Ninguém tem ideia da quantidade de pessoas que teve acesso àquela imagem ou postagem feita no Facebook. Um estudo recente liderado por cientistas de dados estaria a indicar que as postagens feitas na rede social são vistas por mais pessoas do que se poderia imaginar.
Em junho do ano passado, cada uma das postagens monitoradas durante o estudo foi vista por um em cada três "amigos" do autor no Facebook. No mesmo período, os usuários do site chegaram a cerca de 61% de seus contatos. A pesquisa também quis saber sobre a percepção dos usuários da rede acerca da quantidade de pessoas que acessavam seus posts, concluindo que eles "consistentemente subestimavam" sua audiência.
Mas na semana passada, o New York Times levantou uma polêmica interessante sobre o tema: quantos dos seus amigos têm, de fato, acesso ao que você publica posta na rede social de Mark Elliot Zuckerberg?
Baseado em outra pesquisa, o jornal afirma que cada post é visualizado por apenas 30% dos seus amigos cadastrados, tese que encontraria amparo na possibilidade recém criada pelo Facebook que permite ao usuário patrocinar suas próprias postagens. Com efeito, segundo a administração da rede, pagando cerca de R$ 13 você amplia o alcance de suas publicações. A partir daí, conclusão do New York Times, o Face estaria diminuindo o alcance dos posts com o intuito de cobrar para que eles sejam mostrados para quem já deveria ter acesso a eles.
Nick Bilton, colunista do jornal norte-americano, por exemplo, afirma que alcançava até 550 likes em suas publicações quando tinha 25 mil assinantes. Mesmo depois de chegar a 400 mil assinantes, ele poucas vezes conseguiu ultrapassar 30 likes por post, o que se modificou depois que ele pagou a taxa cobrada pelo Facebook. Os likes de seus artigos subiram, chegando a 130 por post, mas nunca mais atingiram o percentual original.
Ao que tudo indica, o Facebook está usando a carência de seus usuários para ganhar dinheiro, apostando que eles se dispõem até mesmo a pagar para serem ouvidos. Você concorda com a ideia? Estaria disposto a pagar para chamar a atenção dos seus "amigos"? Ou será que os tais "estudos" não passam de um monte de diagramas fantasiosos sem nenhum efeito prático? Deixe um comentário.
Sobre o Autor:
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |