A menina JULIA LIRA, de sete anos, pode não desfilar à frente da bateria da Escola de Samba Unidos do Viradouro, o que ela faria ao lado do pai, MARCO LIRA, e da mãe, MÔNICA LIRA, porque o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente considerou a função "sensual demais para uma criança".
“Cada vez mais a sociedade aceita essa sexualização precoce de crianças e adolescentes. Nós não negamos que as crianças tenham sexualidade, mas isso tem que ser trabalhado em ambientes propícios. Não é adequado uma criança, que é considerado um sujeito em peculiar processo de desenvolvimento, ser colocada em um posto como esse”, disse o presidente da entidade, o advogado CARLOS NICODEMOS, opinião que parece ser a mesma do pediatra LAURO MONTEIRO, mas que não convence o Desembargador GUARACI VIANNA, para quem se houver “autorização judicial e dos pais, não tem problema algum.”
Aparentemente, a questão é polêmica! Será?
Acho que autoridades, profissionais da área e a própria sociedade deveriam se preocupar um pouco mais com as crianças que vivem abaixo da linha da miséria, morando sobre palafitas fedorentas, sem educação, lazer e alimentação adequadas, submetidas, em muitos casos, a trabalho escravo e até mesmo prostituição, deixando de lado quem não precisa desse tipo de "cuidado", pois tem ao seu lado os pais capazes e responsáveis de zelar por sua segurança, integridade e desenvolvimento psicológico, até prova em contrário, o que é o caso da pequena JULIA.
A assertiva de que ela não pode desfilar porque "o cargo de rainha de bateria tem um enorme apelo sexual, podendo representar um processo precoce de sexualização de uma criança", na minha opinião, é ridícula, e pior que isso, hipócrita.
Ridícula, porque não consigo entender que "apelo sexual" uma criança de sete anos de idade, ainda que sambando à frente da bateria de uma escola, possa despertar em homens ou mulheres, a não ser, é claro, que eles a enxerguem com os olhos da pedofilia. A "sexualização precoce" de uma criança depende muito mais da educação que lhe é ministrada pelos pais do que da "vigilância" do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente ou de qualquer médico pediatra, até porque se assim fosse, eles já deveriam ter tomado alguma atitude mais efetiva contra o absurdo processo de "sexualização precoce" a que estão sujeitas milhares de crianças Brasil afora, em razão, principalmente, das novelas, o que já foi objeto de discussão no tópico "Como viver a vida, segundo a Globo", onde o autor, LEANDRO FARIAS, destaca que "Viver a Vida é uma novela onde praticamente todos os personagens enganam uns aos outros. O marido trai a esposa com a prima dela, a esposa trai o marido com o cara da academia, o outro troca a companheira de uma vida inteira por uma modelo 30 anos mais jovem , que agora já vive um affair com o sujeito que conheceu no meio do deserto (que corre o risco de ser filho de seu próprio marido), irmãos (gêmeos!) disputam a mesma garota…".
Aliás, no comentário que postei no texto em questão, fiz questão de destacar que "a atuação de KLARA CASTANHO, a menina “RAFAELA”, que na minha opinião é um fenômeno como atriz, já superou, há muito, os limites imagináveis para uma personagem de sua idade. Ela não existiria, quer na ficção, quer na realidade, se não fosse o texto que lhe é entregue pelos adultos “responsáveis” pelo folhetim! Não estaria ela sendo submetida a um processo de "sexualização precoce" muito mais contundente? "Viver a vida" ao lado de tantas cenas e experiências sexuais não lhe será mais prejudicial do que desfilar à frente de uma bateria de escola de samba?
Na verdade, prá resumir a coisa, ou tem gente demais correndo atrás dos seus 30 segundos de fama, ou está faltando o que fazer! Mas com absoluta certeza, está sobrando hipocrisia!!!
Sobre o Autor:
“Cada vez mais a sociedade aceita essa sexualização precoce de crianças e adolescentes. Nós não negamos que as crianças tenham sexualidade, mas isso tem que ser trabalhado em ambientes propícios. Não é adequado uma criança, que é considerado um sujeito em peculiar processo de desenvolvimento, ser colocada em um posto como esse”, disse o presidente da entidade, o advogado CARLOS NICODEMOS, opinião que parece ser a mesma do pediatra LAURO MONTEIRO, mas que não convence o Desembargador GUARACI VIANNA, para quem se houver “autorização judicial e dos pais, não tem problema algum.”
Aparentemente, a questão é polêmica! Será?
Acho que autoridades, profissionais da área e a própria sociedade deveriam se preocupar um pouco mais com as crianças que vivem abaixo da linha da miséria, morando sobre palafitas fedorentas, sem educação, lazer e alimentação adequadas, submetidas, em muitos casos, a trabalho escravo e até mesmo prostituição, deixando de lado quem não precisa desse tipo de "cuidado", pois tem ao seu lado os pais capazes e responsáveis de zelar por sua segurança, integridade e desenvolvimento psicológico, até prova em contrário, o que é o caso da pequena JULIA.
A assertiva de que ela não pode desfilar porque "o cargo de rainha de bateria tem um enorme apelo sexual, podendo representar um processo precoce de sexualização de uma criança", na minha opinião, é ridícula, e pior que isso, hipócrita.
Ridícula, porque não consigo entender que "apelo sexual" uma criança de sete anos de idade, ainda que sambando à frente da bateria de uma escola, possa despertar em homens ou mulheres, a não ser, é claro, que eles a enxerguem com os olhos da pedofilia. A "sexualização precoce" de uma criança depende muito mais da educação que lhe é ministrada pelos pais do que da "vigilância" do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente ou de qualquer médico pediatra, até porque se assim fosse, eles já deveriam ter tomado alguma atitude mais efetiva contra o absurdo processo de "sexualização precoce" a que estão sujeitas milhares de crianças Brasil afora, em razão, principalmente, das novelas, o que já foi objeto de discussão no tópico "Como viver a vida, segundo a Globo", onde o autor, LEANDRO FARIAS, destaca que "Viver a Vida é uma novela onde praticamente todos os personagens enganam uns aos outros. O marido trai a esposa com a prima dela, a esposa trai o marido com o cara da academia, o outro troca a companheira de uma vida inteira por uma modelo 30 anos mais jovem , que agora já vive um affair com o sujeito que conheceu no meio do deserto (que corre o risco de ser filho de seu próprio marido), irmãos (gêmeos!) disputam a mesma garota…".
Aliás, no comentário que postei no texto em questão, fiz questão de destacar que "a atuação de KLARA CASTANHO, a menina “RAFAELA”, que na minha opinião é um fenômeno como atriz, já superou, há muito, os limites imagináveis para uma personagem de sua idade. Ela não existiria, quer na ficção, quer na realidade, se não fosse o texto que lhe é entregue pelos adultos “responsáveis” pelo folhetim! Não estaria ela sendo submetida a um processo de "sexualização precoce" muito mais contundente? "Viver a vida" ao lado de tantas cenas e experiências sexuais não lhe será mais prejudicial do que desfilar à frente de uma bateria de escola de samba?
Na verdade, prá resumir a coisa, ou tem gente demais correndo atrás dos seus 30 segundos de fama, ou está faltando o que fazer! Mas com absoluta certeza, está sobrando hipocrisia!!!
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
A hipocrisia sobra, transborda e inunda!
ResponderExcluirEngraçado... ninguém nunca falou isso da Xuxa que passou a vida inteira falando estimulando a sexualidade precoce nas crianças, principalmente nas meninas. Lembram que as paquitas entravam com 11, 12 ou 13 anos e já descoloriam os cabelos? Isso há 20 anos atrás! Lembram das roupas transparentes da Bicho Comeu (grife de propriedade da Xuxa)?
E sabe o que é pior, ouvir o gado, oops, o povo, apoiar tudo isso. Lembro uma vez que estava na sala de espera do pediatra do meu filho (que hoje tem 22 anos) e conversava com outras mães a respeito do programa da Xuxa. Cheguei a ouvir barbaridades do tipo: "Ah eu acho muito bom o que ela faz, pois torna as meninas mais femininas", "É bom que ela fale em namoro porque isso previne que as meninas virem sapatões" (!!!!)
Não sei o que era pior, se era a Rainha dos Baixinhos e seus problemas refletidos nas crianças ou se era o povo louco pra "subir na nave" e voar para o buraco negro.
Agora, já que o governo se preocupa tanto com o bem estar das crianças, porque não faz uma mega campanha contra a prostituição infantil que nessa época de Carnaval aumenta exponencialmente?
Creio que essas pessoas não freqüentam escolas de samba, filhos, netos e toda família estão lá o ano todo, destaques ou não, estão lá sambando, fazendo parte da escola.
ResponderExcluirSei que há prostituição em muitos Estados e até mesmo pais envolvidos,e a pedofilia nem preciso comentar! Mas parem pra pensar, sempre existiu e sempre irá existir crianças em escolas de samba, destaques ou não, isso só me leva a pensar que alguns seres humanos de cabeça dura e que não é carioca inventou essa história que a pequena Júlia não poderia ser destaque, e as outras crianças? então era para proibir qualquer criança de desfilar no carnaval!e nos blocos de rua? será que eles vão conseguir proibir?
Pessoas assim, poderiam fazer melhor, cuidar da EDUCAÇÂO do País, assim construiremos cabeças pensantes, críticas e preocupadas com assuntos de verdadeira importância para a Nação.
-Sou professora e aprecio o espetáculo carnavalesco.
Concordo com os dois comentários acima. Porque é que o governo não aproveita o carnaval para tentar pelo menos diminuir a prostituição infantil.
ResponderExcluirPor outro lado, como disse a professora, ninguém nunca vai evitar o acesso das crianças a uma escola de samba. Elas são da comunidade, não há como impedir que isso aconteça. Mas esse não é o problema. O que fovernos e autoridades deviam fazer é agir contra a miséria, prá tirar milhares de crianças do trabalho escravo, dos lixões, e como disse o texto, das palafitas fedorentasa.
A garotinha Julia não precisa desse tipo de atenção!
Eu acho que a explicação está no título da postagem. É muita hipocrisia e falta do que fazer.
ResponderExcluirÉ um assunto polêmico e que gera muito debate.Concordo com todos os comentários,cada um no seu ponto de vista.Abomino a pedofilia,odeio a hipocrisia,e amo as crianças do nosso pais,e do mundo inteiro.E todos nós sabemos que sem uma boa formação,elas se tornarão futuros indivíduos com problemas seríssimos.Então vamos reclamar mais da educação,da miséria,das drogas,e deixar essas festividades a quem competi,e aos pais dessas crianças que são totalmente responsaveis por elas.
ResponderExcluirBeijão a todos!
Ola Nobres Internautas,
ResponderExcluirApenas escrevo para manifestar minha solidariedade a pequema Julia que, mesmo sofrendo e em lagrimas, acabou cumprindo o papel que lhe deram, conforme amplamente divulgado pela TV Globo.
"Profecias" a parte, convido-os a conhecerem a campanha contra a exploracao sexual de criancas. Vejam na Internet.
Bem, ao contrario do que pode parecer" mais o que fazer" nos temos. Tanto e que estamos fazendo.
Cordiais Abracos
Carlos Nicodemos