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25 maio 2013

Borboletas disputam lágrimas de tartaruga na Amazônia

A disputa pelas lágrimas da tartaruga na Amazônia peruana (foto: Caters News/The Grosby Group)

Muitos ainda não a conhecem. Outros simplesmente a desprezam. Mas nada supera a Mãe-Natureza, nem o espírito devastador do homem, nem sua maior criação tecnológica. Você já viu a imagem acima, não é verdade? Agora, preste atenção nesta história.

Jeff Cremer, fotógrafo que organiza e faz passeios fotográficos com turistas de uma pousada na Amazônia peruana, registrou uma cena impressionante em uma de suas últimas caminhadas. Ele e o pequeno grupo que o acompanhava seguiam pela mata quando foram surpreendidos por uma cena inusitada: diversas borboletas se engalfinhavam na disputa pela chance de beber as lágrimas de uma tartaruga da espécie tracajá.

20 novembro 2011

A sociedade brasileira quer participar da decisão sobre Belo Monte

Acabei de assinar a petição em que o Movimento Gota D’ Água pede a "interrupção imediata das obras de Belo Monte e a abertura de um amplo debate" onde a sociedade brasileira possa refletir e opinar sobre o modelo de progresso que ela quer para o país e suas consequências.

A inciativa visa chamar a atenção do governo federal e da classe política para os "os argumentos da população do Xingu, dos ambientalistas, técnicos e cientistas verdadeiramente empenhados em achar soluções para o desenvolvimento sustentável do Brasil", dando fim aos discursos de palanque e avançando na direção de uma discussão verdadeira em prol de políticas alternativas de geração de energia sustentável capazes de produzir a força necessária ao desenvolvimento brasileiro, sem arruinar um ecossistema da magnitude da área de Belo Monte, a mais polêmica obra do PAC.

16 novembro 2011

"Amazonças": mulheres e natureza na visão de Otto Weisser

Em sua coluna na Veja, Ricardo Setti postou algumas fotos incríveis de Otto Weisser, fotógrafo e diretor de vídeos, esclarecendo que ele nasceu em Zurique, na Suíça, mas viveu a maior parte de sua vida no Brasil, "embora suas fotos tenham rodado o mundo e frequentado grandes revistas da Europa e dos Estados Unidos, sem contar as múltiplas exposições que realizou".

Setti explica que Otto especializou-se em fotografar e filmar mulheres, de preferência morenas, com os lábios de um batom muito vermelho, nuas ou seminuas, em praias ou piscinas, sempre mostradas sob um sol tropical, criando um estilo que dezenas de fotógrafos passaram a imitar.

Ele também esclarece que Otto Weisser, parceiro de Hans Doner, gênio visual da Rede Globo, em uma série de projetos, há algum tempo voltou o seu olhar para a Amazônia.

23 abril 2011

A morte do Pantanal é questão de tempo

Não é de hoje que o Pantanal, principalmente em razão da omissão das autoridades, é vítima de queimadas, exploração agropecuária desordenada e pesca predatória, e se isso não bastasse, vê-se agora diante da ameaça da construção de usinas hidrelétricas, que tiram proveito da queda natural entre o Planalto Central do Brasil e a planície onde ele está localizado. Atualmente existem 37 barragens em rios que alimentam a região, e mais 62 hidrelétricas estão em construção ou em estudos, quase todas pequenas centrais que produzem pouquíssima energia, mas alteram o regime anual de cheias e secas que é responsável pela biodiversidade do Pantanal, porque atuam da mesma forma que coágulos na circulação sanguínea de uma pessoa, afirma Paulo Petry, pesquisador de uma entidade internacional de proteção ao meio ambiente.

No município de Barão do Melgaço, por exemplo, que já foi um dos maiores produtores de peixe de água doce do Pantanal, os pescadores tiravam do Rio Cuiabá os pintados e pacus que eram vendidos em vários Estados brasileiros, o que já acontece mais. E os pescadores são unânimes: a construção de uma barragem rio acima provocou uma queda drástica na quantidade de peixes, que não mais conseguem chegar aonde chegavam antes. Além disso, a água não tem mais as mesmas características quando eles sobem os rios, o que dificulta o processo de reprodução.

29 janeiro 2011

O grito da Amazônia

Tragédias ambientais são comuns. De vez em quando, sem hora marcada ou local determinado, a Natureza usa toda a sua força e corrige as agressões praticadas pelo homem. Os últimos acontecimentos na Região Serrana do Rio de Janeiro - RJ são um exemplo claro disso. Foram anos e anos de ocupação indevida do solo e omissão das autoridades encarregadas da fiscalização. Deu no que deu!

Na Floresta Amazônica a coisa não é diferente. A devastação causada pela ambição do homem é absurda. O mundo inteiro sabe disso, menos as autoridades brasileiras, que chegam a manipular números do desmatamento, sem se preocupar com o desequilíbrio do meio ambiente, principal responsável pelas loucuras meteorológicas que enfrentamos diariamente.


Como anotei na edição do vídeo, "a Floresta Amazônica é um patrimônio da humanidade. É uma das três maiores florestas tropicais do mundo, razão pela qual precisa ser preservada, o que não vem acontecendo nos últimos anos. Em nome de um "desenvolvimento sustentável", em nome do "progresso", ela vem sendo destruída, devastada, o que leva à extinção de milhares de exemplares de sua riquíssima fauna e flora".

A mensagem do vídeo é muito simples e apaixonada, como tudo que faço, mas tem um objetivo importante: conscientizar corações e mentes para a necessidade de proteção da Amazônica. Escolhi a canção Great Gig In The Sky, do Pink Floyd, primeiro porque ela é linda, e depois porque se parece com um lamento, o lamento da ultrajada Floresta Amazônica.



15 janeiro 2011

Diga "não" ao Complexo Hidrelétrico de Belo Monte

Quem conhece o Dando Pitacos sabe perfeitamente do nosso envolvimento com as causas ambientais, que só não é maior, reconhecemos, porque a nossa estrutura ainda não permite.

Ainda assim, vários foram os temas até aqui discutidos pelo blog, e hoje queremos acrescentar a essa lista de debates a polêmica construção da Usina de Belo Monte, influenciados por uma postagem feita no Zona de Equilíbrio, liderado pelo jovem Apoena Teixeira, que conta com a ajuda de Ana Flávia Milazzo, Beatriz, Andréia, Claudio Ferreira, Cecília, Caroline Derschner, Luciana Dias e Neimar Soares.

Os últimos acontecimentos, como as terríveis enchentes na Austrália, as nevascas nos Estados Unidos, e aqui entre nós, as chuvas que tanta destruição causaram e ainda vem causando a cidades paulistas, mineiras e região serrana do Rio de Janeiro – RJ, com destaque para a cidade de Nova Friburgo, quase varrida do mapa, deveriam servir de alerta para os governos e líderes mundiais acerca da necessidade de se preservar o Planeta, de se proteger um pouco mais o meio ambiente. Infelizmente, ao contrário disso, o homem continua a destruir, a devastar, a pensar apenas nos projetos de resultados imediatos, e mais que isso, no lucro fácil da corrupção, esquecendo-se do futuro das gerações que vão nos suceder.

09 janeiro 2011

A Hora do Planeta

No próximo dia 26 de março, entre 20h30 e 21h30 (horário de Brasília), a Hora do Planeta vai acontecer mais uma vez. As luzes serão apagadas por uma hora, desde as moradias mais simples até os maiores monumentos, numa tentativa de mostrar aos líderes mundiais a nossa preocupação com o aquecimento global.

O evento foi criado em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. No ano seguinte ele teve a adesão de 371 cidades. Em 2009, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro. Além disso, artistas, atletas e apresentadores famosos ajudaram voluntariamente na campanha de mobilização.

Notícias hoje divulgadas (O Globo – 09/01) dão conta de que o Brasil, infelizmente, se prepara para desmatar 5,3 mil m2, o que equivale a toda a área do Grande Rio de Janeiro. E mais uma vez, a Amazônia é o alvo! Mas não devemos esmorecer. Muito pelo contrário! Agora, mais do que nunca, precisamos nos unir e fazer a nossa parte! A mobilização da sociedade mundial é a única forma de fazer com os governantes apaguem de suas mentes a maldita luz da destruição!


Por isso, não esqueça:
26 de março de 2011
das 20h30 às 21h30
Apague todas as luzes!
Dê uma chance ao Planeta!



29 julho 2010

Rios voadores


O volume de água dos rios voadores é superior
ao dos rios brasileiros
(Foto: Planeta Sustentável)

Precisei viver mais de meio século para descobrir que existem rios voadores. É isso mesmo que você ouviu, rios voadores, e mais que isso, invisíveis!


Você sabe de onde vem a chuva? Claro que você sabe! Todo mundo sabe: das nuvens cheias de vapor de água que se condensam quando encontram uma frente de ar mais fria e caem sob a forma de gotas.

Não quero complicar a vida de ninguém, mas vocês sabem de onde vem o vapor de água? Cuidado, pois essa resposta não é tão fácil. Muita gente (como eu, vamos deixar vem claro) acha que o vapor vem do oceano em direção ao continente e quando chega por aqui faz a chuva acontecer. 


Mas o que os cientistas e um piloto de avião, o inglês, naturalizado brasileiro, Gérard Moss, acabaram de descobrir é que boa parte do vapor vem da Amazônia! É isso aí! Vem da Amazônia!

Durante quase dois anos, eles voaram em um avião leve, acompanhando o caminho que os vapores de água faziam até chegarem ao Sul e ao Sudeste do Brasil.

14 maio 2010

A MÃE DA NATUREZA


Já li na internet que a SAMAÚMA, uma das árvores mais lindas da Amazônia, teria origem africana e que suas sementes chegaram ao Brasil navegando em correntes marinhas, o que não é verdade.

A SAMAÚMA é tipicamente amazônica, e ao contrário do pensam alguns, foi ela quem colonizou o solo africano com sementes carregadas para lá pelas correntes e ventos há mais de 3 milhões de anos.

É uma árvore gigante, podendo ter de 60 a 65 metros de altura, o que equivale a um prédio de mais ou menos 17 andares. Tem propriedades anti-inflamatórias e analgésicas e suas substâncias subsidiam pesquisas contra o câncer. Suas painas são capazes de absorver óleo, e por isso tem sido usada para recuperar áreas impactadas por derramamentos.

06 março 2010

SALVEM A CAATINGA E O CERRADO!

O Ministério do Meio Ambiente divulgou na última terça-feira (02/03) os dados sobre o  desmatamento da caatinga, o bioma dominante na região NORDESTE. Ela já perdeu 45,39% dos 826.411 quilômetros quadrados de sua cobertura vegetal original, ou seja, 375.116 quilômetros quadrados. A BAHIA e o CEARÁ foram os Estados que mais desmataram, destruindo, respectivamente, 0,55% e 0,50% do bioma entre 2002 e 2008, período em que cerca de 2% da área foram queimados, aproximadamente 16.576 quilômetros quadrados. Nesses seis anos, a taxa média anual de desmatamento foi de 2.763 quilômetros quadrados.



Segundo CARLOS MINC, ministro do Meio Ambiente, a principal razão é a falta de alternativas energéticas para a região, já que no NORDESTE a vegetação é derrubada especialmente para fazer lenha e carvão, que acaba abastecendo as siderúrgicas de MINAS GERAIS e ESPÍRITO SANTO, além de alimentar o pólo gesseiro e de cerâmica nordestinos.

- Tem que ter alternativa. Sem alternativas energéticas a guerra é muito complicada e dificilmente vamos acabar com esse desmatamento - disse MINC.

26 outubro 2009

DINHEIRO É O QUE NÃO FALTA!


O país deixará de arrecadar R$ 851,1 milhões em impostos por conta da propaganda política que vai eleger (e reeleger, é claro!) os nossos fiéis representantes a partir das eleições de 2010. Por conta disso, inclusive, milhões de reais vêm sendo gastos em viagens e solenidades nos palanques armados Brasil afora para a "inauguração de obras" do PAC, o que não passa de descarada campanha política, um "tipo de vale-tudo", no dizer de GILMAR MENDES, Ministro do Supremo Tribunal Federal - STF.

De acordo com o projeto de lei orçamentária - PLOA para 2010, o governo federal vai gastar com publicidade R$ 212 milhões, mais do que gastam os Ministérios da Saúde e Educação.

A Marinha do Brasil, segundo a lei publicada nesta data no Diário Oficial da União, está recebendo R$ 2,1 bilhões de reais para a implementação de seu Programa de Desenvolvimento de Submarinos. Até os depósitos judiciais feitos na Caixa Econômica Federal estão sendo direcionados para o Tesouro, garantindo mais de R$ 11 bilhões nas contas de 2009 e 2010.

Enquanto isso, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, o nosso querido PARÁ lidera o ranking de queimadas na AMAZÔNIA. Quase nove mil focos registrados este ano. Grande parte deles são causados por fazendeiros e assentados, que ateiam fogo na mata para aumentar as áreas de pasto e de plantio. No interior do Estado os madeireiros não encontram dificuldades para transportar as toras retiradas da floresta. Não há fiscalização alguma!

Os caminhões, alguns até mesmo sem placas, passam impunes pelos postos de fiscalização do governo estadual. E mais: quem denuncia o desmatamento é ameaçado de morte! Madeireiros e fazendeiros se unem para tentar expulsar os agricultores e se apossar das terras e da mata. Segundo a associação de moradores, cerca de 230 famílias vivem na área. O clima de tensão é permanente.

Em Paragominas, no nordeste do PARÁ, portos clandestinos são abertos para descarregar as toras trazidas de outros municípios. Depois, tudo é transportado em carretas até as madeireiras da região.

O órgão do Ministério Público, com muita timidez, diga-se de passagem, quer responsabilizar os secretários de Meio Ambiente e de Segurança Pública do PARÁ por este e outros casos de crimes contra o meio ambiente em áreas invadidas.

O omisso IBAMA diz que o tamanho do estado dificulta a fiscalização. Segundo o INPE, entre 2001 e 2008, foram destruídos 46 mil quilômetros quadrados de florestas no PARÁ, uma área maior que o Estado do Rio de Janeiro.

Na verdade, quando o assunto é a fiscalização e prevenção dos crimes cometidos contra a FLORESTA AMAZÔNICA, o que se percebe é a total ausência dos governos estaduais envolvidos e do próprio governo federal. Como se viu acima, dinheiro não falta! O que está faltando é vontade política e vergonha na cara das autoridades ambientais brasileiras, coniventes com os crimes praticados contra um dos maiores patrimonios naturais da humanidade!

ATÉ QUANDO!!!


30 setembro 2009

DEU ATÉ RIMA!!!

Serraria portátil apreendida pelo IBAMA numa área indígena do Maranhão
(Foto: Divulgação/IBAMA)



Uma investigação da Secretaria do Meio Ambiente - SEMA do MARANHÃO - MA revela que 98 (noventa e oito) mil, é isso mesmo, 98 (noventa e oito) mil caminhões transportanto madeira ilegal trafegaram pelo Estado, movimentando irregularmente 405 mil m³ de madeira em toras, 195 mil m³ de madeira serrada, 1.600 m³ de estéreos (metros cúbicos incluindo o espaço entre as madeiras) de lenha, mourões ou resíduos e 251 mil m³ de carvão.

Além disso, segundo o IBAMA, a atividade de 653 (seiscentas e cinquenta e três) das 1.200 (mil e duzentas) empresas cadastradas no Sistema de Comercialização e Transportes de Produtos Forestais - SISFLORA, instrumento informatizado utilizado por aquele órgão ambiental para operacionalização das atividades de cadastro, licenciamento, e transporte de produtos florestais apresenta indícios de fraudes.

As fraudes são tantas, que a Secretaria de Meio Ambiente anunciou, na última sexta-feira (25/09) a troca do SISFLORA pelo DOF, um outro sistema gerenciado pelo IBAMA em grande parte do território brasileiro, algo como trocar seis por meia dúzia, como sempre acontece na fiscalização ambiental de responsabilidade dos Estados e da União.

O secretário de Meio Ambiente, WASHINGTON RIO BRANCO, que assumiu a pasta em abril, quando ROSEANA SARNEY foi empossada governadora após a cassação de JACKSON LAGO, diz que os trabalhos da equipe de fiscalização começaram em SÃO LUÍS, mas tiveram que ser transferidos transferidos para BRASÍLIA - DF por causa da pressão de empresas locais envolvidas nas irregularidades. “Os ilícitos são tão grandes que tivemos que transportar as pessoas à Brasília. É um problema muito sério de crime organizado”, afirma o secretário, o que é confirmado pelo
diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama, JOSÉ HUMBERTO CHAVES. “Pelo próprio número de empresas envolvidas, o clima não é muito amistoso. Com certeza, os técnicos que estão à frente disso estão sofrendo pressões em função de tudo o que envolve essa questão.”

Suspeitam os responsáveis pela investigação que grande parte das toras e tábuas estejam vindo de parques, reservas e terras indígenas, e isto porque, lamentavelmente, as florestas do MARANHÃO já sofreram enorme devastação e quase não há árvores para cortar fora das áreas oficialmente protegidas.

Apesar dos reclamos do mundo, a FLORESTA AMAZÔNICA continua a ser estuprada, e os fiscais dos governos, pasmem, precisam esconder-se em BRASÍLIA porque "estão sofrendo pressões causa das pressões em função de tudo o que envolve essa questão".

Como diria o grande BORIS CASOY,


ISSO É UMA VERGONHA!!!



E eu acrescentaria:


É MUITA INCOMPETÊNCIA,
É MUITA OMISSÃO,
É MUITA NEGLIGÊNCIA,
É MUITA CORRUPÇÃO!!!


DEU ATÉ RIMA!!!




MAS A LUTA CONTINUA!!!


06 agosto 2009

O POVO KAMAIURÁ E O AQUECIMENTO GLOBAL

Durante séculos o povo Kamaiurá encontrou nos peixes de lagos e rios da selva AMAZÔNICA o seu sustento, a sua mais importante fonte de proteínas, situação que vem sendo modificada nos últimos anos, tudo por causa da devastação da floresta e das mudanças climáticas globais, que estão deixando a região da AMAZÔNIA mais seca e muito mais quente, dizimando populações de peixes e pondo em risco a própria existência dos indígenas. É o que afirmam alguns cientistas de renome.


Peixes são a maior fonte de proteína dos índios Kamaiurás no Parque do Xingu.
(Foto: Damon Winter/The New York Times)


Os jovens da tribo, nus e pintados, preparados para participar dos jogos de guerra ritualizados de um festival, finalizam seu assustador canto com um som de sopro, numa tentativa simbólica de eliminar o odor de peixe, para que não sejam detectados pelos inimigos, o que na verdade já não é o principal problema dos guerreiros.

Como em diversas pequenas culturas indígenas do mundo inteiro, sem recursos ou capacidade para se mover, eles estão lutando para se adaptar às mudanças. "Nós, os macacos velhos, aguentamos a fome, mas os pequenos sofrem – estão sempre pedindo mais peixe", disse KOTOK, o chefe da tribo, parado em frente a uma cabana contendo as flautas sagradas da tribo.

KOTOK, que como todo Kamaiurá, tem um único nome, contou que os homens agora pescam noites inteiras sem uma mordida em suas iscas, em riachos onde os peixes costumavam ser abundantes. Todos nadam com segurança em lagos que, antes, transbordavam de piranhas.

Responsável por 03 (três) três esposas, 24 (vinte e quatro) filhos e centenas de outros membros da tribo, ele disse que sua existência vem se tornando um pesadelo. "Estou estressado e inquieto – tudo mudou tão depressa. A vida se tornou muito dura", disse o líder índígena através de um intérprete. "Como chefe, tenho de ter visão e olhar a estrada mais adiante, mas não sei o que acontecerá com meus filhos e netos".

E ainda tem gente, como IAN PLIMER, professor de geologia da mineração na UNIVERSIDADE DE ADELAIDE - AUSTRÁLIA, que diz que o aquecimento global é a nova religião das "elites urbanas" dos países ricos, que é algo natural, com muitos precedentes na história do planeta. Segundo ele, o caráter dinâmico do clima da TERRA sempre foi de conhecimento dos geólogos, e as mudanças que ocorrem são cíclicas e aleatórias, e não são causadas ou afetadas de forma significativa pelo comportamento do homem.

Quem somos nós para discutir a opinião de tão renomado cientista, mas gostaríamos de obter dele a resposta de uma pergunta que interessa muito aos Kamaiurás: se tudo é tão "cíclico", onde estão os peixes dos lagos e rios da floresta AMAZÔNICA?


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