Hoje pela manhã, folheando a Revista que vem encartada no O Globo, encontrei uma interessante reportagem sobre a tecnologia hoje existente no Japão, onde vivem Rosemeire Nakamura e Helena, a Leh, amigas blogueiras do DiHITT.
Se você for ao Japão, não deixe de entrar em um banheiro, público ou particular, dotado dos avanços tecnológicos criados pela inteligência do povo japonês, que consegue juntar com maestria tradição e modernidade.
Os vasos sanitários da terra do sol nascente (instalados em boa parte dos banheiros), registra com propriedade a Revista, "são um universo paralelo: tampas abrem automaticamente; painéis de controle piscam; o chuveirinho pode ser fraco ou forte; o assento é aquecido; e a coisa toda termina com um jato secante, seguido de uma musiquinha", num verdadeiro show de modernidade, mas que assusta quem vem de fora.
De acordo com a reportagem, "nenhum blog sobre o país é completo sem um post sobre privadas hit-ech. No YouTube são comuns vídeos de turistas tentando estabelecer contato com vasos sanitários que, em alguns casos, até falam. O primeiro encontro com o equipamento é tragicômico, porque, mesmo ignorando os botões, não se escapa do mais difícil: achar a descarga. Depois de um tempo você se acostuma e começa a explorar possibilidades, como direcionar o chuveirinho. Quando percebe, está apaixonado, sem saber como viveu tanto tempo à margem de uma revolução higiênica que, além de tudo, aquece no inverno".
O primeiro modelo de vaso eletrônico foi lançado no país em 1980. A linha Washlet, que tem bidê acoplado, é a mais comum nos banheiros públicos de Tóquio e é usada em cerca de 60% das residências japonesas.
Mas é na parte final da reportagem que você vai encontrar os detalhes mais curiosos, e cá entre nós, muito, muito engraçados.
Esta semana, por exemplo, estão chegando ao pavilhão da Exposição Mundial de Xangai duas privadas de ouro, para atender à vaidade de milionários chineses.
Diz a Revista, ainda, que "o investimento numa louça que, afinal de contas, só serve para duas coisas, tem uma explicação: espaço no Japão é coisa rara. Os apartamentos são mínimos: as paredes, finas. E os banheiros, às vezes, são os únicos redutos de privacidade. Somou-se a essa conjuntura social a obsessão por tecnologia, e os vasos acabaram com jeito de PC: modelos mais sofisticados podem medir a pressão ou a taxa de açúcar e ajudar a mulher a saber se está ovulando. Num texto sobre sua primeira visita ao Japão, a colunitsta Andrea Sachs, do Washington Post, resumiu o encanto: "Sempre que me perguntam sobre a viagem, eu me vejo pulando a parte sobre os templos budistas, o macarrão fresquinho, os jardins zen e indo direto para os... banheiros. Claro que o Japão tem encantos infinitos, mas se eu pudesse carregar comigo só uma lembrança, seria uma privada da Toto".
A jornalista brasileira Bruna Siqueira, que morou em Tóquio e estuda nos EUA, teve uma experiência traumática no banheiro de uma estação de trem. Sem saber ler as instruções, não achou a descarga. Quando viu um botãozinho vermelho na parede, arriscou. Deu errado, claro:
- Nunca ouvi sirene tão alta. Em segundos, tinha um policial batendo na porta, e meu marido gritava do lado de fora. Eu tinha apertado o botão de emergência, para casos de acidente. A descarga estava no pedal da lixeira.
Pode ser ainda mais complicado nas casa onde o visitante precisa cumprir o ritual do bota-sapato-tira-sapato. É o seguinte: ao entrar numa casa, todos tiram os sapatos. No banheiro, no entanto, deve-se calçar um chinelo e, ao sair, deixá-lo lá. Mas o mais comum é o visitante ocidental esquecer e passar o resto da visita com o tal chinelo do banheiro, o que deixa os anfitriões tensos ou com muita vontade de rir.
A cultura do banheiro revela muito sobre o jeito de ser do japonês. Um dispositivo em particular só é produzido pela Toto para o público feminino no Japão e na Coreia do Sul. É o Otohime, que dispara um barulho de água corrente para abafar ruídos.
- Não é timidez, é respeito - reage uma japonesa de hábitos bastante ocidentalizados, mas que pede para não ter o nome publicado numa reportagem sobre privadas.
A tradução de Otohime? Som de princesa. Como nem todo vaso é tão educado, entrou em cena mais uma mania japonesa: a dos gadgets. As farmácias de Tóquio vendem um aparelhinho que reproduz o barulho de uma descarga. Com ele, mascara-se qualquer outro som. São 25 segundos de descarga fictícia. Ou de canto de pássaros, depende do modelo".
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
Que coisa interessante !
ResponderExcluirAdorei sua noticia sobre as privadas .
Seria muito bom ter uma dessas aqui.
abs
Francisco
Saudações!
ResponderExcluirAmigo ROBERTO, eu conhecia um pouco sobre a matéria, mas o seu artigo está mais completo com uma miscelânea de exemplos e inusitados acontecimentos.
Não recordo em que revista eu li, que tratava sobre a importância do banheiro de uma residência, AP, de um oriental, principalmente no Japão e korea, da essência da matéria era mais o seguinte: se desejar conhecer a alma ou espírito de uma pessoa visite o seu banheiro.
Parabéns por mais um magnífico post!
Abraços,
LISON.
Roberto a primeira vez que entrei aqui,em um banheiro desses,fiquei completamente perdida,procurando o botão da descarga kkkkkkkkk.
ResponderExcluirHoje já aprendi,mas no começo é dureza kkk.
Excelente artigo.
Olá querido amigo Roberto,
ResponderExcluirParabéns por compartilhar notícias interessantes com os amigos.
Gostei de saber.
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian
Até nessas horas eles mandam vê, sempre inovando.
ResponderExcluirAbraços forte