Obra “Operários”, de Tarsila do Amaral (foto: reprodução) |
Hoje é o Dia do Trabalhador ou Dia Internacional dos Trabalhadores, uma data celebrada em numerosos países do mundo, entre eles o Brasil, onde é feriado nacional. Mas o trabalhador brasileiro não tem muito o que comemorar, ao menos quando o assunto é sindicato, órgão de classe destinado à defesa de seus interesses.
Nos últimos oito anos, por exemplo, ou seja, de 2005 até hoje, 2050 novos sindicatos foram criados no Brasil, o que dá uma média de cerca de 250 sindicatos por ano. Até a última sexta-feira (26/04), o país totalizava 15.007 entidades sindicais, boa parte delas organizadas apenas para arrecadar, o que se justifica quando se sabe que só em 2011 eles, os sindicatos, movimentaram pelo menos R$ 2,4 bilhões, é isso mesmo, 2,4 bilhões, com a contribuição obrigatória.
No último mês de fevereiro, uma campanha foi feita contra os sindicatos de fachada, o que resultou na suspensão das atividades de 862 entidades entre as 940 consideradas irregulares. Em termos práticos, alguns sindicatos nunca existiram, até porque jamais participaram de qualquer negociação coletiva. São sindicatos de fachada, cujo único objetivo é a contribuição compulsória. São vagabundos especializados em sugar o dinheiro do trabalhador.
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |