Quatro amigos, Ed Gentry (Jon Voight), Lewis Medlock (Burt Reynolds), Bobby Trippe (Ned Beatty) e Drew Ballinger (Ronny Cox), resolvem descer de canoa um rio das florestas da Geórgia, antes que toda a região se transformasse em uma represa. A beleza natural e a emoção das correntezas fascinam a todos. Esse é o início da história contada no filme Amargo Pesadelo, rodado no interior dos Estados Unidos em 1972.
Num dos intervalos de gravação, num posto de gasolina nos confins do mundo, um fato inesperado envolveu a equipe de filmagens, os atores e o proprietário do posto, que nele morava com a mulher e o filho, um jovem autista que nunca saía de casa. A cena marcante e inesperada foi encaixada no filme.
O ator Ronny Cox, também músico e sempre acompanhado do seu instrumento de cordas, ao perceber a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa, dele se aproximou e começou a repetir a seqüência musical do garoto, que passou a acompanhá-lo numa trilha musical inesperada e espetacular.
É importante registrar que o garoto era autista e não estava nos planos do filme. Além disso, vale destacar também a alegria do pai do menino dançando e curtindo o duelo de banjos, a felicidade da mãe captada numa das janelas da casa, e a reação própria do autista quando o ator dele se aproxima e o tenta cumprimentar. Ele já estava de volta ao seu mundo particular.
A música, sempre ela, fez surgir um momento de pura magia, que arrancou o jovem autista de seu distante mundo e o fez sorrir. Ele cresceu, brilhou, e ainda que por alguns instantes, libertou-se de sua deficiência, o que foi eternizado por puro acaso em Amargo Pesadelo.
Assista ao vídeo e embarque na magia de instante!
Vídeo: CyberiaComBr
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |