11 outubro 2010

Tropa de Elite 2: sonha de justiça ou violência gratuita?

Segundo o G1, Tropa de elite 2 já é o filme de maior público na estréia da história do cinema nacional. Segundo dados da Filme B e da Rentrak, empresas que contabilizam dados de bilheteria no país, entre sexta-feira (8/10), dia do lançamento da obra em 696 salas de cinema em todo o país, e o último domingo (10/10), a produção dirigida por José Padilha foi assistida por 1,25 milhão de espectadores.

O número supera fenômenos de bilheteria de 2010, como Eclipse, terceira parte da saga dos vampiros adolescentes de Crepúsculo, que foi vista por 1,185 milhão em sua estréia, em junho.

Tropa de elite 2 também é a maior estréia nacional no ano, superando as sagas espíritas Chico Xavier e Nosso lar, que foram vistas no primeiro final de semana por 590 mil e 560 mil, respectivamente. 


Wagner Moura como o capitão Nascimento (foto: divulgação)

Continuação do Tropa de Elite de 2007, que foi premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim, Tropa de elite 2 mostra seu protagonista, o policial Nascimento, vivido pelo ator Wagner Moura, do Batalhão de Operações Especial - Bope, combatendo novos inimigos: políticos corruptos e milícias que agem nas favelas cariocas.

O novo filme avança 15 anos em relação à trama original e traz o ex-capitão do Bope, agora promovido a subsecretário de Segurança Pública, num confronto sem fronteiras contra um ativista dos direitos humanos, vivido pelo ator Irandhir Santos.

Tropa de Elite 2 foi lançado sob forte esquema antipirataria, que incluiu até mesmo instruções do próprio Bope, segundo o diretor José Padilha. Além de não ter produzido cópias digitais, somente película, a sessão première, exibida no Teatro Municipal de Paulínia - SP, teve até revista em bolsas, com apreensão de câmeras e celulares de convidados, além de sistema de portas com detectores de metais na sala de exibição.

Segundo o diretor, tanta precaução se referia ao "trauma" sofrido em 2007, quando o filme foi pirateado e se tornou um fenômeno de vendas nas mãos dos camelôs. Estima-se que 11 milhões de pessoas tenham assistido Tropa de Elite em sua versão pirata antes mesmo da estréia.

Qual seria a razão do sucesso das versões de Tropa de Elite? Estaremos sedentos da justiça praticada pelo capitão Nascimento ou tão acostumados com a violência que a queremos conhecer em detalhes? O que você acha?




Quer ver a sinopse do filme, vá até o portal Cinema com Rapadura!


Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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2 comentários:

  1. Olá meu querido amigo Roberto!
    Para ser muito honesta eu não assisti nem o primeiro...rsrs... Não sei te explicar direito, mas acho que peguei certa resistência a esse tipo de enredo. Não me apetece mais ver nas telas a ação da polícia e de bandidos...me causa um misto de revolta, indignação e "asco"... Mas, vou tentar assistir...rsrs...meu marido está me convidando, e depois te conto.
    Grande beijo,
    Jackie

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  2. Nossas idéias estão muito próximas, Jackie!

    Muita gente já encara o filme como uma espécie de fenômeno, o que eu não posso mudar. Particularmente, acho que esse tipo de obra só faz propagar a violência, de nada servindo à cultura de uma sociedade, principalmente a da cidade do Rio de Janeiro, já tão traumatizada e desprotegida. Como já tive oportunidade de escrever num comentário deixado no DiHITT, "o “capitão Nascimento”, personagem interpretada com brilho incomum pelo grande ator que é Wagner Moura, acredite você ou não, é inspiração de muitas crianças e jovens, que adorariam subir qualquer morro da cidade com uma pistola nas mãos, eliminando tudo o que encontrar pelo caminho, como num game. Isso não corrige a violência, e pelo contrário, só a alimenta".

    Um abração, Jackie...

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