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25 novembro 2012

É proibido

Pablo Neruda (foto: reprodução)

"É proibido restringir a vida! É proibido não vivê-la com intensidade! Viva e faça a sua diferença! Não para com os outros... mas para você! Olhe de modo diferente e enxergue-se melhor a cada dia. Ninguém tem o direito de nos fazer acreditar na insignificância e nem nós temos o direito de passar insignificantemente pela vida!"

Com esta mensagem a blogueira e amiga Jackie Freitas (Fenix - Vidas que renascem), fechou o texto onde lembra Pablo Neruda. Vale a pena conferir!

23 setembro 2012

Primavera - Cecília Meireles

A primeira borboleta (foto: fotobob/reprodução)


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

20 janeiro 2010

O PROTESTO DA MINEIRA ANTÔNIA MACIEL

A defesa do meio ambiente não se faz apenas através de protestos radicais, principalmente quando seu objetivo é conscientizar o cidadão sobre a necessidade de se preservar o Planeta.

Assim, não acho que vamos abandonar uma de nossas bandeiras, a defesa do meio ambiente, se a mensagem de alerta for passada na forma de um poema, melhor dizendo, de um poema de rara beleza.

Por isso, fui buscar na obra UNIVERSOS DE ANTÔNIA e aqui transcrevo o brado de oposição da mineira MARIA ANTONIA MACIEL contra o projeto de transposição das águas do RIO SÃO FRANCISCO!



NAS TRILHAS DO CHICO

Da divina inspiração,
Nos dias da criação,
Ganhaste leito e beleza.
Sai de São Roque de Minas,
Corta montanhas, campinas,
Em majestade e grandeza.

Do Chapadão do Zagaia,
Nascente procura a raia
Cortando nossos sertões.
Dois olhos d’água somente
Se juntam, fazem correntes,
Cascatas e ribeirões.

Teu curso é bastante antigo.
Serpenteias, velho amigo,
Alheio às transposições.
Serra Canastra mineira,
Tua nascente altaneira,
Já ouve as lamentações.

Opará, índio sabia
Cuidar da tua alegria,
Mas o branco vem traçar,
Desenho de insanidade,
Teu curso sem liberdade,
Sem nada justificar.

Diz a voz da consciência:
No agreste falta é gerência
Para a gestão dos recursos.
Não há que transpor as águas,
Velho Chico, noutras plagas,
É sofisma dos discursos.

Atrevimento, ousadia,
Vil interesse, utopia,
Comércio dos marginais.
Comprem votos, dividendos,
Mas deixem o Chico correndo
Nos leitos originais.


ANTONIA MACIEL está no ORKUT!