Somos tão jovens, filme biográfico sobre Renato Russo, ainda não tem data marcada para a estréia, mas deve chegar aos cinemas em 2012. A equipe de produção está em Paulínea – SP, onde o longa-metragem, que mostra a adolescência do líder do Legião Urbana será concluído, depois de 4 semanas de filmagem em Brasília – DF.
Thiago Mendonça, que atuou em os Dois filhos de Francisco, interpreta Renato Manfredini Jr, o Renato Russo. O elenco tem ainda Sandra Corveloni, Marcos Breda, Laila Zaid, Bianca Comparato e Olívia Torres.
O longa-metragem de Antonio Carlos da Fontoura narra a juventude de Renato (período no qual ele compôs hits como Geração Coca-Cola e Que país é este?), recorda a formação da banda em Brasília – DF, os primeiros shows e sucessos lançados.
- O filme mostrará como o Renato Manfredini Júnior, um moleque de Brasília que lia Shakespeare em inglês e sonhava com o estrelato, se transformou em Renato Russo – resume o cineasta, autor de longas como Copacabana me engana (1968) e Gatão de meia idade (2006).
As imagens abaixo foram liberadas pela produção e divulgadas nesta terça-feira (05/07).
Thiago Mendonça interpreta Renato Russo (foto: divulgação) |
O longa-metragem é dirigido por Antonio Carlos Fontoura, de "Gatão de meia-idade", e tem roteiro de Marcos Bernstein, que assinou sucessos como "Chico Xavier" e "Central do Brasil" (foto: divulgação) |
O filme é ambientado nos anos 1980 e acompanha a formação da banda, em Brasília (foto: divulgação) |
Fontoura garante que um dos pontos altos do filme será o período em que o cantor e compositor sofreu de uma doença óssea rara, a epifisiólise.
- Ele tinha apenas 15 anos e era obrigado a ficar em casa, se tratando com morfina. Mas foi nessa reclusão forçada que começou a armar seu plano: se tornar o maior roqueiro do Brasil – diz o cineasta.
Ainda de acordo com ele, “Renato soltava a imaginação, escrevia diários com letras, e reportagens fictícias no qual relatava seu encontro com David Bowie e uma briga com Mick Jagger. Também foi nesse período que ele começou a colecionar vinis e entrou em contato com o punk”.
Os créditos dos atores Thiago Mendonça e Bruno Torres estão trocados.
Na verdade, quem interpreta o Renato Russo é Thiago Mendonça.
Do roteiro constam ainda a cena roqueira de Brasília nos anos 80, que documenta não apenas o Legião Urbana e o Aborto Elétrico, as bandas de Russo.
- A formação do Capital Inicial também será registrada, bem como a de outros grupos importantes dessa época, como os Paralamas do Sucesso - explica Fontoura. E acrescenta:
- O Renato também teve sua fase de saco cheio de bandas, e saiu em carreira solo como trovador solitário. Foi nesse momento que compôs músicas mais longas, como Eduardo e Mônica e Faroeste caboclo.
A família de Renato Russo vem se envolvendo diretamente no projeto, tanto que sua irmã, Carmen, foi uma das principais incentivadoras da realização do filme.
- Ela colaborou bastante na pesquisa. Forneceu dados sobre a infância do Renato, abriu o álbum de fotografias e seu baú de histórias.
No entanto, ainda segundo Fontoura, foi a mãe de Renato, dona Maria do Carmo, quem deu uma das contribuições definitivas.
- O nome original do filme era Religião urbana. Era uma referência à essa adoração quase sagrada que os fãs tem pela banda. Mas aí a Dona Carminha me chamou pra conversar e disse que o filho deveria estar se revirando no caixão com esse título. Ela contou que o Renato odiava essa veneração meio religiosa, dizia que não tinha vocação pra padre, nem pastor – explicou o diretor. Por isso ela suferiu Somos tão jovens, nome imediatamente aceito por Fontoura.
Mas a participação da família não fica aí. Giuliano Manfredini, de 21 anos, filho de Renato Russo, que é produtor musical, fez a seleção das bandas que devem se apresentar na trama.
- Vou filmar vários musicais, ao todo serão 19 faixas espalhadas em cenas - adianta o diretor.
A trilha sonora de Somos tão jovens será assinada por Carlos Trilha, profundo conhecedor da obra de Russo e seu parceiro em dois solos: The stonewall celebration concert (1994) e Equilíbrio distante (1995).
Na lista das “participações afetivas” estão ainda os filhos do guitarrista Dado Villa-Lobos e do baterista Marcelo Bonfá, que interpretarão os pais na adolescência, quando eles conheceram o líder do Legião Urbana.
- Essa escalação é uma homenagem aos dois. Foi uma boa maneira de liga-los ao projeto, que inclui todas as pessoas que o Renato amava – finalizou Fontoura.
Fonte: G1
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Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |