Leila Mariano, presidente do TJ-RJ (foto: reprodução) |
Em razão do regime de urgência e do parecer favorável das comissões, a proposta de Leila Mariano pode ser aprovada até amanhã (19/12), e se isso acontecer, o que é praticamente certo, cada juiz ou desembargador receberá um adicional de R$ 4.786 mil por mês, o que corresponde, na prática, a um aumento 18,5% acima do teto de R$ 25,3 mil de todos os judiciários estaduais em vigor bi exercício que se encerra.
Segundo dados divulgados pelo deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), só no caso do Ministério Público, a despesa anual com o benefício passará do atual R$ 1,1 milhão para R$ 7,1 milhões no ano que vem, o que fará com que a porcentagem de gastos com pessoal do órgão em relação à receita chegue a 1,75%, ficando bem perto do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, de 1,8%.
Sem qualquer embaraço, mesmo por parte dos parlamentares da oposição, o embrulho deve ser aprovado. A única exceção está na bancada do PSOL, que votará contra as iniciativas.
- A proposta foi apresentada na última quinta-feira, ao apagar das luzes do Legislativo. Nada foi divulgado nem no site do Ministério Público nem do TJ, demonstrando falta de transparência - afirmou o deputado Marcelo Freixo.
Além da falta de transparência sustentada por Freixo, algumas respostas deveriam ser dadas à sociedade contribuinte. Uma delas, e aqui um dos pontos mais polêmicos da iniciativa tomada pela presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, está na distância entre a residência e local de trabalho de alguns juízes. Muitos deles moram a menos de meia hora da comarca em que estão lotados, circunstância que por si só deveria afastar o benefício do auxílio moradia.
Além disso, R$ 4.786 mensais por um aluguel? Se o cafofo estiver plantado na Barra, Leblon, Ipanema, a despesa ainda pode ser explicada. Mas, e nas comarcas do interior? Que tipo de imóvel suas Excelências vão alugar por essa verdadeira fábula de dinheiro em Mesquita, Belford Roxo, Japeri e Queimados, por exemplo? E por último: eles vão realmente morar nestas localidades? Eu duvido, e você? Deixe o seu comentário.
Como já prevíamos, e a notícia está no O Globo de hoje (19/12), a Assembleia Legislativa do Rio - ALERJ aprovou ontem, em única e rápida discussão, os projetos de lei complementar 34/13 e o projeto de lei 2.683/13, que tratam do auxílio moradia Ministério Público e do Tribunal de Justiça do estado. Em ambos os casos, o benefício será de até 18% do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal, podendo atingir até R$ 4,7 mil para cada magistrado, promotor e procurador. Como se pode ver, manda quem pode, obedece quem tem juízo!
Como já prevíamos, e a notícia está no O Globo de hoje (19/12), a Assembleia Legislativa do Rio - ALERJ aprovou ontem, em única e rápida discussão, os projetos de lei complementar 34/13 e o projeto de lei 2.683/13, que tratam do auxílio moradia Ministério Público e do Tribunal de Justiça do estado. Em ambos os casos, o benefício será de até 18% do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal, podendo atingir até R$ 4,7 mil para cada magistrado, promotor e procurador. Como se pode ver, manda quem pode, obedece quem tem juízo!
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |