de orgias e rituais satânicos, como o "Xereca Satânik - A Festa", evento divulgado nas redes sociais, com distribuição de convites a mais de duas mil pessoas.

Imagens registradas por alunos durante a festa, mostram mulheres mascaradas e nuas, e numa delas, a genitália de uma jovem teria sido "costurada". Em outras fotos, e elas são muitas, mulheres foram clicadas nuas num suposto ritual de magia negra, inclusive, com uso de um crânio humano, tudo regado a muita bebida alcoólica, que segundo um estudante da instituição, que por motivos óbvios pediu para não ser identificado, foram armazenadas dentro do novo anexo da universidade.

- A festa ocorreu ao lado do prédio novo chamado multiuso. O diretor do pólo permitiu o armazenamento de bebidas dentro da universidade. O uso de drogas é praticamente liberado. Precisamos de uma intervenção urgente - disse.

O reitor da UFF, Roberto Salles, informou à imprensa que, além da abertura de uma sindicância, proibiu os diretores do pólo de se pronunciarem sobre as festas que acontecem dentro da instituição, afirmando que todas as informações serão apuradas e os responsáveis punidos.

No convite divulgado pelas redes sociais, as pessoas foram conclamadas a participar de uma "Festa de confraternização do Seminário Corpo e Resistência" e do "2° Seminário de Investigação e Criação do Grupo de Pesquisas/CNPq Cultura e Cidade Contemporânea".

Ao contrário do que pensa o xerifão da universidade, a sociedade brasileira tem o direito, sim, de saber o que está acontecendo dentro da instituição, que é bancada com o dinheiro público. Como é possível que bebidas alcoólicas sejam guardadas num dos prédios da instituição de ensino com a permissão de um de seus diretores? Será que Ministério da Educação tem conhecimento disso? Não teria ele a obrigação de vir a público e dar satisfações acerca do ocorrido e de todas providências determinadas? E a polícia? E o Ministério Público Federal? Ou será que tudo vai acabar na gaveta de um burocrata qualquer manipulado por interesses políticos? Queremos saber o que esse bando de marginais está fazendo dentro de uma universidade e qual a punição para os administradores que permitem e até dão uma ajudinha para que isso aconteça. O que você pensa dessa zona? Deixe um comentário.






Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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