Durante mais de cinco horas, UERNER LEONARDO, de 35 anos, inspetor de polícia lotado na 39ª Delegacia de Polícia - Pavuna - RJ, manteve EDUARDO MAIA, chefe de investigações, como refém dentro da própria delegacia. Tudo começou quando UERNER, ex-integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais - CORE, grupo de elite da Polícia Civil, visivelmente alterado, entrou na sala do delegado titular, RICARDO VIANA DE CASTRO, e depois de reclamar da escala de trabalho, pediu uma licença da corporação.
Diante da negativa, os dois começaram a discutir, o que chamou a atenção de EDUARDO MAIA, que tentando acalmar a situação, levou UERNER para a uma sala próxima, onde acabou virando refém do policial.
Depois de uma enorme confusão, quando o interior e o entorno da Delegacia da Pavuna foram ocupados por mais de 40 policiais, alguns até usando máscaras do tipo ninja, com a cobertura, inclusive, de um helicóptero da Polícia Civil, uma equipe de bombeiros e uma ambulância que ficou de prontidão, o policial libertou o refém, retirou o pente de balas de sua pistola e o colocou sobre uma mesa, mas só saiu da delegacia depois de uma hora e quinze minutos, sem algemas, após ser atendido por um psiquiatra da corporação.
Ainda bastante exaltado, gritou para os jornalistas: - A polícia precisa de policiais honestos! Proteção para a minha família!
Segundo a própria polícia, UERNER é um sujeito problemático e há muito tempo foi assumindo atitudes hostis e incompatíveis com a função que exerce, o que fez com que ele fosse transferido diversas vezes.
Ninguém discute que todo ser humano é passível de problemas. Mas quem tem licença para portar uma arma e até mesmo matar, precisa ser avaliado de tempos em tempos, para que se tenha a certeza de que, ao invés de proteção, não está a sociedade sendo exposta a um novo risco. E pior, pagando por ele!
Eu também acho, até porque isso não é nenhum favor, que a "a polícia precisa de policiais honestos!" E concordo com o UERNER num outro ponto, de especial relevância: eu e minha família também precisamos de proteção! Toda a família carioca precisa! Como é que o Estado mantém um distintivo e uma arma na mão de um sujeito que há tempos dá sinais de evidente desequilíbrio e total incapacidade para o exercício da função policial? E se ele tivesse puxado o gatilho de sua arma? Quem, agora, estaria dando "proteção" à família do policial EDUARDO MAIA?
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
O título da postagem ficou genial. Nada mais recomendável. Eu também não entendo como é que um policial nessas condições pode andar por aí com uma arma na cintura.
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