Mulher tenta reanimar o pequeno Sebastian (foto: Al Dias/AP/reprodução) |
Depois de clicar a cena, o fotógrafo do “Miami Herald” correu por entre os carros que estavam parados ao longo da Dolphin Expressway até encontrar um policial, a quem relatou o ocorrido.
Além de dois bombeiros que também estavam presos no engarrafamento, Lucila Godoy, 34 anos, chegou a deixar o filho de 3 anos no carro e juntou-se a Pamela na tentativa de reanimar o bebê. As mulheres ainda foram ajudadas pelo policial Amauris Bastidas.
- Ele começou a respirar e chorar. E depois parou de respirar novamente - disse Bastidas.
Várias equipes de socorro de emergência chegaram ao local. Por fim, Sebastian voltou a respirar e as equipes de resgate o mantiveram vivo até a chegada dos paramédicos, que levaram a criança para o hospital, onde ele está em condição estável.
O socorro imediato em situações como essa pode ser a diferença entre a vida e a morte. Você seria capaz de ajudar alguém numa situação semelhante? O portal "Primeiros Socorros" ensina como fazer. Leia com atenção:
"A respiração é um fator fundamental para a manutenção da vida, e garanti-la num processo de assistência a uma vítima é vital para a mesma. O cérebro humano começa a ter necroses de caráter irreversível a partir de 6 minutos sem receber oxigênio do organismo e, após 10 minutos, a possibilidade de morte cerebral é quase certa. Diante disso esclareceremos agora, de uma maneira bem mais simples e objetiva possível a técnica de respiração artificial ou popularmente conhecida como respiração boca a boca, utilizada em casos de parada respiratória ou cardiorespiratória:
Primeiramente, é necessário verificar se a atividade respiratória do organismo da vítima ainda está em funcionamento. Para isso, incline a cabeça do indivíduo para trás, de forma que abra a boca do mesmo e, aproximando seu ouvido da boca, você irá constatar se os sons próprios da respiração estão sendo emitidos. Ao mesmo tempo, você irá observar a região do tórax da vítima, se há algum tipo de movimento ali, ainda que mínimo, pois esse movimento indicia a atividade pulmonar em funcionamento;
2- Deite a vítima sobre uma superfície firme, de barriga para cima e afrouxe as roupas dela, agora você irá fazer a abertura das vias respiratórias, deixando o queixo da vítima levemente erguido para que a respiração flua de maneira mais fácil. Em seguida, com os dedos remova possíveis resíduos ou objetos que possam estar dentro da boca o que dificultaria e obstruiria as vias aéreas, tais como: próteses, dentaduras, restos de alimentos, saliva em excesso, sangue, etc.
Verifique ainda se a língua da vítima não enrolou, e ocorrendo isso, procure cuidadosamente desenrolá-la. Todos esses movimentos realizados por ela devem ser feitos com o máximo de cuidado, uma vez que abordam a área do pescoço, onde se encontra a medula espinhal, e lesões nesse órgão são quase sempre irreversíveis; logo, limite os movimentos no pescoço da vítima;
3- Coloque uma das suas mãos pressionando para cima a testa da vítima, de maneir a abrir a boca da mesma e, com a outra mão, tape o nariz da mesma;
4- Inspire ar até que seus pulmões se encham de maneira significativa;
5- Com os seus pulmões cheios, você irá comprimir a sua boca com a boca da vítima assoprando com força todo o ar inspirado até notar que o tórax do indivíduo teve um movimento de elevação, (existem máscaras especialmente desenvolvidas para a respiração artificial, as quais impedem e evitam o contágio de doenças infecciosas eventuais do socorrista para vítima ou vice-versa decorrentes do contato direto e, se possível, é necessário sempre ter uma dessas máscaras no auxílio ao acidentado; porém, na falta dela, o atendimento não deve deixar de ser feito em hipótese alguma);
6- Tire as mãos da face da vítima e comprima uma sobre a outra o tórax desta, para que ela possa expirar o ar que você inflou em seus pulmões. Continue até que a pessoa volte a respirar sem auxílio."
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |