O Teatro Municipal do Rio de Janeiro fica localizado na Praça Floriano - Cinelância, bem no centro da Cidade Maravilhosa.
Construído em princípios do século XX, é um dos mais belos e importantes teatros do país.
A atividade teatral era, na segunda metade do século XIX, muito intensa na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país. Ainda assim, a cidade não dispunha de uma sala de espetáculos que correspondesse plenamente a essa atividade e que estivesse à altura da capital do país. Os seus dois teatros, o de São Pedro e o Lírico, eram criticados pelas suas instalações, quer pelo público, quer pelas companhias que neles atuavam.
Após a Proclamação da República brasileira (1889), em 1894 o autor teatral Arthur Azevedo lançou uma campanha para que um novo teatro fosse construído para ser sede de uma companhia municipal, a ser criada nos moldes da Comédie Française. Entretanto, naqueles agitados dias, a campanha resultou apenas em uma Lei Municipal, que determinou a construção do Teatro Municipal. Essa lei não foi cumprida, apesar da existência de uma taxa para financiar a obra. Observe-se que a arrecadação desse novo imposto nunca foi utilizada para a construção do teatro.
Seria necessário esperar até à alvorada do século XX quando, a sua construção, viria a representar um dos símbolos do projeto republicano para a então capital do Brasil. À época, o então prefeito Pereira Passos promoveu uma grande modernização do centro da cidade, abrindo-se, a partir de 1903, a Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, moldada à imagem dos boulevards parisienses e ladeada por magníficos exemplares de arquitetura eclética.
Nesse contexto, realizou-se um concurso para a construção de um novo teatro, do qual saiu vitorioso o projeto de Francisco de Oliveira Passos, filho do então prefeito, Francisco Pereira Passos, que contou com a colaboração do francês Albert Guilbert, com um desenho inspirado na Ópera de Paris, de Charles Garnier.
O edifício foi iniciado em 1905 sobre um alicerce de mil cento e oitenta estacas de madeira fincadas no lençol freático. Para decorar o edifício, foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para executar vitrais e mosaicos.
Finalmente, quatro anos e meio mais tarde – um tempo recorde para a obra, que teve o revezamento de 280 operários em dois turnos de trabalho – no dia 14 de julho de 1909 foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que tinha capacidade para 1.739 espectadores. Serzedelo Correa era então o prefeito da cidade.
Em 1934, com a constatação de que o teatro estava pequeno para o tamanho da população da cidade, que tinha crescido muito, a capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. A obra, apesar de sua complexidade, foi realizada em três meses, tempo recorde para a época. Posteriormente, com algumas modificações, chegou-se ao número atual de 2.361 lugares.
Em 1975, a 19 de outubro, o Teatro foi fechado para obras de restauração e modernização de suas instalações e reaberto em 15 de março de 1978. No mesmo ano foi criada a Central Técnica de Produção, responsável por toda a execução dos espetáculos da casa.
Em 1996, iniciou-se a construção do edifício Anexo. O objetivo foi desafogar o teatro dos ensaios para os espetáculos, que, com a atividade intensa da programação durante todo o ano, ficou pequeno para eles e, também, para abrigar condignamente os corpos artísticos.
Com a inauguração do prédio, o Coro, a Orquestra e o Ballet ganharam novas salas de ensaio e bastante espaço para suas práticas artísticas.
No teatro, atualmente, são apresentados majoritariamente programas de dança e de música erudita. Em seus primórdios nele se apresentavam apenas companhias e orquestras estrangeiras - especialmente as italianas e francesas - até que, em 1931, foi criada a Orquestra Sinfônica Municipal do Rio de Janeiro. Entre as personalidades ilustres que lá se apresentaram estão: Arturo Toscanini, Sarah Bernhardt, Bidu Sayão, Eliane Coelho, Heitor Villa-Lobos, Igor Stravinsky, Paul Hindemith, Alexander Brailowsky entre outras. Hoje a casa abriga a Orquestra Petrobras Sinfônica e a Orquestra Sinfônica Brasileira.
Fechado no ano passado para reformas, o Teatro Municipal reabre na noite de hoje. Foram dois anos e cinco meses de obras, sendo que durante 19 meses a casa cultural ficou fechada. A data vai ter a comemoração merecida, com a presença, inclusive, do presidente Lula, que vem ao Rio conferir uma programação especial de obras eruditas de autores nacionais e internacionais.
A festa de hoje é só para convidados. O espaço novinho em folha só abre para o público no sábado, com a ópera Il Trovatore, do compositor italiano Giuseppe Verdi, em montagem dirigida por Bia Lessa. A partir de 2 de junho, o novíssimo Municipal abriga mais uma edição da Rio Folle Journée — maratona de música clássica — que este ano homenageia Chopin.
Que venham mais cem anos de cultura! O Brasil precisa disso!
Fonte de consulta: Wikipédia
Sobre o Autor:
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
Oi meu amigo!
ResponderExcluirEspaço lindo! Nunca fui neste do RJ, mas em São Paulo temos também um maravilhoso (que também passou por reformas) e eu indico com segurança.
Grande beijo,
Jackie
Nossa , ficou muito bonito !
ResponderExcluirNão tinha visto ainda ele reformado .
É uma boa notícia mesmo .
parabéns pelo lindo post .
abs
Francisco
Só não dá para entender uma coisa. Tiveram 99 anos para dar uma geral no teatro exatamente no ano do centenário ele ficou fechado para obras. Coisa mesmo de administração pública no Braasil.
ResponderExcluirRealmente ficou um primor!!!!Nem parece que tá tão coroão,rs.
ResponderExcluirBjos
Realmente é um teatro lindíssimo.
ResponderExcluirE certamente será uma reabertura empolgante com Verdi. Nesta eu queria ir. :-)
Abçs, Fernandez.
OLá,
ResponderExcluirÓtima postagem, eu nunca havia visto e fiquei impressionado com a beleza da construção, linda imagem, assim como sua história!
Abraços;
Sala Bate Papo