Ela é a primeira-bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro desde 1981, quando foi admitida na importante companhia de dança brasileira após aprovação num concurso público, e é dona de uma carreira repleta de conquistas importantes. Mesmo nunca tendo imaginado que brilharia tanto, ela diz que a dança sempre foi a coisa mais importante em sua vida. A seriedade e o compromisso com a profissão a levaram a superar todo o tipo de obstáculos. Mesmo aos 35 anos de carreira, a bailarina contagia seu público e inspira jovens bailarinas do país inteiro quando enche o palco com sua dança e magia. Seu nome é Ana Botafogo.
Ela iniciou os estudos de ballet clássico ainda pequena no Rio de Janeiro, sua cidade natal, mas foi no exterior que sua formação se complementou.
Na Europa, por exemplo, Ana freqüentou a Academia Goubé na Sala Pleyel - Paris - França, a Academia Internacional de Dança Rosella Hightower - Cannes - França e o Dance Center-Covent Garden - Londres - Inglaterra.
E foi exatamente na França, mais precisamente no Ballet de Marseille, do famoso coreógrafo Roland Petit, que ela dançou como profissional pela primeira vez. Suas performances no exterior incluem participações em festivais em Lausanne - Suíça, Veneza - Itália, Havana - Cuba e na Gala Iberoamericana de La Danza, representando o Brasil, no espetáculo dirigido por Alicia Alonso, em Madrid - Espanha, realizado em comemoração aos 500 Anos do Descobrimento das Américas.
Quando voltou ao Brasil no fim da década de 70, mesmo ainda muito jovem, Ana Botafogo foi nomeada Bailarina Principal do Teatro Guaíra - Curitiba - PR, da Associação de Ballet do Rio de Janeiro e, em 1981 juntou-se ao balé do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ao longo de toda a carreira de enorme sucesso, a bailarina brasileira já interpretou o principal papel nas mais importantes obras do repertório da dança clássica, com destaque para performances em produções completas como Coppélia, O Quebra Nozes, Giselle, Romeu e Julieta, Don Quixote, La Fille Mal Gardée, O Lago dos Cisnes, Floresta Amazônica, A Bela Adormecida, Zorba, o Grego, A Megera Domada e Eugene Onegin. Ana ainda levou para diversas capitais brasileiras os espetáculos Ana Botafogo In Concert e Três Momentos do Amor. Em 1995, na qualidade de étoille convidada da Companhia de Opera Lodz - Polônia, interpretou o papel feminino do Ballet Zorba, O Grego, dançando em várias cidades do Brasil.
Ana dançou como artista convidada de importantes companhias de ballet, tais como: Saddler’s Wells Royal Ballet - Inglaterra, Ballet Nacional de Cuba - Cuba, Ballet del Opera di Roma - Itália, entre outras.
Teve como partners internacionais nomes expressivos da dança mundial como Fernando Bujones, Julio Bocca, David Wall, Desmond Kelly, Cyril Athanassof, Alexander Godunov, Richard Cragun, Jean-Yves Lormeau, Lazaro Carreño, Tetsuya Kumakawa, Yuri Klevtsov, José Manuel Carreño e Slawomir Wozniak.
Entre os muitos títulos que recebeu dos governos cariocas estão o de Embaixatriz da Cidade do Rio de Janeiro e o de Benemérita do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, em 1997, o ministro da cultura da República Francesa nomeou-a Chevalier Dans L'Ordre des Arts et des Lettres, e 2 anos depois, em 1999, reconhecendo o conjunto de seu trabalho e a divulgação da dança em todo o território nacional, o Ministério da Cultura outorgou-lhe o Troféu Mambembe. Em dezembro de 2002, ela recebeu do Ministério da Cultura a Ordem do Mérito Cultural, na classe de Comendadora, por ter se distinguido por suas relevantes contribuições prestadas à cultura no país, e em agosto de 2004, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro lhe concedeu a Medalha de Mérito Pedro Ernesto.
Se você ainda não viu Ana Botafogo flutuar por nenhum palco de espetáculos, o que não não é de se estranhar em razão da pouca divulgação dos eventos culturais no Brasil, assista ao vídeo abaixo, e caso ele não esteja disponível em razão de restrições impostas pela EMI, não desista, clique aqui e assista ao vídeo no YouTube.
Fonte: site oficial de Ana Botafogo
Sobre o Autor:
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |