27 novembro 2010

Quem quiser se entregar, faça-o agora

O recado está dado! O coronel Mário Sérgio Duarte, comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - PMERJ, disse na manhã de hoje (2711) que a entrada da polícia no Conjunto de Favelas do Alemão pode acontecer a qualquer momento.

- Estamos do lado de fora por pouco tempo, afirmou ele durante entrevista coletiva no 22º BPM, na Favela da Maré.

- Não vamos recuar da decisão de pacificar o Rio. Estamos chegando aos momentos finais para alcançar os traficantes que estão no Alemão”, afirmou Duarte, que fez um apelo para que os traficantes se rendam:


- Quem quiser se entregar, faça-o agora!


De acordo com ele, não há hipótese de os criminosos saírem bem sucedidos desta operação. Duarte disse ainda que não acredita ainda em uma união entre facções criminosas da Rocinha e da Vila Cruzeiro e garantiu que está mantendo o cerco para onde os bandidos possam fugir.

São 12:39 horas, e nesse momento o comando da Polícia Militar determina que todos os bandidos se entreguem, fixando, inclusive, um local apropriado para isso na própria comunidade. Não venham, depois, os defensores dos direitos humanos da bandidagem dizer que a atuação do Estado foi ilegal, arbitrária, desumana, dotada de força desproporcional ou coisas do gênero. Quem se decidir pelo enfrentamento vai escolher um lado, e pagar por isso, com certeza! A lei é que não pode recuar e jogar fora todo o trabalho até aqui executado.

Ainda nesta sábado, a polícia divulgou o balanço do número de apreensões na Vila Cruzeiro na sexta-feira (26). De acordo com a assessoria da polícia, foram encontradas 6 metralhadoras, 4 espingardas, 39 tabletes de maconha, 220 papelotes, 111 sacolés e 15 tabletes de cocaína, uma bomba caseira, um colete a prova de balas, um uniforme camuflado, uma máquina de contagem de cédulas e uma bomba caseira. Além disso, segundo o Comando Militar do Leste, homens do Exército apreenderam na região uma mochila com mais de 30 mil dólares.


Traficantes do Alemão presos após serem baleados
(Foto: Livia Torres/G1)

Dois homens foram baleados após furarem o cerco policial no entorno da favela . Segundo a polícia, eles estavam envolvidos na queda de um helicóptero da polícia ano passado no Morro dos Macacos, também na Zona Norte da cidade, e seriam chefes do tráfico no local. As informações são da Polícia Militar.

Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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15 comentários:

  1. Eu estive assistindo ao vivo enquanto a malandragem fugia da Vila Cruzeiro. Era super fácil acabar com eles com um ataque aéreo, mas claro, seria "contra a lei". Sinceramente acho que os bandidos em nosso país têm mais direitos do que os cidadãos corretos. Até já estou escrevendo um texto a esse respeito.
    É preciso esclarecer a massa.
    abraços

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  2. Texto fantástico, por este motivo, vou adiciona-lo nos link's da semana do blog
    abraços

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  3. É isso aí, Atena!

    Direitos humanos para a bandidagem é a regra da nossa sociedade!

    Um abração...

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  4. Obrigado pela força, Douglas!

    Um abração...

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  5. Parabéns ao povo do Rio de Janeiro por essa consquista.

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  6. Carlos,

    Invadir morro subir ao topo e hastear bandeira é reprise de filme guerra. Guerra a que? O honorável e venerável Exército Brasileiro, já fez isso no Rio de Janeiro. O sucesso foi total. A bandeira nacional foi hasteada lindamente. Achava-se que seria o marco da redenção do estado. Um ato de bravura digno da 2ª guerra mundial, à guiza da tomada de Monte Castelo.
    Repito, guerra a que ou a quem? Matar traficante fugindo e pelas costas, nivelaria o estado à bandidagem. Olhos foram fechados quando pensava-se que um pacotinho de maconha aqui, outro ali, não justificaria o custo de ações policiais. Custo X benefício. Polícia era para pensar grande, pensar para os patriarcas oligárquicos. Os filhos e os netos dessa sociedade patricinha, eram usuários de drogas muito mais devastadoras, cocaína e outras inas. Por causa das orgias regadas a pó, picos e cheiros, muitas vidas foram ceifadas. Um caso emblemático sacudiu o Brasil décadas atrás. Aída Cury. A reportagem da revista O Cruzeiro, tinha cheiro de cocaína e sangue.
    Meu amigo, o calor das emoções estabelece um clima de competição em que o mal não pode suplantar o bem. Mas devemos agir consoante lei e ética. Moral e legamente embuídos de cumprir o dever indo de encontro - inclusive - de quem espera um fuzilamento geral e irrestrito contra os criminosos. Haveria mortes de inocentes. Muitos. Já tivemos Torquemadas em demasia pelo mundo.

    Abraços.

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  7. Amigo Frei Convento:

    Agradeço, primeiramente, a sua participação. Seu comentário vem enriquecer a discussão objeto da postagem. Antes de qualquer coisa, se você me permite, quero esclarecer que o meu posicionamento nessa postagem é pessoal, e não tem nenhum envolvimento político. Não estou aplaudindo uma atitude política, mas uma iniciativa da lei.

    A situação no Rio de Janeiro chegou a um ponto tal que não mais se pode fazer distinção entre morro e asfalto. Uma atitude precisava ser tomada. Alguma coisa precisava ser feita . De nada adianta a discussão sobre “criminoso maior” ou “criminoso menor”. Todos são infratores da lei, todos representam risco à sociedade e precisam ser retirados de circulação.

    A omissão de autoridades e governantes do passado não obriga autoridades e governantes do presente. A sociedade também errou e continua cometendo erros, principalmente na educação e vigilância de seus filhos, que se tornam presas fáceis para o crime. Tudo isso precisa mudar, e alguém tem que dar o primeiro passo, o que no meu entender está sendo feito pelas autoridades de segurança do Rio de Janeiro, cujo exemplo deveria ser estendido a todo os Estados da Federação, também tomados pela violência gerada pelas drogas e pela corrupção.

    A minha reação, você pode acreditar, não é ditada pela emoção, nem é resultado de uma competição estabelecida em meu subconsciente. Ela representa o sentimento natural de um cidadão, depois de anos e anos de violência e omissão, que me parece, vem sendo compartilhado pela própria comunidade diretamente das favelas diretamente envolvidas nas ações policiais.

    Também acho que tudo deve ser feito dentro da legalidade, mas sou de opinião que o mal deve ser cortado pela raiz. Quando está em ação, o criminoso não respeita seus direitos. Acho que chegou a hora de dar o troco. Esse negócio de dizer que o crime é uma questão social já não engana mais ninguém. É só lembrar a quantidade de jovens das classes mais abastadas em ocorrências policiais, prinicipalmente aquelas relacionadas ao consumo e tráfico de drogas.

    Como também venho dizendo, é preciso impedir a entrada de armas e drogas nos Estados, e isso só será feito a partir de um trabalho mais elaborado da Polícia Federal e Forças Armadas, que precisam ter participação mais ativa na garantia da soberania da Nação brasileira, que há muito vem sendo posta em risco pela atuação de quadrilhas organizadas que atuam em nossas fronteiras.

    Muito obrigado, mais uma vez, pela sua participação!

    Um grande abraço...

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  8. É isso aí, Marivan!

    Vamos sugerir a mesma ação no Espírito Santo, valeu?

    Um abração...

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  9. Também estou seguindo você, Miragem!

    Um grande abraço...

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  10. Prezado amigo Carlos Roberto; dificilmente eu fico sem saber como me posicionar diante de determinadas situações; eu também não possuo maiores problemas em expôr minhas opiniões acerca de fatos, pessoas etc...
    Mas, sinceramente, não sei o que dizer perante isso tudo que ocorre nos morros cariocas, isso tudo que ocorre entre polícia e traficante. Prefiro abster-me de comentar, para não falar besteira...Só de uma coisa tenho certeza: isso é o reflexo do abandono durante décadas do poder público em várias áreas: educação, segurança, saúde etc. Enfim, o povo está entregue à própria sorte há décadas, pois o Estado falhou e não cumpriu sua obrigação!
    Eu, que vim de São Paulo/SP para o Rio de Janeiro/RJ, recentemente, afirmo com convicção: esta cidade é "terra de ninguém"! Pena ...
    BEIJOSSSSSSSSS

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  11. Os políticos sempre falharam, Neusa!

    E não só com o Rio de Janeiro, mas com toda a Nação. Mas alguma coisa precisa ser feita para, pelo menos, diminuir o absurdo do poder paralelo imposto pela bandidagem. Se as iniciativas hoje tomadas são as mais indicadas só o tempo dirá. O que não podemos a assistir a tudo de braços cruzados. Temos, pelo menos, que nos defender!

    Um grande abraço...

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  12. ola ja estou seguindo seu blog, ele é muito bom, se de vc da uma olhada no meu e me segue tambem? http://gloogle-entretenimento.blogspot.com/

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  13. Obrigado, Henrique!

    Vou passar pelo seu blog, com certeza!

    Um abração...

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  14. Infelizmente, como você mesmo disse Carlos, porque o Estado permitiu que chegássemos a esse ponto, porque não se cortou o mal pela raiz quando começou a nascer, daria menos trabalho.

    Eu só espero que toda essa ação não seja apenas porque vamos sediar as olimpíadas e a copa do mundo, aonde receberemos as nações em nosso país.

    Que toda essa ação realizada seja de fato pensando no povo, e não apenas para a segurança dos nossos convidados, e que quando os jogos acabarem não nos entreguem novamente nas mãos dos delinqüentes.

    Um Grande Abraço!

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  15. Ediléia:

    Seu comentário tem a ver com o tipo de políticos e política praticada no Brasil de hoje. Ninguém faz nada para atender os interesses do povo. Sempre há alguma coisa do interesse direito de partidos e políticos embutida e toda e qualquer iniciativa.

    Eu não duvido que a posição agora tomada pelo governo do Rio de Janeiro tenha sido motivada mais pelas competições esportivas que você menciona do que pelo cidadão. Tem muito dinheiro em jogo, e isso realmente deixa os políticos "tremendamente preocupados"! Só espero que a sociedade saiba reagir se for lesada mais uma vez!

    Um beijão...

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