Apesar do discurso ecologicamente correto, ídolos do rock e do pop andam emporcalhando a nossa atmosfera
O estrelato tem um preço. Que o diga o nosso planeta. O impacto de bandas e músicos famosos no meio ambiente é enorme. Eles atraem milhões de pessoas a shows, viajam constantemente e seus espetáculos consomem quantidades chocantes de energia elétrica. Uma turnê mundial pode liberar milhares de toneladas de dióxido de carbono (CO2), gás que contribui para o aquecimento global.
Os roqueiros mais conscientes aliviam a culpa neutralizando as suas emissões. Para tanto, compram créditos de carbono de companhias que cuidam de plantio de árvores, proteção de áreas verdes ou instalações de energia renovável, por exemplo. No cálculo para saber o tamanho do crédito, são verificadas as emissões de gases causadores do efeito estufa. Elas são geradas a partir da queima de combustíveis fósseis e material orgânico.
Apesar de ainda distante da situação ideal, ecologistas comemoram as iniciativas dos artistas que neutralizam suas emissões. Essa atitude influencia muitas pessoas, segundo Eduardo Petit, diretor de marketing da MaxAmbiental, companhia que vende créditos de carbono. "Quem é atingido passa a ter consciência de que cada um deve fazer a sua parte", afirma. Marketing ou não, o certo é que o planeta agradece os astros que levam o discurso verde para além das canções.
Os roqueiros mais conscientes aliviam a culpa neutralizando as suas emissões. Para tanto, compram créditos de carbono de companhias que cuidam de plantio de árvores, proteção de áreas verdes ou instalações de energia renovável, por exemplo. No cálculo para saber o tamanho do crédito, são verificadas as emissões de gases causadores do efeito estufa. Elas são geradas a partir da queima de combustíveis fósseis e material orgânico.
Apesar de ainda distante da situação ideal, ecologistas comemoram as iniciativas dos artistas que neutralizam suas emissões. Essa atitude influencia muitas pessoas, segundo Eduardo Petit, diretor de marketing da MaxAmbiental, companhia que vende créditos de carbono. "Quem é atingido passa a ter consciência de que cada um deve fazer a sua parte", afirma. Marketing ou não, o certo é que o planeta agradece os astros que levam o discurso verde para além das canções.
THE POLICE >>> Segundo a revista britânica NME, é a banda que mais poluiu o planeta, durante sua turnê em 2007 e 2008. >>> Para aliviar a culpa, doou 1 milhão para a prefeitura de Nova York plantar 10 mil árvores em maio passado.
COLDPLAY >>> Em 2002, a banda contratou uma empresa para plantar 10 mil mangueiras em Karnataka, Índia. A ideia era neutralizar a produção e distribuição de seus CDs. Das árvores, apenas 4 mil sobreviveram.
JACK JOHNSON >>> Em 2008, neutralizou 1450 toneladas de CO2 e doa dinheiro para cuidar de uma área na Amazônia peruana, suficiente para neutralizar mais de 2.000 toneladas de carbono por ano >>> Fundou no Havaí uma ONG que apoia a educação ambiental
DAVE MATTHEWS BAND >>> Gerou 18 mil toneladas de CO2 - equivale a 58 milhões de quilômetros rodados por um carro >>> Em 2002, a banda decidiu neutralizar todas as emissões causadas desde 1991 >>> Auxiliou na construção da Rosebud Wind Turbine, a primeira turbina de vento de grande escala nos EUA
RADIOHEAD >>> Em algumas turnês, envia seus equipamentos por navio >>> Para reduzir emissões, se apresentou na TV dos EUA sem sair da Inglaterra >>> Em 2007, lançou na web o álbum In Rainbows, para conservar papel e reduzir lixo. Porém, meses depois, o CD chegou às lojas
SUJEIRA LEVANTOU SUJEIRA O resultadado de uma apresentação de Ivete Sangalo na Praia de Copacacabana
Sobre o Autor:
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
Será que os músicos que fazem a nossa alegria só têm mesmo a responsabilidade de cantar e tocar? Se estão sempre pedindo o engajamento da sociedade, porque não se engajarem também? Cá pra nós, duvido muito que essa coisa de mandar equipamento de navio, lançar CD na internet tenham realmente a finalidade de diminuírem a emissão de CO2. Pra mim é apenas marketing.
ResponderExcluirNa minha juventude ecologia era coisa de hippie. Os engravatados só se preocupavam com lucros.
A juventude de agora está vendo um monte de engravatados falarem de aquecimento global e energias alternativas. Seus ídolos, como mostrou a reportagem fazem 300 mil shows pro-planeta mas não reduzem os gastos em suas próprias apresentações. Dá-lhe papel, dá-lhe diesel, dá-lhe eletricidade... e por aí vai.
Ao jovem de hoje que tem muito mais acesso à informação do que a minha geração só resta mesmo aquela frase do Belchior "minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais".
Então eles economizam energia – a deles, e não fazem nada.
Tá na hora de alinhar o discurso à atitude.
Achei o assunto muito interessante. Aliás, ainda não tinha visto nenhuma discussão ambiental que envolvesse os grandes espetáculos de bandas, músicos independentes, cantores, orquestras sinfônicas, etc.
ResponderExcluirNunca pensei (ou nunca parei prá pensar, ficaria melhor) que uma turnê mundial desse ou daquele grupo musical pudesse ser responsável pela liberação de milhares de toneladas de dióxido de carbono (CO2), gás que contribui para o aquecimento global.
É preciso que as autoridades criem, com urgência, regras de preservação a serem observadas nesses eventos. Arte com respeito ao meio ambiente é tudo de bom!