27 outubro 2010

Que espécie animal eliminar primeiro?

A mídia, principalmente a televisão, nos tem mostrado algumas cenas bem tristes envolvendo as baleias. O Atlântico Norte tem hoje tem cerca de 300 baleias Franca, a segunda espécie de baleia mais ameaçada de extinção em todo o planeta, isso porque 99% das baleias Azuis já foram eliminadas. Mas não são apenas estes majestosos gigantes que estão ameaçadas de desaparecer. Na realidade, um terço de todas as formas de vida no planeta estão à beira da extinção.

A redução drástica da população de algumas espécies de peixes e crustáceos e o desaparecimento de outras é um dos temas em debate na Conferência da Biodiversidade, em Nagoya - Japão, que acaba na sexta-feira (29/10). Especialistas reiteram os alertas feitos anteriormente: por milênios o ser humano encarou o mar como fonte inesgotável de alimento, mas isso não vale mais, não num planeta de 6,6 bilhões de habitantes. O grande vilão do fenômeno é a pesca desordenada, que no Brasil já ameaça mais de 80% dos estoques do Sul e Sudeste, e 50% no Norte e Nordeste.
 

Um estudo divulgado ontem (26/10) pela revista Science, uma das mais respeitadas do mundo, revelou o risco de extinção enfrentado por diversas espécies animais, tudo em razão das agressões ao meio ambiente em todo o Planeta. Veja o vídeo:


 


Seria cômico se não fosse trágico, mas 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade, e os governos de todo o mundo já deveriam estar caminhando para uma efetiva redução da taxa atual da perda da biodiversidade, objetivo onde eles vêm cometendo repetidas falhas, cedendo para a indústria e trocando a proteção das espécies pelo lucro financeiro desordenado. Por isso, nossos animais, plantas, oceanos, florestas, solos e rios estão sendo sufocados sob o peso do imenso fardo gerado pela insensibilidade da busca desenfreada da exploração e desenvolvimento sem sustentabilidade. 

E nós, os seres humanos, não duvidem, somos a principal causa desta destruição, que pode ser revertida, até porque já salvamos espécies da extinção antes. Mas é preciso vontade política, não de um ou outro país, isoladamente, mas do mundo. As causas do declínio da biodiversidade são inúmeras e a inversão desse processo exige que passemos das promessas vagas para um plano ousado, com fiscalização rigorosa e apoiado em bases financeiras sérias e objetivas. 

Mas o tempo não espera! O desequilíbrio ambiental é cada vez mais flagrante. Em todo o mundo o quadro é cada vez mais sombrio. Milhares de animais estão desparecendo, os peixes dos oceanos estão se esgotando e nós estamos perdendo fontes de alimentos ricos para a monocultura. A natureza é resistente, mas precisa da nossa cooperação. Temos que prover espaços seguros para ela se recuperar. Na conferência a que já nos referimos, busca-se um acordo mundial para criar, financiar e implementar áreas protegidas cobrindo 20% das nossas terras e mares até 2020 está em discussão. São 193 governos buscando um caminho, alternativas, sugestões. O que se espera é que o bom-senso prevaleça e que os líderes que lá se encontram lembrem-se de que, ao menos por enquanto, não temos outro lugar para viver, já que o Planeta Terra é o único chão que temos para pisar. Se tudo isso não bastasse, os governantes mundiais não podem esquecer nossos filhos e netos: êles  também têm direito à vida num Planeta sadio!

Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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2 comentários:

  1. Olá amigo;
    Faço minhas suas palavras.
    Em meu blog, logo abaixo do cabeçalho, há um link (Avaaz)para assinar uma petição que vai ser entregue na conferência do Japão.
    Se quiser cooperar, as baleias agradecem.
    abraços
    Atena

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  2. Valeu, Atena!

    Claro que vou participar!

    Um grande abraço...

    ResponderExcluir

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