Rafaela Silva (foto: reprodução) |
Depois da decepção pela eliminação precoce nas Olimpíadas de Londres-2012, quando foi desclassificada por aplicar um golpe considerado ilegal na lutadora húngara Hedvig Karakas, ela não tomou conhecimento da judoca de Tio Sam, e depois de aplicar-lhe um ippon com menos de um minuto de combate, levou ouro, escrevendo seu nome na história do judô feminino do Brasil, já que se tornou a primeira mulher a subir ao lugar mais alto do pódio em um Mundial.
Rafaela, que foi bye na primeira rodada, começou sua caminhada derrotando a americana Hana Carmichael com dois yukos. Na terceira rodada, em uma disputa emocionante que só se definiu nos segundos finais, ela venceu a romena Loredana Ohai com um wazari, depois de ter levado um yuko. Nas quartas de final, ela derrotou Nora Gjakova, do Kosovo, com um ippon. Veio a semifinal, e Rafaela despachou a francesa Automne Pavia, bronze em Londres-2012 e número 1 do ranking, com um wazari, também conseguido no finzinho da luta.
- Muita gente me criticou dizendo que judô não era meu lugar, que eu tinha que arranjar outra coisa para fazer. Agora estou aqui - desabafou Rafaela, referindo-se às Olimpíadas de Londres.
Parabéns, Rafaela! Você mereceu essa medalha mais do que ninguém. Aplausos, também, para o seu primeiro treinador, Geraldo Bernardes, que a conheceu aos 8 anos de idade, e acreditou em você, e para Flavio Canto, criador do Instituto Reação, que a acolheu e incentivou. Quem disse que o judô não é o seu lugar, creia, Rafaela, é ruim da cabeça ou doente do pé. Você nasceu pra isso. Siga em frente! Outras medalhas virão, com certeza!
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |