IstoÉ/Sensus mostra Aécio 13 pontos à frente de Dilma

Foto: Fernando Brum (reprodução)

Pesquisas são pesquisas, nada mais que pesquisas, dizem os céticos visando desmerecer ou desacreditar o trabalho dos institutos de opinião em época de eleições. Mas a verdade é que elas, as pesquisas, apesar de alguns equívocos, sempre mostraram um razoável percentual de acertos. Agora, por exemplo, uma pesquisa IstoÉ/Sensus realizada entre a terça-feira (14) e sexta-feira (17), que ouviu 2.000 eleitores em 24 Estados, aponta para um expressivo e sólido crescimento da liderança de Aécio Neves (PSDB) sobre a petista Dilma Rousseff (PT) na corrida, já em segundo turno, pela sucessão presidencial. Segundo o novo levantamento, o tucano soma 56,4% dos votos válidos, contra 43,6% da atual "presidenta", numa diferença 12,8 pontos percentuais, o que representa cerca de 19,5 milhões de votos. A se considerar apenas os votos totais, Aécio teria 49,7% e Dilma, 38,4%, com 12% dos eleitores indecisos ou dispostos a votar em branco.

O levantamento revela também a liderança de Aécio Neves na chamada resposta expontânea, quando não é apresentado ao eleitor nenhum candidato. Nesse quesito, o tucano foi citado por 48,7% dos entrevistados e a petista, que governa o País desde janeiro de 2011, por 37,8%.

A pesquisa, que abrangeu 136 municípios, revelou também que a campanha petista não conseguiu reduzir o índice de rejeição a Dilma Rousseff. Quase metade dos eleitores consultados, 45,4%, afirma que não admite votar nela em nenhuma hipótese. Já em relação ao tucano, a rejeição é de 29,9%.

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Além disso, os números mostram, segundo a pesquisa, uma forte migração para o senador tucano dos votos que foram dados a Marina Silva (PSB) no primeiro turno.

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Desde 1989, quando o Brasil voltou a eleger diretamente o presidente da República, é a primeira vez que um candidato que terminou o primeiro turno em segundo lugar começa a última etapa da disputa na liderança, o que a pesquisa Istoé/Sensus divulgada no sábado (11/10) já mostrava, ao revelar que Aécio Neves estava com 52,4% das intenções de voto. Levantamentos feitos diariamente pelos comandos das duas campanhas na última semana também apontam para a liderança de Aécio, e é com base nessas consultas que PT e PSDB planejam a reta final da corrida ao Planalto.

O PT está dividido em relação à tática a ser adotada. Alguns acham que a campanha deve aumentar o tom dos ataques contra Aécio, enquanto outros entendem que Dilma deva fazer mais propostas e deixar de lado as agressões. O mais provável, no entanto, é que Dilma continue a jogar pesado contra o tucano. Segundo Humberto Costa, por exemplo, líder do PT no Senado, o partido deve insistir na tentativa de “desconstruir a candidatura tucana”. “Não basta ficar defendendo nosso governo”, disse o senador ontem (17/10), o que mostra que a campanha de Dilma vai continuar utilizando o terrorismo eleitoral, até porque, segundo Costa, “se deu certo contra Marina, deverá dar certo contra Aécio”.

Na próxima semana, a última da campanha, Aécio vai intensificar a agenda em Minas e no Nordeste, principalmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará.

Resistência Democrática

Sobre o Autor:

Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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