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Um sujeito, que se identificou apenas como "João", bateu acidentalmente em um carro estacionado na Universidade de Brasília - UnB, fato que parece ter sido testemunhado por outras pessoas. Esperto como todo bom brasileiro e para fazer com que as possíveis testemunhas imaginassem que ele estava deixando dados para um contato com o dono do automóvel, o "cara de pau" escreveu: “Olá, o meu nome é João. Bati acidentalmente no seu carro e alguém viu. Por isso, estou a fingir que escrevo os meus dados. Desculpe, João”.
O estudante de educação física Luiz Filipe Rosa, de 22 anos, indignado, fotografou o bilhete na tarde de segunda-feira (07/04) e postou a foto em uma rede social, que foi curtida por mais de 70 pessoas.
- Sou fissurado em carros e sempre tive medo de que isso acontecesse com o meu. Sempre paro em vagas diferentes, mais afastadas ou de ponta, justamente para evitar uma situação do tipo. Já vi acontecer - disse o rapaz, explicando o carro tinha alguns arranhões, causados, possivelmente, por um veículo em marcha a ré.
Feilipe disse ainda que se colocou no lugar do dono do automóvel e que ficou ainda mais revoltado:
- Não tenho nem ideia de quem é, mas me deu raiva por ele. Se fizessem isso com o meu carro, com essa ironia ainda, eu ia querer matar - brincou, acrescentando: “Fiquei com aquela cara de indignação, custei a acreditar que a pessoa parou e teve a cara de pau de fazer isso. Ainda é alguém inteligente, né, para pensar em uma saída dessas, se safar assim.”
Mas como toda regra comporta exceções, de vez em quando brilha uma luz no fim do túnel. No mês de setembro último, por exemplo, a administradora Lívia Kotama ficou surpresa com um outro bilhete deixado em seu carro, atrás dos anexos dos ministérios do Trabalho e da Saúde. Nele, estava escrito: "Você esqueceu seu carro destrancado e com os vidros abertos. Tomei a liberdade e fechei tudo. Lucas". Dentro do carro, avaliado em cerca de R$ 20 mil e dotado de alarme e vidro elétrico, havia uma mala com vários itens de academia, tênis, perfume, sandálias de dança, casaco, som e CDs.
- Eu nem imaginava que poderia ter deixado o carro aberto, porque além de travar com o alarme eu sempre verifico pela maçaneta se realmente está fechado - disse Lívia na época, explicando ter ficado surpresa com a sua distração, mas "mais ainda por alguém ter fechado por mim. A sensação é de que nem tudo está perdido, ainda existem pessoas de bem."
E você, o que acha dos dois casos? Qual seria a sua atitude em cada um deles? Comente.
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |