A separação de um casal, coisa comum de uns anos para cá, na maioria das vezes gera infindáveis discussões. A questão financeira, que engloba divisão de patrimônio e pensões porventura discutidas entre as partes (o homem também pode exigir esse benefício da mulher), é sempre muito complicada e difícil de resolver. Mas o mais grave na separação, não duvidem, é a questão dos filhos.
Essa não é a opinião de um advogado, mas de um sujeito que já enfrentou o problema, e pelos erros cometidos, ainda é cobrado até hoje, 30 anos depois.
A discussão sobre a guarda dos filhos menores gera, não raro, situações dolorosas para todos os envolvidos, com conseqüências imprevisíveis para as crianças, quase sempre disputadas como verdadeiros troféus por adultos incapazes de compreender o mal que a intolerância e a vaidade de suas atitudes podem causar no futuro ao pequeno ser que lhes cabe proteger, educar e encaminhar para a vida.
As mágoas pelo desfazimento da vida conjugal, as marcas ficadas por desentendimentos e possíveis agressões, aliadas a uma justiça que não funciona, ao menos na velocidade que questões como essa exigem, mergulham a criança num turbilhão de incertezas e insegurança, plantando em seu íntimo, ainda em formação, uma infinidade de sentimentos desencontrados, que podem gerar revolta, agressividade e até sugerir o perigoso caminho das drogas.