29 maio 2014

Joaquim Barbosa deixa o Supremo Tribunal Federal

Joaquim Barbosa (foto: reprodução)

O presidente do Supremo Tribunal Federal - STF, ministro Joaquim Barbosa, anunciou nesta quinta-feira (29/05) no Plenário da Corte que vai se aposentar no final de junho, revelando aos jornalistas logo a seguir que o assunto mensalão é coisa do passado. Perguntado sobre o destino do processo e dos recursos ainda pendentes, ele afirmou que o assunto "está completamente superado", acrescentando que na sua visão a vida pública deveria ser pautada pelo princípio republicano, ocupando-se os cargos por um determinado prazo e dando-se oportunidade a outras pessoas. O ministro saiu no meio da sessão de hoje, deixando a presidência para o ministro Ricardo Lewandowski.

Aos 59 anos, Barbosa deixará a presidência do STF e o cargo de ministro, que pelas regras do tribunal ele poderia ocupar até completar 70 anos, quando seria aposentado compulsoriamente.

- Eu, desde a minha sabatina – talvez vocês não se lembrem –, eu deixei muito claro que não tinha intenção de ficar a vida toda aqui no Supremo Tribunal Federal. A minha concepção da vida pública é pautada pelo princípio republicano. Acho que os cargos devem ser ocupados por um determinado prazo e depois deve se dar oportunidade a outras pessoas. E eu já estou há 11 anos - explicou Joaquim Barbosa.

Ele garante que durante o tempo em que esteve na maior Corte de justiça do país não sofreu nenhuma decepção e que agora tem dois "planos mais imediatos": assistir à Copa do Mundo em Brasília e descansar.

Barbosa disse que sua atuação no tribunal coincidiu com um momento de "grande sintonia entre o Supremo Tribunal Federal e o país".

- O Supremo decidiu questões cruciais para sociedade brasileira, não preciso nem citar, causas de impacto inegável sobre a nossa sociedade, de maneira que me sinto muito honrado de ter participado desse momento tão rico, desses acontecimentos que tiveram lugar no tribunal. De 2003 até hoje espero sinceramente que eles continuem a acontecer, porque o Brasil precisa disso - disse o ministro.

O Brasil perde uma de suas maiores referências jurídicas e uma das razões para se crer na aplicação de uma justiça igual para todos, mas principalmente para os corruptos que infestam o país. O que vem por aí, só o tempo dirá...






Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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