23 fevereiro 2014

Carioca bebe água de coco com excesso de coliformes fecais

Foto: reprodução

A água de coco, sumo natural rico em potássio, com pouquíssimas calorias e muitos nutrientes, livre de gordura e de alto poder reidratante, e que além de tudo, ajuda no bom funcionamento do intestino e no metabolismo alimentar, segundo análise feita a pedido do Procon-RJ pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels, vem sendo vendida em supermercados com coliformes fecais acima do limite permitido pela Resolução RDC nº 12, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, o que ficou comprovado com a coleta de amostras recolhidas no Hortifruti, da Avenida Prado Junior, em Copacabana, e no Zona Sul, do Leme. A fiscalização aconteceu em razão de denúncias feitas por consumidores, insatisfeitos com a má qualidade e o sabor das águas de coco comercializadas nos dois estabelecimentos.

A solicitação do Procon Estadual foi enviada ao Noel Nutels no último dia 29, quando as amostras foram colhidas pela Secretaria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor. Além de ficarem proibidos de comercializar o produto, os estabelecimentos sofrerão uma ação civil pública e deverão passar por uma investigação da Delegacia do Consumidor -  DECON, para onde serão remetidos os dados coletados pelo Procon-RJ.


Água de coco vendida pelas redes Zona Sul e Hortifruti (foto: Terceiro / Agência O Globo / reprodução)

Consultada, a rede Hortifruti informou que vai esperar o recebimento do laudo com os resultados do teste do Procon-RJ, "já que o produto passa por frequentes análises microbiológicas em empresa terceirizada e especializada em segurança alimentar, com resultados divergentes do divulgado". Na nota que distribuiu, o supermercado informou, ainda, que a "última avaliação foi feita com o mesmo lote da amostra coletada pelo órgão e nenhuma irregularidade foi encontrada. O resultado indicou que o produto estava em condições sanitárias satisfatórias para consumo". O supermercado Zona Sul não comentou o assunto.

Agora, para voltar a comercializar a água de coco, os dois supermercados terão que enviar novas amostras do produto para uma segunda análise, que deverá ser feita por laboratório autorizado pelo Procon-RJ.

Esse tipo de irregularidade ocorre há muito tempo no Rio de Janeiro, e quem sabe, por todo o país, sem uma fiscalização efetiva das autoridades competentes, que se limitam a ficar esperando pelas reclamações do consumidor. Se isso acontece com a água de coco, o que não estaremos bebendo dos galões de água mineral natural comercializados por dezenas de empresas, muitas delas de fundo de quintal, por esse Brasil afora? Você sabe de algum caso? Deixe um comentário e compartilhe o conteúdo do post com os seus amigos. Eles podem estar ingerindo uma bebida perigosa sem saber.






Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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