18 abril 2009

Adolescentes ameaçam professora em Franca (SP)

Pais e professores de uma escola no interior de São Paulo decidem esta semana o que fazer com os três alunos de idades entre 12 e 14 anos.

João Carlos Borda - Franca, SP

De início eram agressões verbais, mas a situação começou a ficar tensa, quando a professora passou a receber ameaças pelo celular. Até que ela teve uma surpresa na caixa do correio, encontrou um bilhete com uma bala de revólver.

A professora, que prefere não aparecer, procurou à polícia. As ameaças contra a professora foram feitas por três adolescentes: um menino de 14 anos e duas meninas de 12 e 13 anos.

Eles foram ouvidos pela polícia e confirmaram tudo. Disseram que tinham até um plano, iriam invadir a casa da professora para roubar tudo e sequestrar o filho dela, de 3 anos.

A escola estadual fica na periferia de Franca. A professora ameaçada está com muito medo e não quis comentar o caso. A direção do colégio também não, mas revelou que outros professores são constantemente ameaçados.

Em depoimento a delegada eles resumiram os motivos das ameaças: “por maldade".

“Pelo o que eu percebi, eles realmente tinham intenção de chegar a concretizar alguma coisa”, declara Graziela Ambrósio, delegada de Franca (veja a reportagem).


Isso não é caso de polícia, a menos que seja para prender os pais dessas crianças. Uma criança com instintos homicidas é um caso patológico, mas 3?!!!!

Para mim isso é caso para a medicina, a psicologia, a pedagogia e a psiquiatria. Quiçá para as religiões! Os religiosos que gastam seu tempo julgando e excomungando pessoas sofredoras, vítimas também dessa violência, não aparecem para tentar apresentar Deus às famílias desses adolescentes. É nessas horas em que mais deviam atuar, não acham?

Isso que dá a banalização da violência, a cultura de que por causa da vida competititva o jovem tem que se dar bem em tudo, a idéia de que professores não precisam ser respeitados porque estão ali sendo pagos com o dinheiro dos pais... e mais tantas sandices que já ouvi pela vida afora. Ainda não vi a notícia na televisão mas aposto que, não demora, os pais aparecerão com mais caras de vítimas dizendo que não sabem como os filhos fizeram isso...

Quanto à professora, não deve se acovardar. Eu levaria o caso até às últimas consequencias. Infelizmente as lições não são tão eficazes quando passadas no caderno ou no quadro negro. O exemplo - e muitas vezes o sangue - são a melhor didática. Quanto às "crianças" também vão aprender muito pela dor se continuarem nesse caminho.

Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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Um comentário:

  1. O professor, na minha opinião de leigo, já foi, eu disse, "já foi", uma das peças mais importantes, não só na educação, mas na formação geral de um cidadão.

    No meu primeiro dia de aula na 5ª série do antigo curso primário, no GRUPO ESCOLAR ANTONIO FIGUEIRA DE ALMEIDA - NILÓPOLIS - RJ, vinha eu pelo corredor, e porque muito popular, tive que parar por várias vezes para cumprimentar amigos e professores. Quando cheguei à porta da sala de aula, alguns minutos depois da hora, lá estava parada, séria, a minha nova professora, D. DINA, um mulher de meia idade, de semblante bonito, mas fechado. Ela me olhou e disse: "A aula começa às 7:00 horas. Não me interessa se você tem muitos amigos. Da próxima vez você vai voltar da porta, com uma anotação na sua carteira. Os horários foram feitos para serem cumpridos, entendeu, rapaz?

    Baixei a cabeça, pedi desculpas e entrei na sala. Começava ali uma das grandes amizades da minha vida!

    Desde que a professora deixou de ser "professora" para ser "tia", ela virou irmã da mãe ou do pai do aluno, e o respeito acabou!

    A minha opinião sobre o fato trazido pela AnaKris talvez vá chocar a todos, MAS É A MINHA OPINIÃO, e dela não abro mão!

    Eu me fecharia na minha casa e mandaria um recado para estes verdadeiros marginais: Venham, meninos! Estou à espera de vocês!

    Daria a eles o tratamento prometido a essa pobre e aterrorizada professora: o primeiro que cruzasse a porta da minha casa ia levar bala!

    Já que o Estado não funciona, o Ministério Público só age depois que vítimas inocentes são feitas e os pais não mais existem, e quando existem, apoiam os atos de violência praticados pelos filhos, como nos tem sido mostrado por personagens de badalada novela da REDE GLOBO, faço eu a lei, na minha defesa e defesa da integridade da minha família, como prevê o Código Penal em vigor!

    Essa é a realidade que estamos vivendo! Só precisamos é ter coragem para admiti-la!

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