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As condições do vento eram até boas, mas as nuvens estavam muito baixas, e por isso a orientação era para que os instrutores voassem direto para a praia, onde o céu estava mais limpo. Mas não foi o que fez Luiz Gonzaga Pereira de Souza, que transportava em seu parapente o vendedor Sudmar Franzin, que veio ao Rio para participar de uma corrida. Alheio às recomendações de segurança, ele deu várias voltas em torno da Pedra Bonita, onde outros instrutores faziam o mesmo, em flagrante desobediência às orientações recebidas.
Os dois ficaram cerca de quatro minutos sem qualquer visibilidade. O vídeo mostra a angústia de Sudmar e o desespero do próprio instrutor com a situação. Eles saltam da Pedra Bonita sem nenhum incidente, mas apanhados por fortes rajadas de vento, acabam entrando em uma nuvem. Luiz chega a dizer que não sabe onde está, enquanto Sudmar apela para os céus e reza uma Ave Maria.
Mesmo com mais de 20 anos de experiência, Luiz foi afastado pela Associação Brasileira de Voo Livre por tempo indeterminado, devendo ser submetido a um período de recapacitação e avaliação psicológica.
- Eu estava na rampa no dia do voo. A situação era de bandeira amarela, quando só podem voar instrutores experientes. Pelo que vi no vídeo, o piloto teve um excesso de confiança e acabou largando os controles. Além disso, depois que estava dentro da nuvem, deixou que a emoção falasse mais alto - disse Augusto Prates, que preside a instituição.
Apesar do sufoco, o apavorado Sudmar jura que não ficou traumatizado:
- Com certeza tentaria de novo. Quem sabe ano que vem?
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Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |