Claro que é tudo mentira, mera repetição de antigas denúncias, lamentável tentativa de desgastar a imagem do ex-presidente Lula. Foi assim também quando estourou o escândalo do mensalão. O resultado, todo mundo já sabe: a quadrilha foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal - STF.
Quando prestou depoimento à Procuradoria da República no dia 24 de setembro último, Marcos Valério esclareceu que o Banco do Brasil, desde 2003, ano inaugural do governo Lula, cobrava um “pedágio” de 2% sobre o valor dos contratos assinados com as agências de publicidade que lhe prestavam serviços, valores que eram repassados ao Partido dos Trabalhadores - PT, uma artimanha corrupta muito bem desenvolvida.
Segundo revela o Estado de São Paulo, cinco eram as agências publicitárias que atendiam ao Banco do Brasil, entre elas, claro, a DNA Propaganda, de Marcos Valério. Foram mais de R$ 400 milhões em contratos num curto espaço de dois anos. Logo, a grana desviada do Banco do Brasil para os cofres subterrâneas do PT superaria os R$ 76,9 milhões mencionados na Ação Penal 470, o mensalão, - R$ 2,9 milhões malversados de um contrato com a DNA e R$ 74 milhões apropriados do Fundo Visanet.
De acordo com Valério, o esquema do “pedágio” publicitário foi criado por dois ex-dirigentes do Banco do Brasil vinculados ao PT: Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing, devidamente canetado pelo STF, e Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular do Brasil, subsidiária do BB.
Além disso, Valério contou que parte do que foi arrecadado com o mensalão serviu para custear despesas pessoais de Lula, que teria dado seu “OK” à celebração dos empréstimos fictícios que serviram para alimentar o esquema de compra de congressistas. Disse também que Paulo Okamotto, hoje diretor do Instituto Lula, ameaçou-o de morte. Como dissemos logo no início, o PT e todos os personagens envolvidos nessa nova lambança negam, com a veemência que já conhecemos, a veracidade da denúncia. E você, o que acha? Deixe o seu comentário.
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |