A leitura sempre foi e continua sendo uma de minhas prioridades. Desde criança cultivo o hábito, e a ele devo o pouco conhecimento gramatical que tenho. Quanto mais eu lia, mais a minha curiosidade era despertada para essa ou aquela palavra, para conjugação correta de um verbo ou a exata pontuação de uma frase ou texto. A mesma curiosidade hoje me faz navegar pela grande rede, que tem muito lixo, mas também guarda verdadeiros tesouros de informação sobre os mais variados temas.
Na solidão do meu passeio de hoje pela internet esbarrei com o portal Leite Materno, que se apresenta como o primeiro site português sobre aleitamento materno. A página foi criada por:
Celina Pires nasceu em Angola, em 1971. Licenciou-se em Medicina, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em 1995. Concluiu uma pós-graduação em Hidrologia Médica e outra em Imunologia Clínica. Escolheu Medicina Geral e Familiar como especialidade, que concluiu em 2000. Em 2001, iniciou a sua actividade como Médica de Família no Centro de Saúde de Belmonte, onde tem vindo a desenvolver, desde 2002 um programa de promoção e apoio ao aleitamento materno. É mãe de dois filhos. É a responsável pela construção do site e pelos conteúdos sobre aleitamento materno.
Paula Rabaça nasceu em Angola, em 1974. Licenciou-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1997. Realizou Estágio Profissional pela Ordem dos Advogados – Conselho Distrital de Coimbra, tendo exercido advocacia até 2000. Ingressou no quadro de pessoal do Instituto de Solidariedade e Segurança Social – Centro Distrital de Castelo Branco, como jurista do respectivo Gabinete Jurídico. Frequentou o Curso de “Protecção de Menores” ministrado pelo Centro de Direito da Família da Faculdade de Direito de Coimbra. Trabalha, desde 2002, como jurista da Câmara Municipal de Manteigas. É a responsável pela informação jurídica do site.
Luis Santos nasceu em Tomar, em 1974, e aí viveu até completar o ensino secundário na área de Artes Visuais. Tirou o curso de Realização Plástica do Espectáculo na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa. Estagiou no Teatro Nacional D. Maria II. Como cenógrafo, trabalhou na Comuna, Teatro de Pesquisa e na Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo. Foi um dos fundadores do Teatro Público. Trabalha actualmente como assistente de Cenografia no Teatro da Cornucópia. É o responsável pelas ilustrações do site.
Eles explicam que aleitamento materno é um ato natural e constitui a melhor forma de alimentar, proteger e amar o bebê. Esclarecem, ainda, que a amamentação é um processo fisiológico, natural, mas que precisa de ser aprendido, e se dispõem a dar às mães todas as informações necessárias para o sucesso de uma experiência única que é o ato de amamentar.
Algumas informações muito interessantes estão no ícone "porque amamentar"? Clique nele e você vai descobrir que:
"O leite humano é muito diferente do leite adaptado (leite em pó).
O leite materno contém todas as proteínas, açúcar, gordura, vitaminas e água que o seu bebé necessita para ser saudável. Além disso, contém determinados elementos que o leite em pó não consegue incorporar, tais como anticorpos e glóbulos brancos. É por isso que o leite materno protege o bebé de certas doenças e infecções.
O aleitamento materno protege as crianças de:
- Otites
- Alergias
- Vômitos
- Diarreia
- Pneumonias
- Bronquiolites
- Meningites
Outras vantagens do leite materno para o bebê:
- Melhora o desenvolvimento mental do bebê;
- É mais facilmente digerido;
- Amamentar promove o estabelecimento de uma ligação emocional, muito forte e precoce, entre a mãe e a criança, designada tecnicamente por vínculo afetivo. Atualmente, sabe-se que um vínculo afectivo sólido facilita o desenvolvimento da criança e o seu relacionamento com as outras pessoas;
- O acto de mamar ao peito melhora a formação da boca e o alinhamento dos dentes.
Amamentar tem vantagens também para a mãe:
- A mãe que amamenta sente-se mais segura e menos ansiosa;
- Amamentar faz queimar calorias e por isso ajuda a mulher a voltar, mais depressa, ao peso que tinha antes de engravidar;
- Ajuda o útero a regressar ao seu tamanho normal mais rapidamente;
- A perda de sangue depois do parto acaba mais cedo;
- A amamentação protege do cancro da mama que surge antes da menopausa;
- A amamentação protege do cancro do ovário;
- A amamentação protege da osteoporose;
- A amamentação exclusiva protege da anemia (deficiência de ferro). As mulheres que amamentam demoram mais tempo para ter menstruações, por isso as suas reservas de ferro não diminuem com a hemorragia mensal;
- Amamentar é muito prático! Não é necessário esterilizar e preparar biberões. Não é necessário levantar-se de noite para preparar o biberão.
Amamentar também é vantajoso para a família:
- A amamentação é mais econômica para a família. Basta multiplicar o preço de uma lata de leite em pó, pelo número de latas necessárias ao longo da vida da criança, e somar ainda o dinheiro gasto em biberões e tetinas.
O leite adaptado (leite em pó) é muito diferente do leite materno e a sua utilização tem riscos para o bebê:
- Os leites artificiais usados habitualmente, são feitos a partir de leite de vaca. Por essa razão, o uso de leite artificial aumenta o risco de alergia ao leite de vaca.
- As crianças que são alimentadas com leite artificial têm maior risco de vir a sofrer de otites, amigdalites, bronquiolites, pneumonias, diarreias, infecções urinárias e sépsis.
- As crianças alimentadas com leite em pó, além de terem maior risco de sofrer as infecções referidas, as infecções de que sofrem surgem com maior gravidade, porque o seu sistema imunitário não recebe a ajuda dos anticorpos, glóbulos brancos e outros factores imunológicos presentes no leite materno.
- As crianças alimentadas com leite artificial têm maior risco de desenvolver linfomas.
- As crianças que são alimentadas com leite em pó têm maior risco de vir a sofrer de Diabetes tipo I (insulino-dependente).
- As crianças que são alimentadas com leite artificial têm maior risco de sofrer obesidade na vida adulta.
- As crianças alimentadas com leite em pó têm maior risco de desenvolver eczema, asma e outras manifestações de doença alérgica.
- A UNICEF calcula que um milhão e meio de crianças morrem por ano por falta de aleitamento materno. E não se pense que é só nos países do terceiro mundo. Mesmo nos países industrializados muitas mortes se poderiam evitar com o aleitamento materno".
Li em outro portal que uma pesquisa "acompanhou 20 mulheres que passaram por uma ressonância magnética funcional enquanto foram expostas a fotos de seus bebês ou ao choro deles. O resultado foi que a parte do cérebro responsável pelas emoções e motivação foi mais ativada nas mamães que amamentavam seus filhos.
O que isso quer dizer? Que o cérebro da mamãe que amamenta é notadamente muito mais receptivo aos sinais do seu bebê do que as mulheres que oferecem mamadeira a criança. Portanto, os bebês que mamam no peito têm suas “vontades” reconhecidas mais prontamente do que aqueles que usam mamadeira.
Acredita-se que essa diferença se faz por causa de um hormônio chamado ocitocina que é produzido durante a amamentação e que está relacionado também aos vínculos sociais. Amamentar estimula a produção do hormônio ocitocina e isso e pode aumentar os cuidados e a atenção das mamães para seus bebês.
Quatro semanas depois do nascimento, a diferença na atenção das mamães que amamentavam e a das mamães que ofereciam mamadeira já haviam diminuído, influenciando mais, neste momento, a personalidade das mulheres e intensidade emocional nos cuidados com o bebê.
O estudo ressalta que esses resultados são importantes para as mamães que sofrem de depressão ou tenham problemas, como a pobreza, pois aumenta o vínculo entre mamãe e bebê, importantíssimo para o desenvolvimento global da criança".
O que isso quer dizer? Que o cérebro da mamãe que amamenta é notadamente muito mais receptivo aos sinais do seu bebê do que as mulheres que oferecem mamadeira a criança. Portanto, os bebês que mamam no peito têm suas “vontades” reconhecidas mais prontamente do que aqueles que usam mamadeira.
Acredita-se que essa diferença se faz por causa de um hormônio chamado ocitocina que é produzido durante a amamentação e que está relacionado também aos vínculos sociais. Amamentar estimula a produção do hormônio ocitocina e isso e pode aumentar os cuidados e a atenção das mamães para seus bebês.
Quatro semanas depois do nascimento, a diferença na atenção das mamães que amamentavam e a das mamães que ofereciam mamadeira já haviam diminuído, influenciando mais, neste momento, a personalidade das mulheres e intensidade emocional nos cuidados com o bebê.
O estudo ressalta que esses resultados são importantes para as mamães que sofrem de depressão ou tenham problemas, como a pobreza, pois aumenta o vínculo entre mamãe e bebê, importantíssimo para o desenvolvimento global da criança".
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
Belíssima matéria. Que o aleitamento materno é benéfico para os bebês eu já sabia. Mas, confesso, que desconhecia que tais benefícios eram tão amplos para o bebê e para a mamãe.
ResponderExcluirForte abraço.
Ótimo domingo para ti.
outra vantagem do aleitamento materno. A criança nao terá problema na primeira dentiçao. A tendencia é uma boa calcificação para os futuros dentinhos.
ResponderExcluirfalo isso, pq, tenho 40 anos, todos os dentes, e nenhuma obturaçao, nem sei o q é canal. e nunca sofri dor de dente. vou regularmente ao dentista (6 em 6 mses) só para a dentista perder tempo olhando a minha boca. E isso se deve a quê? minha mae me amamentou até os meus 3 anos de idade. E a higiene que ela fazia em limpar minha lingua após a mamentaçao, como nao usar bubu(chupetas e outros bicos) resultou nisso.
Eu acho que o Diego teve sorte como algumas outras pessoas, é algum fator organico. De qq maneira, amamentei até ela não querer mais e isso foi por 11 meses. Sou a favor, a natureza é sábia e devemos aceitar este dom. É amor, é inteligencia, é saúde.
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