A traição, não importa se feminina ou masculina, é o tipo de assunto que sempre despertou e continuará despertando muito interesse e discussões várias. É claro que o ser humano sempre encontra motivos para trair. Os mais comuns são um relacionamento que não vai bem das pernas, uma atração inesperada ou simplesmente a vontade de se relacionar com outra pessoa, independentemente dos critérios morais ou de caráter. O assunto sempre nos traz alguns questionamentos: há traição sem sexo? Homens ou mulheres precisam de uma "justa causa" para trair? Afinal, o que é e por que as pessoas traem?
Engana-se quem achou que eu tenho as respostas. No muito, eu poderia dar algumas opiniões, nada mais. Mas posso garantir que o tema desta postagem vai interessar a todos, mas principalmente aos homens e mulheres acostumados a trair e a falar demais.
A justiça de Nanuque, cidade da região do Vale do Mucuri - Minas Gerais - MG, condenou uma mulher ao pagamento de indenização de R$ 5 mil, majorada pela 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça mineiro para R$ 8 mil, porque ela traiu publicamente o ex-companheiro e ainda fez comentários depreciativos acerca de seu desempenho sexual.
O homem alegou ter conhecido a mulher no emprego e convivido com ela por cerca dez anos, tendo, inclusive, assumido a paternidade de dois filhos dela. Segundo seu relato, a companheira começou a traí-lo com o instrutor de uma autoescola em 2007, o que toda a cidade sabia, menos ele, circunstância comum em situações dessa natureza.
Mas o pior de tudo não foi a traição. De acordo com as provas colhidas, a mulher, além de não esconder o relacionamento fora de casa, ridicularizou o ex-companheiro fazendo comentários depreciativos sobre o seu desempenho sexual. Por isso mesmo, o tribunal entendeu, seguindo o voto do desembargador nomeado relator do recurso, que o homem sofreu danos morais e foi exposto a situação humilhante e vexatória.
Como eu disse no início, o exemplo deve servir a todos, homens ou mulheres. Se não for possível evitar a traição, manter a boca fechada sobre a vida íntima passada é aconselhável. Aliás, se a moda pegar, a coisa vai doer muito mais no bolso do linguarudo do que na testa do corno!
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Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
