03 dezembro 2012

Mais uma vítima da vaidade e omissão dos órgãos de fiscalização

Louanna Adrielle Castro da Silva (foto: reprodução/Facebook)

Mais uma jovem é vítima da própria vaidade e da falta de uma fiscalização objetiva quanto aos procedimentos médicos e condições técnicas dos hospitais nas cirurgias para implantes de silicone. A modelo Louanna Adrielle Castro da Silva, de 24 anos, que recentemente fora eleita Miss Jataí Turismo, sua cidade natal, morreu após iniciar o procedimento cirúrgico para colocar prótese de silicone nos seios, no Hospital Buriti, no Parque Amazônia, em Goiânia, no último sábado (01/12).

Um parente de Louanna disse hoje (03/12) em uma entrevista, que a modelo já tinha feito o implante na mama direita, e sofreu sofreu uma parada cardíaca ao receber a prótese na mama esquerda. Sem uma Unidade de Terapia Intensiva - UTI no hospital, detalhe que deveria ser visto com maior cuidado pelos órgãos de fiscalização e conselhos de medicina, a jovem teve de ser encaminhada para outra unidade, mas não resistiu.

- O médico nos disse que a cirurgia era simples e que, se acontecesse alguma coisa, tinha uma UTI bem pertinho. Nos sentimos seguros - disse o parente da moça.

Estranhamente, ainda segundo a família, os exames feitos por Louanna antes da cirurgia mostraram que ela era portadora de uma arritmia cardíaca, problema que só foi descoberto depois, já que o médico, que tem uma clínica em Jataí e outra em Goiânia, mas costuma operar no Hospital Buriti, na capital, não informou esse detalhe a ninguém.

Se isso não bastasse, o laudo sobre a causa-mortis de Louanna atesta que ela era usuária de drogas, o que teria ocasionado as paradas cardíacas, dado que a família contesta com veemência.

- Ela não bebia nem cerveja, somente água mineral - afirmou o parente de Louanna.

O corpo da jovem modelo foi enterrado na noite de ontem (02/12), no Cemitério São Miguel, em Jataí. O caso foi registrado no 5º Distrito Policial de Goiânia.

Reiterando, se as fiscalizações dos Estados e Conselhos Regionais de Medicina fossem mais atuantes e objetivas, a cirurgia não teria sido feita no Hospital Buriti, em Goiânia, simplesmente porque a moça sofria de arritmia cardíaca e a unidade não tem uma UTI, detalhes onde poderiam estar, ao menos para Louanna, a diferença entre viver e morrer. Agora, e como sempre acontece, virão as frases do tipo "iremos investigar", "vamos punir" e coisas do gênero. Mas a jovem Louanna está morta, e isso não pode ser mudado. Você concorda? Não? Tudo bem! De qualquer forma, deixe o seu comentário.


G1





Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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