GUERRA AO TERROR não podia perder o Oscar de melhor filme. E não perdeu!
O filme mostra, com rara perfeição, o horror da guerra, e com um detalhe muito importante: sem tomar partido, sem tendências. A elevação do tom nas discussões entre o Ocidente e o povo Islâmico, pode ser que eu me engane, vai levar o mundo a um confronto de proporções inimagináveis.
Eu, então, fã ardoroso da ficção científica, adoraria poder aplaudir AVATAR como o grande ganhador da estatueta mais desejada da história do cinema mundial. Mas o momento que a humanidade atravessa nos aconselha a assistir e meditar sobre a verdadeira obra-prima de KATHRYN BIGELOW, essa bonita senhora que nos surpreendeu com uma realidade que a maioria não conhece: O TERROR DA GUERRA!
Em pouco mais de duas horas de muita tensão e ansiedade, o espectador vive momentos de horror. Num deles, coisas da guerra, um soldado enfia a mão nas entranhas de um garoto morto para retirar uma bomba! A cena é tão absurda que se chega a pensar que esse tipo de coisa não pode estar acontecendo. Mas está! O mundo não pode ter chegado a esse ponto. Mas chegou! Aí, a importância da obra de BIGELOW: ela nos faz ver e sentir que está na hora de dizer um basta! Está na hora de dizer não à insanidade!
O filme não é informativo. Ele não conta a história da guerra do Iraque. Ele mostra fatos, acontecimentos, realidade, um país destruído e pessoas tentando matar umas às outras sem uma explicação lógica. Mas isso não é o mais importante. O importante é ver e sentir o horror da guerra.
A expressão locker, do título original, segundo a revista ÉPOCA, "é o cadeado de um tipo de bomba relativamente novo. São as "bombas improvisadas" pelos insurgentes, os iraquianos que não aceitam a presença americana no Iraque e nem o governo apoiado pela Casa Branca. Elas apareceram no Iraque e hoje estão presentes também no Afeganistão. São mais difíceis de neutralizar que as bombas convencionais. No apogeu da Guerra do Iraque, 81% das mortes de soldados dos Estados Unidos se deviam a esse tipo de arma. No ano passado, mais de 6.000 marines foram mortos pelos explosivos improvisados no Afeganistão.
Por isso surgiram os especialistas em desativá-lo. São eles os protagonistas do filme. É uma tarefa perigosa. Você pode explodir caso não tenha sucesso. Segundo os cálculos de um grupo americano, 64 homens morreram, até aqui, na missão de abrir este tipo letal de cadeado. Uma das cenas mais impressionantes do filme mostra um especialista tentando salvar um iraqueano inocente no qual haviam sido colocados explosivos. Ele tem poucos segundos para abrir o cadeado. Consegue. Mas então percebe que havia outros. Pede, desesperado, desculpas ao iraquiano prestes a ser feito em pedaços, um pai de família. Ele reza.
Isto é guerra!"
E é contra essa maldita guerra, e todas a outras guerras não menos malditas que devemos nos unir e lutar!
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
O que você falou no final é muito importante. Pode parecer paradoxal usar a sua frase "Vamos nos unir e lutar". Inclusive, os americanos se utilizam desse paradoxo o tempo todo: fazem guerra para garantir a paz. E isso confunde as pessoas, que passam a não acreditar nem na guerra e nem na paz.
ResponderExcluirMas uma coisa é certa: temos que lutar, mas através de uma luta diferente. Essa coisa de pegar em armas como tanto gostam as pessoas paradas no tempo não faz mais sentido. Essas guerras não resolvem nada, até porque não há vencedores. Alguém ainda acredita que os EUA vão conseguir mudar alguma coisa no Oriente Médio?
Inventaram armas atômicas que são capazes de extinguir a vida na Terra, logo, não haveria vencedores mesmo - não parece insanidade? As outras, chamadas convencionais, só conseguem mesmo acirrar ódios e matar população civil.
A nossa luta tem que ser diferente. Primeiro, temos que lutar contra nós mesmos. Contra o nosso egoísmo, contra a nossa tendência de nos acharmos o centro do universo. Todos somos universo e a cada ação corresponde uma reação.
Não quer corrupção no país, então não seja corrupto. Gosta da verdade? Então não minta. Gosta de limpeza na sua casa? Então não jogue papel na rua.
Uma vez vencida essa luta, vamos à luta pela cidadania. Políticos são representantes do povo. Enquanto o povo for corrupto, a única diferença entre eles e os políticos é que estes tiveram a oportunidade de se elegerem.
O povo tem que começar a exigir as notas fiscais,a exigir aquele centavinho que falta na conta bancária sem explicação, a cobrar as promessas dos políticos (internet tá aí pra isso mesmo). Político é safado, ótimo, que tal ninguém aparecer para votar?
Sabem o que é isso? Não é a chamada baderna não. Isso é resitência silenciosa, pacífica. Isso é cidadania.
Eu até queria dizer alguma coisa, mas a Ana já disse tudo.
ResponderExcluir"A nossa luta tem que ser diferente. Primeiro, temos que lutar contra nós mesmos. Contra o nosso egoísmo, contra a nossa tendência de nos acharmos o centro do universo. Todos somos universo e a cada ação corresponde uma reação".
A guerra é chocante e precisa ser evitada.
A Ana disse tudo e mais um pouco: "A nossa luta tem que ser diferente. Primeiro, temos que lutar contra nós mesmos. Contra o nosso egoísmo, contra a nossa tendência de nos acharmos o centro do universo. Todos somos universo e a cada ação corresponde uma reação.
ResponderExcluirNão quer corrupção no país, então não seja corrupto. Gosta da verdade? Então não minta. Gosta de limpeza na sua casa? Então não jogue papel na rua.
Uma vez vencida essa luta, vamos à luta pela cidadania. Políticos são representantes do povo. Enquanto o povo for corrupto, a única diferença entre eles e os políticos é que estes tiveram a oportunidade de se elegerem".