09 outubro 2012

Professor vai à polícia reclamar da qualidade da cocaína que comprou

Se não fosse o tipo de "mercadoria" adquirida, estaríamos diante de um simples caso de defesa do consumidor, mas a coisa não é tão simples assim. Preste atenção nesta história.

Um professor de matemática da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, cuja identidade é mantida em sigilo, foi à polícia ontem (08/10) para denunciar a péssima qualidade da cocaína que comprou.

- Me fez mal, fechou a minha glote pois havia cola - disse ele, antes de ser encaminhado para o Departamento de Polícia Judiciária - DPJ de Vitória - ES, onde teve que assinar um termo termo circunstanciado e vai responder em liberdade por porte de drogas para uso pessoal, delito punido com pena alternativa de advertência ou prestação de serviços comunitários, além de tratamento ambulatorial.

O professor teria sentido falta de ar após consumir a droga, sintoma vulgarmente conhecido como "garganta fechada". Por isso, ele ligou para o Centro Integrado de Operações e Defesa Social (Ciodes 190) e pediu a presença dos militares em sua casa, afirmando que teria sofrido uma tentativa de homicídio, pois havia passado muito mal com a droga consumida.

Responsável pela investigação, o delegado Leonardo Ávila disse que a substância apreendida com o usuário é cocaína e será encaminhada para o laboratório da Polícia Civil.

- A pessoa acionou a polícia Militar para reclamar da qualidade da droga que havia consumido. Essa foi uma situação que eu nunca presenciei como delegado de polícia. Ele alegou que a pessoa que vendeu a droga teria tentado matá-lo, porém foi feito o exame preliminar e identificamos que a substância realmente se trata de cocaína - disse a autoridade.

Segundo o policial, o professor teria dito ainda que faz uso de três tipos de drogas e que comprou a cocaína no bairro Jardim Camburi, na capital capixaba.

- As pessoas que utilizam drogas são muito irresponsáveis, pois colocam para dentro do organismo substâncias que sequer sabem a origem, podendo se tratar de algum veneno ou outra coisa que realmente vá causar até a morte instantânea dessa pessoa - finalizou o delegado.

A universidade, alegando que se trata de uma questão pessoal, não quis fazer comentários. E você, o que acha do assunto?


G1




Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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