(foto: divulgação/Andrea Schaefer) |
Ela ganhou fama internacional depois que resolveu ficar nua em frente ao palácio do governo do Peru, em Lima, no mês passado, após descobrir que uma de suas seis obras, “O diário de Marise - A vida real de uma garota de programa”, estava sendo vendido em barracas clandestinas na cidade peruana. Desta vez, a moça vai tirar a roupa aqui em terras brasileiras.
O novo peladaço está marcado para o próximo domingo (12/08), às 15h30, na livraria Martins Fontes, situada na Avenida Paulista, na Zona Sul de São Paulo.
O objetivo de Vanessa, 37 anos, ex-garota de programa que resolveu usar o corpo para fazer piquetes internacionais, é chamar a atenção para sua campanha contra a cópia e venda ilegal de livros. Ela quer aproveitar a repercussão de seu protesto no país vizinho para ganhar alguns aliados mundiais.
- Fiz a oferta de autografar meus livros e falar sobre os danos da pirataria, e eles toparam na hora. Estarei apenas de calcinha, com os dizeres escritos pelo corpo, tentando conscientizar as pessoas - explicou Vanessa.
Alias, já na próxima semana ela deve retornar ao Peru a convite da editora Help, e em dezembro vai participar da Feira do Livro de Guadalajara, no México.
Vanessa de Oliveira, a fotógrafa Andrea Schaefer, a maquiadora Fernanda Dresh, o produtor de vídeos Agustin Mica e o iluminador Joba (foto: divulgação/Andrea Schaefer) |
- Amo a cor vermelha. O preto simboliza o mercado negro, e o branco é a cor usada para ilustrar a caveira, no logo da campanha.
As nacionalidades estão representadas nas pernas, nos braços, na barriga, no colo e no quadril. Para traduzir a expressão, pediu ajuda aos amigos e fãs que residem fora do Brasil via Facebook e Twitter. Por fim, checou as grafias nos dicionários e na internet.
Tudo foi feito com o apoio de uma fotógrafa, uma maquiadora, publicitários e um produtor de vídeos, que aderiram voluntariamente ao movimento encabeçado por Vanessa. Para a sessão de fotos utilizadas naquilo que Vanessa chama de "revolução literária", além das baixas temperaturas do inverno de Santa Catarina, ela dormiu com uma cinta modeladora e suportou um jejum de mais de 24 horas.
- Queria estar com a barriga bonita no vídeo. Na foto dá pra usar o Photoshop, mas no vídeo não tem como. Dormi com cinta na barriga pra ficar com a cinturinha bem fininha e passei um dia sem comer.
Em seu estilo, digamos, liberal, Vanessa não admite tabus e preconceitos, e no seu entender, a nudez é uma bandeira coerente com seu estilo de vida, até porque, é ela que diz, são raras as vezes em que usa roupas dentro de casa.
- Gosto de ficar pelada. A maior parte dos meus livros eu escrevo sem roupa.
Questionada sobre o risco de uma repercussão negativa pelo excesso de exposição, ela não se fez de rogada:
- Você fica pelada e o povo pára, chama atenção. O que significa se expor demais? Não tenho problema com isso. Se tivéssemos um clima bom, e todo mundo ficasse nu, seria bem melhor - concluiu Vanessa.
Qual a sua opinião sobre esse tipo de iniciativa. No caso específico da campanha criada por Vanessa, com que objetivo você acha que as pessoas, principalmente os homens, irão ao encontro marcado para o próximo domingo: ver a moça pelada ou apoiar a luta contra a pirataria literária? Deixe o seu comentário.
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |