Não! Eu não estou brincando! O paracetamol ajuda a combater as dores de um coração partido e rejeitado. Há muitos anos os psicólogos dizem isso, e os médicos agora confirmam: a dor do amor faz um mal terrível ao ser humano. O que a maioria das pessoas ainda não sabe é que uma simples dose de paracetamol pode ajudar a aliviar esse tipo de sofrimento, tão comum em nossas vidas. Afinal, quem nunca chorou por um amor perdido?
A ideia surgiu em um estudo realizado por neurocientistas que descobriram que a dor emocional e dor física são processadas pela mesma área no cérebro. Eles também concluíram que os sentimentos feridos – provocados por um parceiro – podem responder aos analgésicos.
Em um estudo de três semanas realizado na Universidade da Califórnia, 62 pessoas, foram perguntadas se sentiam dores à noite pela falta do parceiro amoroso. Parte do grupo tomou paracetamol antes de se recolher. O outro grupo tomou placebo.
O resultado do estudo mostrou que quem tomou 1.000 mg do analgésico apresentou grande redução na dor dos sentimentos feridos, ao contrário do grupo que ingeriu o placebo. O teste foi repetido, agora com outros analgésicos. A redução no alívio da dor sentimental foi pequena, se comparada à experimentada com o uso do paracetamol. Professora e assistente de psicologia social, a Dra. Naomi Eisenberger comentou:
- Rejeição é uma experiência muito poderosa para as pessoas. Se você perguntar às pessoas sobre o que elas sentiram em suas primeiras experiências negativas de rejeição, verá o quão se sentiram mal por serem rejeitadas ou por terem ficado de fora de algum grupo social.
Os resultados sugerem que os sistemas de dores físicas e as provocadas pelo social se sobrepõem. Os médicos mais conservadores não fazem a ligação direta de físico com o social. Enquanto as pesquisas abrem uma nova porta para tratamentos de luto e rejeição, dores amorosas ou sociais, a Dra. Eisenberger alerta que não se deve tomar analgésicos depois de qualquer experiência amorosa traumática, até porque a dor emocional é uma resposta saudável, que nos diz para não repetir novamente aquele comportamento. Tentar aliviar essa dor pode prejudicar a recuperação e consciência do fato.
Com todo o respeito que tenho aos cientistas, até porque cada um conhece o seu ramo de trabalho, não acredito na pesquisa, já que em termos de sentimentos as coisas não são tão simples e dependem da personalidade de cada um. Tem gente que não está nem aí para essa história de "coração partido", e por isso, quando perde um amor, sai em busca de outro, sem olhar pra trás. Outros, menos práticos, sofrem um pouco até encontrar uma nova motivação amorosa, e enquanto isso não acontece, o paracetamol pode até ajudar. Mas há os que, mesmo seguindo em frente porque a vida continua, jamais esquecem um amor que ficou pelo caminho. Para estes, você pode acreditar, não há paracetamol que dê jeito! Onde você se encaixa? Qual a sua opinião sobre o assunto? O paracetamol resolveria o seu problema?
Fonte: Jornal Ciência
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |