30 julho 2010

Mulheres violentadas


A imagem que ilustra esta postagem é muito forte. Em nome de alguns estômagos mais fracos talvez se devesse evitar a sua exposição. Mas isso significaria fechar os olhos, tapar os ouvidos e calar diante da barbárie.

Se assim agíssemos estaríamos nos juntando à imensa legião de hipócritas que em nome de tradições religiosas ou pura índole de violência finge não enxergar a brutalidade que o mundo ainda pratica contra a mulher, por ação ou omissão.

A foto aí ao lado foi publicada na capa da revista norte-americana Time, edição desta semana, e mostra a face de Aisha, uma tímida jovem de apenas 18 anos, que foi sentenciada pelo Talibã a ter seu nariz e orelhas cortados "por fugir da casa da família do marido", segundo o editorial da revista.

Segundo a Time, Aisha está sob a proteção de guardas armados e recebe apoio financeiro da ONG Women for Afghan Women, que em tradução livre significa Mulheres por Mulheres Afegãs, e será levada aos EUA, onde passará por uma cirurgia para reconstrução do rosto a ser paga por uma organização humanitária da Califórnia.

Esse assunto, a violência contra a mulher, volta e meia é abordado aqui no Dando Pitacos, e numa dessas oportunidades registramos que "não há dúvidas sobre o espaço conquistado pela mulher nos últimos tempos, mas é preciso avançar em seus direitos, mas não só nos direitos da mulher branca, bonita, bem nascida e culta, mas também nos direitos da mulher, branca ou negra, das comunidades carentes e às indígenas de todo o país".

Sempre nos referimos, também, à violência praticada contra a mulher, "a cada instante em todos os cantos do planeta, mas principalmente em países mais pobres como os do Continente Africano, onde a mulher, sem dignidade em razão das agressões sofridas, apenas contenta-se em defender a existência miserável".

É inconcebível que no curso do terceiro milênio ainda existam seres humanos submetidos a um atraso cultural que remonta ao obscurantismo da Idade Média, com leis e costumes cruéis e desumanos que superam o maquiavelismo do famigerado Santo Ofício da Inquisição, onde mulheres e supostos hereges foram sacrificados em nome de Deus.

Na edição de nº 2165 (19/05) a revista Veja publicou reportagem especial sob o título Afeganistão - Um Inferno para as mulheres, assinada pela jornalista Thaís Oyama, que assim descreve o que viu:

"No caminho do aeroporto para o centro da cidade, as barreiras de soldados armados com anacrônicos fuzis Kalashnikov e os muros de concreto erguidos diante das embaixadas lembram a todo instante que a desgraça está à espreita. Só nos dois primeiros meses do ano, a capital do Afeganistão foi alvo de duas séries de atentados cometidos por homens-bomba, nas quais 21 pessoas morreram. O país foi apontado, no último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), como o lugar mais perigoso do mundo para gerar uma criança. Mas pior do que vir à luz é nascer mulher no Afeganistão.

Nove anos depois da queda do regime do Talibã, as afegãs continuam pagando a parte mais pesada da conta do fundamentalismo religioso. Nas ruas, a maioria ainda usa a burca, a roupa que cobre o corpo feminino dos pés à cabeça e que era uniforme compulsório no tempo da milícia talibã. Embora as escolas para mulheres não sejam mais proibidas, as estudantes representam uma porcentagem ínfima da população feminina e mais da metade das afegãs ainda se casa antes dos 16 anos de idade – salvo raríssimas exceções, com homens escolhidos por sua família. Sob o totalitarismo medieval do Talibã, as que saíam às ruas desacompanhadas do marido ou de um parente do sexo masculino eram castigadas a chibatadas. Hoje, a proibição não existe mais, mas as afegãs continuam ausentes da paisagem. Para elas, qualquer lugar onde haja aglomeração masculina é considerado impróprio, o que inclui mercados, feiras, cinemas e parques. A segregação sexista faz com que até nos saguões dos aeroportos e nas festas de casamento exista um "setor feminino" – só no primeiro caso não formalmente delimitado. Nas bodas em que as mulheres comparecem maquiadas e com belos vestidos, quase sempre há dois salões – um para eles e outro para elas. Poucas se arriscam a desafiar as proibições sociais. A aplicação de castigos físicos a mulheres de "mau comportamento" continua a ser vista como um dever e um direito da família. Uma pesquisa feita em 2008 com 4 700 afegãs mostrou que 87% já tinham sido vítimas de espancamentos ou abusos sexuais e psicológicos – em 82% dos casos, infligidos por parentes. O Afeganistão livrou-se do jugo do Talibã, mas não conseguiu varrer o obscurantismo religioso que ele ajudou a disseminar. A interpretação radical e misógina dos princípios do Islã é a principal causa da tragédia das mulheres afegãs.

A prática da autoimolação é um dos sinais mais cruéis de sua magnitude. Entre 2008 e 2009, ao menos oitenta afegãs tentaram o suicídio ateando fogo ao corpo. Na província de Herat, a oeste de Cabul, a incidência desse tipo de episódio é tão alta que o principal hospital da região montou uma unidade para atender exclusivamente a casos assim. Quando a reportagem de VEJA visitou o lugar, havia três mulheres internadas por queimaduras autoinfligidas. Todas tinham menos de 26 anos e eram analfabetas. No Afeganistão, apenas 15% das mulheres com mais de 15 anos sabem ler e escrever. Rahime, de 25 anos, deu entrada no hospital com 35% do corpo queimado. Ela disse que tentou se imolar porque "estava cansada de viver". Contou que se casou aos 10 anos de idade e, desde então, engravidou seis vezes (sofreu três abortos espontâneos). A mãe estava com ela no hospital. Indagada sobre as razões que a fizeram permitir que a filha se casasse tão cedo, explicou que, na verdade, não a deu em casamento, mas foi obrigada a vendê-la. O marido era lavrador em uma plantação de ópio e não conseguia sustentar a família, de oito filhos. "Ficávamos três ou quatro noites sem ter o que comer", afirmou ela. Rahime foi entregue a um comerciante da região em troca de 200 000 afeganes, o equivalente a 4 300 dólares, divididos em dez pagamentos. O comerciante, hoje seu marido, é "bem mais velho" do que ela, mas nem a jovem nem a mãe souberam precisar quanto.


CANSADA DE VIVER
Rahime, de 25 anos, ateou fogo ao corpo jogando querosene sobre a cabeça.
Ela foi dada em casamento aos 10 anos de idade

Para atear fogo em si próprias, as mulheres costumam recorrer a óleo de cozinha ou ao querosene usado para acender lampiões. Apenas 6% das casas na zona rural do país têm eletricidade. O óleo provoca queimaduras mais graves do que o querosene, porque gruda na pele, o que faz com que o calor permaneça por mais tempo em contato com o corpo. Tanto o óleo quanto o querosene superam a água fervente, já que a fumaça que produzem pode causar, além de intoxicação, queimaduras internas. A maior parte das mulheres que tentam imolar-se não morre na hora, mas depois de alguns dias, vítima de falência de múltiplos órgãos resultante da perda de água. Rahime tinha o rosto e o corpo enfaixados. Ela verteu querosene sobre a cabeça, e não sobre o peito, como ocorre com mais frequência. Enquanto falava, uma policial se aproximou da sua cama para interrogá-la sobre os motivos da tentativa de suicídio. A investigadora Zulaikha Qambari trabalha há três anos no Departamento para Solução de Conflitos Familiares da Delegacia de Herat. Rahime disse a ela que decidiu atear fogo ao corpo porque a sogra passou a maltratá-la desde que o seu marido foi trabalhar no Irã. As duas mulheres deitadas ao lado da jovem também culparam alguém da família pelo ato extremo: uma diz que decidiu se matar depois de apanhar do padrasto do marido e outra afirmou que tomou a decisão por causa de uma briga com a cunhada em torno de um cosmético que havia ganho de presente. A policial Zulaikha afirmou estar habituada a ouvir justificativas como essas. "Algumas mulheres demoram para contar a história inteira, que muitas vezes inclui estupros e espancamentos sistemáticos. Outras nem são capazes de explicar por que fizeram aquilo. Apenas dizem que não querem mais viver."

Quando a reportagem se preparava para deixar o hospital, deparou com a chegada de uma quarta vítima. Ruquia, de 15 anos, proveniente da província vizinha de Badghis. Ela apresentava 45% do corpo queimado. A mãe disse aos médicos que a filha havia se acidentado fazendo chá. "Mentira", sussurrou o enfermeiro. "Sinta o cheiro de querosene que exala do corpo dela." A menina estava casada havia um ano.

A quantidade de mulheres que tentam imolar-se no Afeganistão atingiu o auge em 2004, quando só o hospital de Herat recebeu 350. Desde então, o número de vítimas tem-se mantido estável – e surpreendentemente mais alto do que o registrado no tempo em que o Talibã mandava no país. "Naquele período, quase não recebíamos casos como esses", afirma o diretor da unidade de queimados, Hamayoon Azizi, que há doze anos trabalha no hospital. Isso não quer dizer que as mulheres tinham menos motivos para sofrer no passado. Durante os cinco anos em que esteve no poder, o Talibã proibiu-as de trabalhar e de estudar. Instituiu a pena de apedrejamento para adúlteras e baniu qualquer tipo de entretenimento, incluindo cinema, televisão e até a brincadeira de empinar pipas, tradicional no país. A música também foi vetada, e quem fosse achado com uma fita cassete no carro era preso. Para o médico Azizi, o aumento no número de casos de autoimolação em relação àquele período é fruto do contato que muitas afegãs tiveram com o Irã, onde a prática está disseminada há mais tempo. O Irã faz fronteira com a província de Herat e, com o Paquistão, foi escolhido como refúgio por milhões de afegãos que deixaram o seu país no fim dos anos 90. Com a queda do Talibã, esses refugiados começaram a retornar ao Afeganistão – trazendo, na hipótese do médico, o "know-how" da auto-imolação".

Esse vídeo está na revista Time:



Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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28 comentários:

  1. A violencia tem atacado um grande número de mulheres independente da classe social ou raça é um triste fato este.E algo tem de ser feito rapidamente, mas ricor nas leis contra os agressore que munitas vezes ficam impune ,a paz

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  2. É verdade, Ismaelita!

    A mulher, independentemente da raça e classe social, sempre sofreu agressões, mas as agressões comuns, aquelas agressões do dia a dia na vida de casais (marido e mulher, companheiros, namorados), o que não se justifica, é bom deixar claro.

    Mas a pior agressão, na minha opinião (coisa que a maioria tem medo de fazer), é a que se origina em crenças, costumes e regras ditadas por algumas religiões.

    Um grande abraço...

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  3. Saudações!
    Amigo Roberto:
    O seu artigo é um verdadeiro documentário sobre as atrocidades e barbáries que tem como alvo as mulheres e em se tratando de doutrinas religiosas que elegem o aprisionamento do livre pensar se torna um crime condenável e inaceitável aos bons costumes. Tais ações impregnadas de fanatismos deploráveis aprisionam o ser, faz transbordar o ódio retirando a sensibilidade do sofrimento porque passa tanto homens quanto mulheres. E o que é mais triste, doutrinas amparadas em fanatismos não tem cura, mata o ser.
    Parabéns por mais uma excelente matéria!
    Abraços fraternos,
    LISON

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  4. Com certeza, Lison!

    E foi esse tipo de fanatismo que derrubou as torres gêmeas do World Trade Center, um dos maiores crimes praticados não contra os Estados Unidos apenas, mas contra toda a humanidade.

    A cultura do ódio não levará o mundo a lugar nenhum. A privação da liberdade de ir e vir, do pensar, do vestir, do ter prazer (sexual mesmo) também não. Como eu disse ao Príncipe, "o mundo evolui, e estas culturas também deveriam evoluir". Que se guardem certos dogmas e tabus, normais em qualquer cultura ou religião, tudo bem! Mas que se afaste o ódio, daninho a qualquer povo ou tradição cultural ou religiosa!

    Obrigado por sua opinião corajosa num assunto do qual a maioria se esquiva!

    Um grande abraço...

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  5. Olá Carlos Roberto,
    A violência contra a mulher é um problema mundial ligado ao poder, privilégios e controle masculinos. Atinge as mulheres independentemente de idade, cor, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual ou condição social. O efeito é, sobretudo, social, pois afeta o bem-estar, a segurança, as possibilidades de educação e desenvolvimento pessoal e a auto-estima das mulheres.
    Historicamente, à violência doméstica e sexual somam-se outras formas de violação dos direitos das mulheres: da diferença de remuneração em relação aos homens à injusta distribuição de renda; do tratamento desumano que recebem nos serviços de saúde ao assédio sexual no local de trabalho. Essas discriminações e sua invisibilidade agravam os efeitos da violência física, sexual e psicológica contra a mulher.
    Meu carinho

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  6. Amiga Silvana:

    Os detalhes do seu comentário dão bem a idéia de quão complicada é a situação da mulher em todo o planeta. Isso deveria servir de incentivo para as organizações internacionais de defesa dos direitos da mulher e para a sociedade mundial. Só a mobilização de todos pode início ao abrandamento de toda a violência hoje cometida no mundo contra o sexo feminino.

    Um abração...

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  7. Elton:

    Eu também acho que a "cultura" fanática não é um crime apenas contra a mulher, mas contra a própria humanidade, do mesmo jeito, e isso eu deixei claro na resposta a um dos comentários acima, que a derrubada das torres gêmeas do World Trade Center não foi um crime praticado apenas contra o povo americano, mas contra a sociedade global.

    E esse verdadeiro massacre, não interessa o nome da religião, não pode ser autorizado e mesmo permitido por nenhum "Deus".

    Você pode copiar o post e publicar no seu blog, sem nenhum problema. Acho que o bem deve ser propagado, estimulado, e fico feliz por você ter visto algo de bom e útil no meu trabalho.

    Um grande abraço...

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  8. Olha, realmente, eu já havia visto essa foto em uma série de fotos sobre a opressão à mulher no "mundo talibã" e fiquei chocado. No meio em que vivo e atuo, é de bom tom argumentar com base na aceitação da diferença cultural afinal, há coisas que fazemos que parecem bárbaras aos olhos de outros povos, sempre ponderam com isso os intelectuais de almanaque.
    Esse argumento me irrita já que no meu entender, violência é violência em qualquer época ou lugar. Tradição, quando se configura como um ato de agressão a um ser humano ou a um animal deve ser combatida e extinta. Não há argumento que sustente a barbárie.

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  9. Mas isso, Marcelo, é o que vem acontecendo no mundo há séculos.

    Em nome de tradições e costumes medievais, principalmente religiosos, pessoas, inclusive crianças, vêm sendo são submetidas a verdadeiros rituais de tortura por razões que não conseguimos e jamais conseguiremos entender. É pura barbárie, como você disse, e tem que acabar.

    Um abração...

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  10. Valeu, Elton!

    Consciências como a sua talvez nos ajudem a mudar alguma coisa nesse mundo de valores tão invertidos. Se as mudanças não vierem, tudo bem! Teremos feito a nossa parte.

    Um grande abraço...

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  11. esta é a triste realidade da vidas de mts mulheres a sociedade tem q se mobilizar cada vez mas e exigir punição para os suspeitos....

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  12. Mas essa realidade pode ser mudada, não sem muita luta e sacrifício, eu sei!

    Nenhum sistema se modifica sem dor e sofrimento, nenhuma cultura muda do dia para a noite. As mulheres devem se mobilizar, e com a ajuda do restante da sociedade, lutar para que brutalidades como a que trata o post sejam varridas da face da da terra. Mulher não é bicho, não é um traste, não é uma coisa, logo não pode ser tratada dessa forma!

    Participe sempre do Dando Pitacos. Assuntos desse tipo aqui sempre serão tratados, mas eles não terão repercussão sem a participação de pessoas como você!

    Um grande abraço...

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  13. Olá Roberto!
    Impressionante, não é? Fanatismos religiosos são os culpados ou os homens é que usam a religião para justificar seu desrespeito à mulher? Dá no mesmo, não é mesmo?!
    Como mulher, vou lhe dizer que, quando a gente vê uma outra mulher assim violentada, rapidamente pensa:"somos felizes por não termos nascido lá." Mas,se me permite (gostaria de sua opinião): Acho que as mulheres mais "felizes", porque menos violentadas, não podem não, se calar, aceitando ouvir a tal frase: " Você devia se dar por muito feliz; olha outros maridos por aí como tratam as mulheres".
    Você sabe que aqui no Brasil muitos falam isto, não é? Evidentemente de acordo com o tamanho do passo que cada uma sabe que pode dar,temos sim de continuar alertas no sentido de lutarmos sempre pelo respeito e contra a violência. Primeiro porque a gente estará tentando diminuir um mal,não importa em que grau,(seja lá contra a mulher, ou contra outros que sofram violência por preconceitos); 2º porque,brasileiras, americanas, enfim mulheres que sofram menos violência são exatamente as que podem ter a liberdade de ser porta-vozes e fazer virar o jogo. Juntamente com homens conscientes e de blogs como o seu, juntos podemos fazer a nossa parte para "apertar o cerco", contra violência injustificada, covarde e imoral contra mulheres, crianças, velhos,e o estaremos fazendo em nome de uma sociedade mais humana. Tomara que no futuro, este comportamento pareça absurdo a todos os adolescentes de qualquer lugar do mundo,que serão os responsáveis pelo futuro.
    Desculpe se me alonguei.rs..........
    (no meu passo cauteloso de formiguinha,não desisto,reclamo contra o desrespeito e proclamo a favor do amor.)
    Acho que uma forma boa de se lutar, também é dar exemplo de respeito e amor.Que nossos homens não se julguem melhores do que os de outra sociedade, mas repudiem o que este vídeo significa, em qualquer lugar do mundo.
    Abraço grande,
    Vera.

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  14. Minha querida Vera:

    O seu comentário não deixa espaços para acréscimos e só veio completar a simplicidade do meu trabalho.

    Nenhuma mulher, nenhum homem deve se calar, em nenhum lugar do mundo, diante de qualquer tipo de violência, por mais privilegiadas que sejam em suas sociedades locais. O silêncio é o parceiro da impunidade!

    Não há diferenças entre seres humanos,e por isso, nenhum sistema de governo, costume ou religião pode submeter alguém (homens, mulheres, idosos ou crianças e até mesmo animais) à violência retratada no post.

    Um abração e parabéns pelo comentário lúcido e objetivo...

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  15. fiquei fascinada,com seu blog
    parabéns

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  16. Então participe sempre, minha amiga Anônima!

    Um abração...

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  17. É verdadeiramente uma imagem, onde se pode avaliar a crueldade humana. Mas devemos coibir a violencia contra a mulher e as minorias que continuam existindindo em nosso Pais, muitas vezes tão próximos de nós e somos insensiveis ao pedido de ajuda, principalmente por não querer se envolver.

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  18. Essa é a grande questão, Marilda!

    Enquanto fecharmos os olhos para a violência que atinge o nosso vizinho, nada vai mudar. O grande problema é que no momento seguinte, a mesma violência pode bater à nossa porta!

    É preciso participar mais, denunciar sempre!

    Um abração...

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  19. óla boa tarde a todos os leitores meu nome é thellma tenho 23 anos a alguns meses tive q fugir de dentro da minha própria kasa pq naum aguentava mais akela cena de espancamento foi agredida um ano e com medo de morrer naum podia dar parte dele na policia pois o msm me ameaçava então colokando minha vida em jogo fugi de casa com apenas a roupa do corpo apanhaVA frequentemente.... tenho apenas 23 anos mas ja sei muito da vida então peço a vcs mulheres q façam algo enquanto há tempo naum tenham medo eu fiz e naum me arrependi agradeço a deus por estar viva e a minha familia q me deu força um grand bjo e FORÇA E CORAGEM

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  20. É isso aí, Thelma!

    A mulher não deve se submeter a situações como a que você enfrentou. Nenhum homem tem o direito de impor esse tratamento à mulher. Sempre há uma oportunidade para uma reação, que deve ser pacífica. A lei protege você, e apesar das falhas que ainda existem, vai protegê-la, com certeza!

    Nunca se cale! Denuncie!

    Um abraço e parabéns pela sua coragem...

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  21. Parabéns, se no mundo tivesse 1% de HOMENS feito você com claresa nos escritos, quem sabe seria melhor. as vezes sofro na pela muitas coisas, agora dei um BASTA, vou VIVER ou MORRER, para lutar contra a violência, no que um dia chamei de lar. porque quando o homem é CRUEL, não é só a mulher que sofre e sim toda a familia.
    continue assim levando informações PARABÉNS....

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  22. Minha amiga (ou amigo) Anônima (o):

    A violência é sempre um mal, venha da iniciativa de homens ou mulheres. Mas a mulher, por ser a mais fraca fisicamente, sempre teve que se submeter ao absurdo da agressão do homem. Muita coisa já mudou, é verdade. Mas muito ainda precisa ser feito.

    Um grande abraço...

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  23. nossa mt forte essas imagens!mulheres guerreiras, mesmo a isso elas sobreviveram! vamos entrar nessa luta com elas,dizendo NAO contra a violecia a mulher.

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  24. É verdade, Andrezza!

    O mundo precisa se mobilizar contra esse tipo de violência. É chocante ver esse tipo de imagem!

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  25. ola que e vç vamos conversar?

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  26. Coitadas...Guerreiras!!!Muito Triste...

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  27. nimguem É obrigado a gostar de nimguem, mais tem uma coisa q se chama respeito!

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