29 novembro 2012

"Thriller", de Michael Jackson, faz 30 anos

(foto: reprodução)

No mesmo ano, 1982, em que os cinemas do mundo inteiro batiam recordes de bilheteria com E.T. - O Extraterrestre e Blade Runner, chegava às lojas Thriller, o segundo LP de Michael Jackson em parceria com Quincy Jones. Quase 30 anos depois (o lançamento ocorreu no dia 30 de novembro), o álbum permanece como o mais vendido da história (cerca de 110 milhões de cópias), um número que o próprio Michael, que morreu em 2009, jamais conseguiu superar.

- Sei que ele ficou frustrado por não conseguir repetir vendagens tão altas - explica o jornalista e escritor americano Nelson George, autor de Thriller: a vida e a música de Michael Jackson, lançado recentemente pela Editora Zahar.

Saudoso, George completa:

- Hoje, a cultura é muito diferente. As pessoas não compram mais álbuns em massa, fazem download de canções. Não há mais condições para que um álbum venda algo como 40 milhões de cópias.

Com Thriller, afirma o jornalista, Michael Jackson provou que os músicos negros americanos poderiam fazer sucesso a nível internacional, e como ele, levar a música e a arte da dança ao mundo inteiro.

A inspiração de Thriller veio do encantamento de Michael pelo filme Um lobisomem americano em Londres. Ele chamou o diretor John Landis e lhe pediu para fazer o clipe de sua canção em clima de terror, onde não faltou nem mesmo a voz de fundo do ator Vincent Price. Landis idealizou um curta-metragem, com muita maquiagem e uma sensacional dança de zumbis, o que acabou custando um inédito meio milhão de dólares.

Hoje, passados trinta anos, a indústria musical até pode não ser a mesma, mas Thriller permanece vivo e continua recebendo homenagens, inclusive aqui no Brasil. No dia 15, por exemplo, a banda americana Easy Star All-Stars mostra no Circo Voador sua recriação reggae do disco, Thrillah, e no dia 21 de fevereiro, estreia no Citibank Hall o musical Thriller Live Brasil Tour, unindo artistas brasileiros aos músicos da produção original inglesa, no intuito único de celebrar o disco que teve influência decisiva nas carreiras de artistas como Prince, Lenny Kravitz, Will Smith, Ricky Martin, Justin Timberlake, The Black Eyed Peas, Justin Bieber e Bruno Mars, que imitava Michael Jackson profissionalmente na infância. Estes astros, tal como Jackson, uniram o talento, o amor pela música e a determinação para vencer obstáculos.

- O fato de haver agora uma reavaliação de Thriller, bem como de Bad (o disco seguinte, de 1987, que mereceu este ano, no seu 25º aniversário, um documentário do diretor Spike Lee), se deve ao fato de que o trabalho de Jackson foi histórico - finaliza Nelson George.

Vamos relembrar? Assista ao vídeo e deixe o seu comentário.




O Globo



Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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