12 janeiro 2011

Carlos Manato, um deputado que é exceção

Quando é para criticar, nós criticamos, mas quando é possível, nós também elogiamos, até porque não é nosso costume a crítica pela crítica.

O portal do Congresso em Foco, onde temos um cadastro, publicou nesta quarta-feira (12/01) uma reportagem assinada por Renata Camargo e Edson Sardinha, que relata um fato que precisa ser divulgado.

Dos 633 deputados que exerceram mandato na atual legislatura, apenas um participou de todas as sessões reservadas a votação nos últimos quatro anos. Carlos Manato (PDT-ES) não teve nenhuma falta nos 422 dias em que o plenário da Câmara se reuniu em sessões deliberativas. Os deputados que mais se aproximaram do campeão em assiduidade foram José Genoino (PT-SP) e Jofran Frejat (PR-DF). Os dois acumularam apenas quatro faltas nesse mesmo período.

Quer conhecer os mais assíduos? Clique aqui.

Esses três parlamentares encabeçam o grupo de 32 deputados que registraram mais de 400 presenças no período entre 6 de fevereiro de 2007 e 21 de dezembro de 2010, segundo levantamento feito pelo Congresso em Foco com base em registros oficiais da Câmara. Esses congressistas tiveram assiduidade igual ou superior a 95%.

A bancada dos mais assíduos na Câmara reúne representantes de 14 partidos políticos, de 16 estados e do Distrito Federal. O PT e o PP, com cinco nomes cada, são as legendas com mais parlamentares entre os mais presentes. PMDB e PSDB, com quatro, vêm em seguida. Na lista dos campeões de assiduidade, São Paulo e Goiás são os estados com mais parlamentares: quatro cada. Na sequência, aparecem Distrito Federal, Ceará e Paraná, com três.

Não achamos que o deputado tenha que ser elogiado por cumprir sua obrigação. Afinal, ele foi eleito e é pago exatamente para isso, mas é muito bom saber que no meio de tantos "gazeteiros" existem exceções, ou melhor, uma única exceção. Parabéns, deputado Carlos Manato!


Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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4 comentários:

  1. Saudações!
    Amigo Roberto:
    Tai, uma boa referência onde os demais deveriam cumprir com as suas obrigações empregatícias, junto ao povo brasileiro, por sinal, caríssimas. Bem, como o deputado Carlos Manato cumpriu a risca a agenda, recebe os meus cumprimentos com o devido respeito.
    Parabéns por mais um magnífico Post!
    Abraços fraternos,
    Lison Costa

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  2. Concordo com você, Lison!

    Comparado aos demais, o homem é mesmo uma celebridade!

    Um abração...

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  3. Olha, vou ser uma voz dissonante aqui. Longe de fazer apologia das pessoas faltarem ao trabalho e, tão pouco, achar que os deputados devem ter prerrogativas. Mas o post me trouxe o seguinte questionamento: Se ele estava durante todo este tempo dentro do congresso, quando foi que ele esteve junto do povo dando satisfação, acompnhando as obras das emendas que ele liberou? Olha o post é excelente, e o cara é mesmo uma celebridade, mas o deputado tem outras tarefas além de estar dentro do parlamento. Principalmente a de fiscalização.

    ABraços. Boa sorte

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  4. Meu querido Paulo Victor:

    Discutir com advogado é sempre uma tarefa árdua, mas ao menos em parte, eu também vou discordar de você.

    Se o deputado passar todo o tempo junto do povo, fiscalizando, ele não vota, na legisla, na busca nas leis a solução dos problemas sociais, o que é sua função. O deputado federal não precisa sair de Brasília pra saber o que está acontecendo, por exemplo, na minha cidade, Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Ele aliados lá. O partido dele tem representantes na cidade. Além disso, eles, os deputados, têm assessores pagos e muito bem pagos pela Nação. É muita gente pra colher informações junto ao povo, isso sem falar na mídia comum e demais recursos de informação a que eles têm fácil acesso.

    Acho que o parlamentar deve ir, sim, ao local de uma tragédia, como as que ocorreram o ano passado no Morro do Bumba, em Niterói - RJ, e agora na nossa querida Nova Fiburgo - RJ. Em situações como essas, concordo com você, uma visão pessoal pode ajudar nas iniciativas de socorro e ajuda às vítimas e desabrigados. Fora isso, a função do parlamentar é no Parlamento. Quando ele se ausenta, as leis não são votadas, o país emperra e quem sofre é a sociedade.

    Mas é trocando idéias e opiniões que se constrói uma democracia, uma país melhor, e é por isso que agradeço a sua participação e comentário.

    Estou seguindo o seu blog e vou visitá-lo com um pouco mais de calma.

    Um grande abraço...

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