Marta Suplicy (foto: reprodução) |
Segundo a denúncia ofertada pelo Ministério Público, Marta Suplicy contratou sem licitação, em 2002, a organização não-governamental Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual - GTPOS para desenvolver ações sobre planejamento familiar, métodos contraceptivos e sexualidade para os moradores das subprefeituras de Cidade Ademar e Cidade Tiradentes, ambas na Zona Leste de São Paulo. De acordo com o magistrado, a prova documental produzida confirma que a “contratação ilícita levou ao favorecimento da entidade, que, em sua origem, teve relações estreitas com a chefe do Executivo local”, já que Marta Suplicy foi sócia-fundadora da ONG.
Em razão disso, a ONG também foi condenada a pagar multa no valor de 10% do contrato original firmado com a administração, no valor de R$ 372.119,19 à época, importância que deverá ser atualizada com base nos índices de correção oficiais e acrescida de juros moratórios contados desde a sua citação para responder aos termos do processo, ficando proibida de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de três anos. A decisão, por ser de primeira instância, ainda comporta vários recursos. É apenas o primeiro capítulo de uma longa novela que se avizinha. Tempo suficiente para Marta Suplicy relaxar e gozar até o fim de sua gestão frente ao Ministério da Cultura. Triste exemplo! Pobre Brasil!
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |