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PRICILLA DE OLIVEIRA AZEVEDO, a capitã PRICILLA, 31 (trinta e um) anos de idade, é a única mulher no exercício de uma função de comando operacional da POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - PMERJ, onde está há 11 (onze) anos.
Filha de mãe professora e pai bancário, sobe o Morro Dona Marta todo dia, onde comanda 125 (cento e vinte e cinco) homens. Paz total no morro? O tráfico foi zerado? Não, claro que não! Ela é realista e diz que "quando se fala de segurança pública, é quase impossível falar zero disso, zero daquilo. É complicado afirmar: "Oh, zerou". O importante é que hoje quem coordena o morro e dita as normas, os limites e a lei é a PM, e não mais os traficantes".
Sequestrada por bandidos em 2007, ela conta: "Estava na porta de casa, no carro, esperando minha mãe, quando fui rendida e levada para o Morro do Castro, em Niterói. Tinha deixado todos os documentos em casa, inventei que era Renata, funcionária da prefeitura, não descobriram que eu era PM. Tive os olhos vendados. A certa hora, consegui escapar, entrei numa casa, mas fui espancada com cabos de vassoura pelo casal de donos. Fui pega de novo, tive mãos e pernas amarradas, levei socos, chutes e tapas, fui pisada, arrastada pelos cabelos, fiquei em cima de um formigueiro. Não tinha esperança de sair viva. Prenderam-me num carro, fugi, outros moradores negaram ajuda, até que um menino livrou minhas mãos. Isso fortaleceu a decisão de ser PM. Tanto que só fiquei um dia sem trabalhar. Dos seis bandidos, prendemos cinco. As coisas deram certo por causa de Deus".
Como toda mulher, ela diz: "Tinha planejado me casar e ter filho este ano. Agora nem sei quando vou poder. Mas ganhei um monte de "filhos" na comunidade. Não sei se por ser mulher, mas as
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Elogiada por seu trabalho pela Presidente do Comitê Olímpico Internacional - COI, a marroquina NAWALL EL MOUTAWAKEL, a capitã PRICILLA foi convidada para ir à DINAMARCA em outubro, quando será conhecida a cidade onde os jogos olímpicos serão realidados.
PRICILLA vem demonstrando que o trabalho da polícia pode ser mais humano, sem deixar de ser enérgico, e que a mulher pode, sim, ocupar cargos de comando em qualquer força militar, sem prejuízos para a função e as questões hierárquicas. O trabalho que ela vem desenvolvendo pode e deveria ser estendido a outros morros da cidade, que com certeza, além de ordem institucional, ganhariam muito em harmonia e humanidade. Parabéns, PRICILLA!
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
Essa moça é um exemplo a ser seguido. O trabalho que ela fez até agora no Morro Dona Marta deveria sim, como já está dito no texto, "ser estendido a outros morros da cidade, que com certeza, além de ordem institucional, ganhariam muito em harmonia e humanidade". Você disse tudo, Carlos Roberto!
ResponderExcluirNo meio de tanta violência e corrupção é muito bom saber que ainda há pessoas em quem se pode confiar!
ResponderExcluirEssa foi, exatamente, a razão da postagem: o exemplo! Como disse, e muito bem, o Bellate, "no meio de tanta violência e corrupção é muito saber que ainda há pessoas em quem se pode confiar".
ResponderExcluirSempre fui partidário da crítica, no momento em que ela é necessária, mas não posso me negar a um reconhecimento quando justo.
Não deve ser fácil para uma mulher exercer uma função de comando como hoje o faz a capitã PRICILLA. Não deve ser fácil para uma mulher chefiar 125 (cento e vinte e cinco) homens num morro onde já imperou a desordem e o tráfico de drogas.
Exemplos do como o seu, PRICILLA, nos fazem acreditar que é possível mudar esse País!