Você aceita uma orquídea?

Sou um sujeito curioso e muito interessado nas questões ambientais, o que tem me levado a discutir o assunto aqui no blog e em outros canais de comunicação, claro que de forma bem simples, em razão dos meus limitados conhecimentos sobre o tema. Acho muito importante que as pessoas aprendam um pouco mais sobre a preservação do planeta, e enquanto tento passar alguma coisa, também vou aprendendo. Cheguei, inclusive, a criar uma comunidade no Orkut, que hoje tem aproximadamente 2.500 membros.

A partir desse envolvimento a minha visão sobre a Natureza sofreu uma radical modificação. Passei a dar maior valor a alguns detalhes que antes eu sequer enxergava. Uma flor, por exemplo! Quem já parou para olhar uma flor? Não simplesmente "olhar", mas procurar entender sua beleza, suavidade, graça, origem. Vai ter gente dizendo que isso não é negócio de homem. Tudo bem! Cada um tem o direito de pensar o que quiser. Eu me dou ao direito de ser inteligente e curtir a Natureza.

Aí resolvi fotografar. Comprei uma pequena máquina digital e num fim de semana, sem mais nem menos, parti para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro - RJ. Para minha surpresa, uma exposição de orquídeas lá estava acontecendo e eu a elas fui apresentado. Nunca tinha visto nada mais bonito na minha vida!

As orquídeas são plantas da família Orchidaceae, pertencentes à ordem Asparagales, uma das maiores famílias de plantas existentes no mundo. Apresentam várias e variadas formas, cores e tamanhos e estão presentes nas áreas tropicais de todos os continentes, à exceção da Antártida. Majoritariamente epífitas, as orquídeas crescem sobre árvores, que usam como apoio na busca da luz, mas não são plantas parasitas, nutrindo-se apenas de material em decomposição que cai das árvores e se acumula em suas raízes.

Elas se reproduzem na natureza, pela dispersão das sementes, e em cultivo, pela divisão de touceiras, semeadura in vitro ou meristemagem, técnica de laboratório que consiste em fazer novas plantas mediante propagação de tecidos meristemáticos, micro-propagação meristemática.

Segundo uma lenda, bruxas usavam as raízes tuberosas das orquídeas (semelhantes a testículos humanos) no preparo de poções mágicas: as frescas para promover o amor, as secas para provocar paixões. Herbalistas do século XVII chamavam as orquídeas de satírias, em referência a Sátyros, deus grego habitante das florestas, que segundo os pagãos, tinha chifres curtos e pés e pernas de bode. Na língua portuguesa, aliás, a palavra sátiro é sinônimo de devasso, libidinoso.

Ainda de acordo com as lendas, Orchis, filho de um sátiro com uma ninfa, foi assassinado pelas bacantes, sacerdotisas de Baco, deus do vinho, mas graças às preces do pai acabou se transformando em uma flor, exatamente a orquídea!

Nada sei sobre a veracidade das lendas sob menção, mas não tenho dúvidas quanto à beleza de uma orquídea. Tenho mais de 1.000 fotos delas em meu computador, todas clicadas por mim, e acho que todo o meu trabalho terá sido em vão se continuar guardado. Elas, as orquídeas, não têm valor escondidas, e com certeza ficarão muito felizes se expostas ao olhar e admiração de todos. É mais democrático e uma homenagem que faço aos amigos e à própria Natureza.

Se você quiser, e se gostar de flores, é claro, visite a Galeria de Fotos que criei ontem no Dando Pitacos, e viaje pelas quase 300 fotos lá postadas. Outras ainda virão. É só uma questão de tempo!

Sobre o Autor:

Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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