10 setembro 2011

11 de setembro de 2001 - um dia para não esquecer jamais

Eu estava em casa, me preparando para o trabalho, quando o primeiro avião se chocou com uma das torres do World Trade Center, e o que aconteceu minutos depois todo mundo já sabe.

Nos últimos dez dias venho tentando, em vão, redigir um post sobre aquele 11 de Setembro de 2001. Não consigo escrever sobre algo que a minha mente se recusa a relembrar, e pior que isso, aceitar como realidade. Foi assim também na morte de Ayrton Senna, que na 7ª volta do Grande Prêmio de San Marino - Ímola - Itália, passou direto pela fatídica curva Tamburello, a 300 quilômetros por hora, e espatifou-se no muro de concreto. Não havia mais nada a fazer. O nosso Ayrton Senna da Silva, com apenas 34 anos de idade, tricampeão mundial de Fórmula 1, 41 vitórias em Grandes Prêmios, 65 pole-positions, um dos maiores fenômenos de todos os tempos na história do automobilismo mundial, estava morto. Até hoje não consigo rever as imagens do acidente. Prefiro lembrar do Ayrton Senna que carregando a bandeira brasileira, enchia de alegria e orgulho as nossas manhãs de domingo.


Quando vejo alguma reportagem ou imagens sobre o atentado terrorista do 11 de setembro, e me deparo com o quarteirão vazio em meio a tantos prédios na paisagem do sul de Manhattan, onde as Torres Gêmeas do World Trade Center se impunham com seus 110 andares, sinto um misto de dor e revolta, e não consigo acreditar que a mente humana tenha sido capaz de arquitetar tal façanha. Mas aconteceu, e agora, 10 anos depois, ali vai surgir um novo arranha-céu, que ainda está com 80 andares, mas vai ultrapassar em altura as torres originais. Quando ficar pronto, em 2013, o One World Trade Center será o prédio mais alto dos Estados Unidos, com 541 metros. Ao seu lado, quatro novas torres serão construídas. A obra reflete o sentimento nova-iorquino ao fim da década. Embora o pior ataque terrorista de todos os tempos tenha deixado marcas indeléveis na história da cidade, do país e do mundo, eles não olham para trás. A melhor imagem para ilustrar seu sentimento são as duas fontes iluminadas com cascatas d’água, que serão inauguradas amanhã, no mesmo local em que estavam as Torres Gêmeas. O memorial terá parapeitos de bronze com os 2.977 nomes de homens, mulheres e crianças que perderam a vida em Nova York, na Virgínia e na Pensilvânia – além das seis vítimas do ataque à bomba contra o WTC em 1993. Com a água que corre nas fontes esvai-se o legado sombrio do medo deixado pelo terror.

Por isso, achei muito interessante a ideia do artista Michael Deminino, que pintou mais de mil e cem quadros com o rosto de parte das vítimas dos ataques às Torres Gêmeas, obras que fazem parte de exibições montadas em Nova York para relembrar a data do atentado. Rever as imagens dos inocentes mortos naquele dia, mais do que simples nomes incrustados em placas de metal, pode fazer com que cada um de nós tenha a exata compreensão da capacidade de destruição do homem, o único ser "racional" sob a face a face da Terra que mata por matar, e em muitas vezes em nome de Deus.





Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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