O destino às vezes é ingrato com certas pessoas, mas tem gente que abusa da sorte, não é verdade? É o caso de Adriano, a quem a mídia já chamou de "imperador", mas que desde que foi contratado não consegue disputar uma partida inteira do seu Corinthians, o campeão brasileiro de 2011.
Nascido e criado na Vila Cruzeiro - Penha - RJ, Adriano já se viu envolvido com a polícia em diversas ocasiões: foi citado em inquéritos sobre supostas ligações com traficantes de drogas, livrando-se por falta de provas. Noutra investigação, fotos o mostraram com um fuzil ao lado de um homem armado. Ficou esclarecido depois que a arma seria um brinquedo. Em outro inquérito, Adriano negou ter dado uma moto de presente à mãe do traficante Mica.
No mês de agosto de 2010, a Polícia Civil decidiu não indiciar o jogador no inquérito que apurava se ele teria enviado R$ 60 mil a traficantes da Vila Cruzeiro. A polícia considerou, mais uma vez, que não havia provas suficientes para dar seguimento à investigação, porque a mãe de Adriano, Rosilda Ribeiro, teria usado o dinheiro para a compra de cestas básicas para moradores da Vila Cruzeiro.
Praticamente sem nenhuma participação no título do Corinthians, 2011 não foi muito bom para Adriano. Logo no início do ano, quando ainda defendia o Roma, ele veio se tratar de uma lesão no Brasil, e depois de jantar numa churrascaria, foi para uma festa, sendo fotografado com um imenso copo de chope. Na madrugada de 9 de fevereiro, ao sair de outra festa, o jogador foi parado numa blitz da Lei Seca. Segundo os policiais, ele estava visivelmente alterado e se negou a fazer o teste de bafômetro.
Para não fugir à regra, Adriano acaba de se meter em outra confusão.
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| As amigas do imperador |
Adriene Cyrillo Pintos, de 20 anos, foi atingida na mão esquerda por um tiro dentro do carro do atacante, na saída da boate Barra Music, na Barra da Tijuca - RJ, por volta das 6h de hoje (24/12). No carro, um BMW com placa de São Paulo FAD 1002, além de Adriano, estavam Andréa Ximenes e Daniele Penna, amigas do jogador; Viviane Faria de Fraga, amiga de Adriene, e Júlio César Barros de Oliveira, de 52 anos, tenente da reserva da PMRJ, segurança do craque.
Todos foram parar na 16ª Delegacia de Polícia - Barra da Tijuca, onde prestaram depoimento na tarde deste sábado. Além de Adriano e seus amigos, foi ouvida uma pessoa que estava no veículo que vinha logo atrás da BMW e mais dois PMs. Segundo o delegado Carlos César Santos, “há contradições gritantes” na versões apresentadas por Adriano e pela vítima. O jogador afirmou que estava sentado no banco dianteiro do carona e que não disparou a arma, que teria sido acionada pela própria vítima, o que é contestado por Adriene, que manteve a versão de que Adriano estava no banco de trás do veículo manuseando a arma, uma pistola .40 que pertence ao segurança, quando ela disparou acidentalmente. O depoimento de Adriene foi tomado no Hospital Barra D’Or, para onde ela foi levada com fratura exposta na mão e operada.
Para o delegado, será necessária uma acareação entre Adriano e Adriene, o que deve ocorrer na segunda ou terça-feira.
- Há contradições nos relatos. Adriano, o segurança PM e duas amigas afirmam que foi Adriene que fez o disparo. Uma amiga da vítima, Viviane Faria, diz que não se lembrar quem fez o disparo. Adriene admitiu ter manuseado a arma, mas que ela estava na mão de Adriano quando disparou - disse o delegado.
Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli - ICCE colheram material nas mãos de Adriano e da vítima para verificarem resíduos de pólvora, além de realizarem a perícia no carro do jogador, recolhendo o projétil que atingiu a mulher e analisando de que direção partiu o tiro. Há uma marca de tiro na lataria do BMW, do lado do banco traseiro esquerdo, aparentemente de um disparo feito de dentro para fora. Há também vestígios de sangue.
O cara é ou não é chave de cadeia?
Fonte: O Globo
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Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
