Transcrevi o email dele para chamar a atenção para o fato de que nada foi dado de graça, como vem mencionado na reportagem ao final do email ("Graças a uma iniciativa da Associação dos Juízes Federais do Brasil"). Há muito tempo a Associação formada pelos índios da Aldeia Avá-Guarani tem feito inúmeros pleitos junto à instituições governamentais e não-governamentais, universidades, UNESCO e diversas outras entidades. Vocês poderão notar pelas palavras acaloradas dele que há um misto de vitória e revolta.
UMA VITORIA DA ORGANIZAÇÃO OSCIP GUARANY EM PARCERIA DA FUNDACEN, MTE, ANOREG, OABPR, ESTE TRABALHO FOI REALIZADO JUSTAMENTE ATRAVÉS DE VÁRIAS DENÚNCIAS CONTRA A FUNAI E ITAIPU, QUE SE NEGARAM A FORNECER DOCUMENTOS A POPULAÇÃO AVÁ GUARANI DO OESTE DO PARANÁ POR VÁRIOS ANOS. A JUSTIÇA DIVINA FINALMENTE CHEGOU PARA ACABAR DE VEZ COM OS CARRASCOS DOS AVÁ GUARANI. PODEMOS DIZER AGUA MOLE EM PEDRA DURA TANTO BATE ATÉ QUE FURA.
AINDA TEMOS MUITOS O QUE FAZER, ACREDITAMOS QUE A POPULAÇÃO AVÁ GUARANI JÁ NÃO PODEM SER ESCRAVO DA FUNAI, ITAIPU, FUNASA, OU DE QUALQUER OUTRAS ORGANIZAÇÕES.
CHAMO A ATENÇÃO:
Ainda temos muitas crianças e idosos sem documentos, precisamos agir enquanto ainda é tempo.
Os documentos foram feitos somente para aqueles que já tinham o CERTIDÃO DE NASCIMENTO, QUE PENAMOS MUITO PARA CONSEGUIR.
Rogo aos senhores parceiros para agirmos rapidamente, pois, o Presidente da República deu um prazo de 6 meses para que todos os que não tem documentos se regularizem.
OLHA QUE BENÇÃO, É UMA GRANDE VITÓRIA DE DEUS. Agradecemos a todos pelos empenhos e pela vitória alcançada.
QUEM PODERIA IMAGIMAR ESTA FAÇANHA, O QUE DEUS PODE FAZER VAI ALÉM DA NOSSA IMAGINAÇÃO.
http://portal.rpc.com.br/
Índios ribeirinhos do Lago de Itaipu fazem documentos pessoais que dão acesso a diferentes benefícios.
SÃO MIGUEL DO IGUAÇU - Reginaldo Mbaraka Martines, 70 anos, a esposa Rogélia, 60, e o filho Júnior Nasario Tupã Mbaraka Martines, 26, foram os primeiros da fila em frente à escola da aldeia Ocoy, em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Graças a uma iniciativa da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), os três deram entrada nos documentos que lhes garantirão os mesmos direitos que qualquer cidadão brasileiro tem.
O colar “que traz proteção” deu lugar à gravata e ao terno para a foto do documento de identidade. Devidamente registrado, Martines poderá também requerer a aposentadoria e outros benefícios previdenciários. “Agora meu pai vai ficar mais tranqüilo”, comentou o filho, enquanto ajudava a mãe a se posicionar em frente à câmera fotográfica. “Se quiser, pode até fazer um financiamento, comprar uma televisão ou o que precisar.”
Para Júnior, o acesso à documentação é uma chance de ampliar os horizontes e ajudar na preservação da identidade guarani. “Quero estudar e trabalhar. Sem os documentos, não tinha como. Tenho planos de sair da aldeia e viajar. Estou certo que vou contribuir com o meu povo, mantendo a nossa cultura”, projeta o jovem, casado e pai de um casal de filhos. “Se a gente já não pode mais viver como os índios de antigamente, o melhor é se adaptar.”
Até o fim do dia de hoje, 250 juízes e voluntários de entidades parceiras do projeto Expedição da Cidadania estimam atender boa parte dos mil índios das três aldeias guaranis ribeirinhas ao Lago de Itaipu. Além dos documentos de identidade, título de eleitor, carteira de trabalho e de reservista, os avá-guarani receberam orientações e atendimento de saúde. “Essa é uma conquista que há muito tempo estamos buscando: reconhecimento e respeito”, avaliou o ex-cacique Simão Tupã Villalba.
Missão
No Paraná, o mutirão de ação social – que nasceu de uma iniciativa da Justiça Federal para levar as varas especiais a regiões carentes e isoladas do país – também atenderá comunidades indígenas e quilombolas. De acordo com o presidente da Ajufe, juiz Fernando Mattos, as próximas paradas serão Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. “Muitas pessoas nem ao menos sabem que têm direitos e chegam a viver quase toda a vida sem acesso a qualquer garantia ou benefícios básicos.”
Lançada oficialmente em março, a expedição fez a primeira incursão na cidade de Porto Murtinho (MS), na fronteira com o Paraguai. Em três dias de atividades, com o apoio da Marinha e do Exército, foram atendidas mais de 6 mil pessoas, a maioria estrangeiros em busca da legalização para a permanência no Brasil. “O acesso à Justiça e a dignidade do cidadão são princípios constitucionais que precisam e devem ser assegurados a todo cidadão”, completou Mattos.
Postado por Tupã Ñembo'agueraviju
Data: 16/09/09 às 01:05 Sobre o Autor:
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
Esse comportamento é normal. Todo mundo quer se promover à custa da miséria, da desgraça alheia. Soluções verdadeiras, prá que? Quem está verdadeiramente interessado nisso?
ResponderExcluirVocê tem razão, Carlos Roberto! O mundo está cheio de gente que adora uma oportunidade, uma aba, e não perde uma chance de se promover à custa dos outros.
ResponderExcluir