10 setembro 2011

O basquete brasileiro está nas Olimpíadas de Londres

Tiago Splitter em ação (foto: AP)
O momento é de comemorar e comemorar muito. A seleção brasileira de basquete masculino acaba de vencer a equipe da República Dominicana por 83 a 76 e carimbar o passaporte para a Olimpíada de 2012.

O triunfo veio depois de uma longa e dolorida espera. A vitória sobre os dominicanos no ginásio Ilhas Malvinas encerra quase duas décadas de sofrimento. Ninguém pode dizer até onde chegaremos na disputa que vai acontecer em terras inglesas, mas hoje podemos gritar com todas as letras: o Brasil está de volta às Olimpíadas.

Após três Pré-Olímpicos frustrantes, a seleção cumpriu sua missão na Argentina. Sob o comando de Rubén Magnano, 12 heróis acabam de inscrever seus nomes na história do basquete nacional: Huertas, Alex, Marquinhos, Giovannoni, Splitter, Machado, Hettsheimeir, Benite, Luz, Augusto, Nezinho e Caio Torres.


No meio desses guerreiros, um destaque especial: Marcelinho Machado, que desde 1999 tenta conseguir o salvo-conduto para uma Olimpíada. Hoje, aos 36 anos, o craque do Flamengo saiu do banco de reservas para a consagração. Foi o cestinha com 20 pontos.

- Representa muita coisa conseguir essa vaga. A gente buscava, trabalhava muito para conseguir isso e não vinha. Mas este ano treinamos muito, abdicamos de um monte de coisas para chegar num momento como esse. É indescritível. Não é questão de tirar o peso, mas de conseguir um objetivo pelo qual batalhamos muito - chorava Marcelino.

Marcelinho Machado: um gigante (foto: AFP)

“Olé, olé, olé, olé, Rubén, Rubén”. Essa foi a saudação da torcida argentina antes do jogo ao homem que lhe deu um ouro olímpico. Magnano, agora no comando da equipe brasileira, vem revolucionando o basquete nacional. No Mundial de 2010 o time já jogou melhor, mas continuou errando muito na hora de decidir os jogos mais difíceis, um trauma superado em Mar del Plata. Além de bater a Argentina na segunda fase, a seleção atropelou Porto Rico e agora derruba a República Dominicana, mesmo enfrentando o clima hostil de toda a torcida argentina, que lotou o ginásio em todos os jogos, torcendo sempre contra o Brasil, é claro.

Rafael Hettsheimer foi um dos destaques do time brasileiro (foto: EFE)

A 20s do fim da partida, Magnano mantinha o semblante calmo, como se já soubesse o que estava para acontecer. Depois de uma cesta de três pontos de Ramon, que insistia em infernizar a defesa brasileira, Marcelino Huertas foi para a linha do lance livre e converteu os dois arremessos de uma falta contra ele cometida. Era preciso uma defesa forte e foi o que fez o time verde e amarelo. Os dominicanos erraram uma jogada de ataque e ainda fizeram falta em Marcelinho Machado. A essa altura Magnano já comemorava. A missão estava cumprida. A festa e o choro estavam liberados. O Brasil estava de volta aos Jogos Olímpicos!



Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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