Uma república mergulhada na lama

Renato Duque (foto: reprodução)

O Brasil comemora hoje os 125 anos do levante político-militar que instaurou a república federativa presidencialista vigente no país, mas, infelizmente, nada temos a comemorar. Se na época da proclamação o reinado de Dom Pedro II enfrentava inúmeras crises e manifestações ideológicas, agora o país se debate num verdadeiro mar de lama e corrupção surgido desde que Lula assumiu o poder no primeiro mandato. De escândalo em escândalo, passando pelo mensalão, a sociedade brasileira agora se depara com a Operação Lava Jato, que a todos vem revelando o verdadeiro assalto de que vem sendo vítima a Petrobras, com o objetivo de encher os bolsos de doleiros e funcionários graduados, políticos e caixas de partidos, entre eles o PT e o PMDB, irmãos siameses na condução do governo brasileiro e da corrupção que nele se instalou.

Brasil: uma República mergulhada na lama

Foto: reprodução

A partir de informações sigilosas do Ministério Público, a Polícia Federal está se mobilizando para uma nova operação, a Lava Jato 3, que deve mandar para a cadeia uma razoável quantidade de assessores parlamentares, familiares e políticos sem mandato, e tudo porque o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, pressionado, resolveu dar com a língua nos dentes e denunciou pelo menos 70 parlamentares, deputados, senadores e três governadores que dele teriam recebido propina. Todos são da base aliada do governo federal. O caderninho com os nomes dos corruptos foi entregue e o depoimento gravado em vídeo.

Renan Calheiros presidente. Vergonha...

Renan Calheiros (foto: reprodução)

Dilma Rousseff viajou para a Etiópia, onde participará das comemorações dos 50 anos de criação da União Africana (ela embarcou ontem, às 19h e só retorna no domingo). Michel Temer está em Quito, representando o Brasil na posse de Rafael Correa, reeleito presidente do Equador, de só volta amanhã, e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o segundo na linha sucessória, foi ao Estados Unidos em missão oficial.