26 outubro 2013

Meninas africanas são prostituídas no Brasil

Foto: reprodução

Quanto mais se vive, melhor se conhece a maldade humana. Um adágio popular chega a dizer que quanto mais se sabe do ser humano, mais se adora os cães, o que não é nenhum absurdo se considerarmos a amizade e fidelidade daqueles animais e algumas atitudes tomadas pelo homem. Adolescentes africanas fugitivas de países em guerra, onde elas são estupradas, estão sendo prostituídas em São Paulo, num esquema comandado por uma máfia de origem europeia, afirmam deputados federais de comissão que investiga casos de exploração sexual infantil no Brasil.

Nos últimos quatro anos, por exemplo, Paulo Fadigas, juiz da Vara da Infância e Juventude detetou cerca de 30 casos de meninas africanas carentes, com idade entre 16 e 17 anos, vindas do Congo, Eritreia, Somália e Angola e jogadas na prostituição, o que foi denunciado esta semana à CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara dos Deputados. A máfia usa a fragilidade das meninas para convencê-las a sair da África onde, como já frisei, são constantemente estupradas.

"Elas recebem uma proposta para trabalhar no Brasil. Uma menina relatou que havia sido estuprada várias antes de viajar do Congo para cá. Ai ela aceita qualquer proposta para fugir dessa realidade", disse o magistrado.

As meninas cruzam diversas fronteiras para chegar até aqui", afirmou o juiz, esclarecendo que quando chegam a São Paulo são encaminhadas para casas de prostituição em diversas regiões da cidade.


Para Fadigas, no entanto, o número de adolescentes africanas vítimas da exploração sexual pode ser muito maior, pois não são todas que procuram ajuda.

Não conseguimos ter o controle de toda a situação. Só procuramos proteger aquelas que buscam ajuda, por isso investigo o caso", disse.



De acordo com a deputada federal Liliam Sá (PROS-RJ), relatora da CPI, os traficantes se aproveitam da falta de fiscalização para entrar no país pelos aeroportos, onde não há um controle rigoroso de entrada e saída de menores estrangeiros.

Adolescentes estrangeiros que entram no país não passam por nenhuma entrevista, não se faz nenhum tipo de fiscalização, pois esse controle deveria ser feito no país de origem do jovem", disse.


Este é mais um exemplo do covarde tratamento dado às mulheres no mundo, principalmente às de origem negra e miserável, agora, infelizmente, com a omissão e negligência das autoridades brasileiras.





Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

Cadastre seu e-mail e receba nossas postagens

Blog Widget by LinkWithin