Na minha opinião esta é mesmo a função da mídia, ou seja, alertar às pessoas sobre as formas de contágio, os sintomas, o tratamento e a necessidade do comunicado às autoridades de saúde.
No entanto, está sendo criado um universo sensacionalista ao redor da doença. É certo que é uma doença transmitida por vírus, que necessita de internação, cuidados especiais etc.
A gripe suína contaminou ao todo 6 pessoas (casos confirmados) e até agora não matou ninguém, felizmente.
Mas a mídia esquece outras doenças que seguem matando silenciosamente há mais de um século.
Tirei uma pequena matéria do site da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro sobre a Tuberculose, que copio abaixo apenas para ilustrar.
Tuberculose, uma triste estatística no estado
O número de casos de tuberculose no Rio de Janeiro é o maior do Brasil. São aproximadamente 82 para cada grupo de cem mil habitantes, o dobro da média nacional. A cada ano, morrem 700 pessoas no estado com a doença. Para reduzir essa triste estatéstica, os 92 municípios fluminenses têm o Programa de Controle de Tuberculose.
- O paciente que está com tosse há mais de três semanas deve procurar um posto de saúde para fazer o exame de baciloscopia, que identifica a tuberculose em, no máximo, 24 horas - explica Lísia Maria Freitas, gerente de Pneumologia Sanitária da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (Sesdec).
A tuberculose é causada pelo bacilo de Koch, transmitido pelo ar. Os principais sintomas são tosse persistente por mais de 15 dias, febre, suor, falta de apetite, emagrecimento e fadiga. Embora o estado tenha dois hospitais de referência para tratamento da tuberculose - Ary Parreiras, em Niterói, e Santa Maria, em Jacarepaguá - nem todos os casos precisam de internação.
- A população do Rio de Janeiro é muito urbana e vive muito aglomerada. Uma pessoa que tem tuberculose, quando tosse ou espirra, elimina bacilos que podem contaminar o ar. No entanto, se for tratada, em 15 dias ela pára de eliminar o bacilo – explica Lísia.
O Estado do Rio registra, anualmente, 13 mil novos casos da doença. A taxa de cura é de 74,87% e a de abandono é de 12,2%. Este ocorre, geralmente, quando o doente começa a se sentir melhor e negligencia o tratamento. A meta nacional é curar 85% dos casos diagnosticados e reduzir o abandono para menos de 5%. Para saber mais sobre o assunto, acesse http://www.saude.rj.gov.br/tuberculose. Sobre o Autor:
Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral. |
Como sempre, eu nunca tiro a responsabilidade do povo. Quando não é ele mesmo que piora a situação (como, por exemplo, nos ônibus em dia de chuva, quanto todo mundo fecha as janelas a ponto de embaçar os vidros), ele deixa de agir quando é preciso maior participação e exercício de cidadania.
ResponderExcluirExemplo: O Metrô do Rio é o maior foco de disseminação de doenças pois na hora do rush a população fica confinada como gado num lugar onde não caberia nem a metade, espremida, um respirando o ar do outro. Eu digo que ali a gente pega desde gripe até piolho. É inclusive pior do que os trens da central devido a impossibilidade de abrirmos a janela (e também, por estar em baixo da terra, pouco iria adiantar). E mesmo viajando nessas condições, ninguém reclama, ninguém reinvidica. Ao contrário, ainda acham engraçado serem empurrados, apertados de todos os lados.
Outro ponto. Cadê aquele lencinho que todo mundo carregava antigamente? Já repararam que ninguém usa lenço? Todo mundo boceja sem colocar a mão na boca e tosse descaradamente na sua cara!
Não entra na minha cabeça o fado do brasileiro saber que não pode contar com a rede do SUS e também não faz nada para evitar doenças!
E pra finalizar, um comentário ácido. O Globo Online fez uma enquete se a gente acha que o Brasil está preparado para a Gripe Suína. Eu não votei e nem fui olhar o resultado, pois a minha opinião o preparo para esta gripe ou qualquer outra epidemia está diretamente associado a quanto se pode pagar.
É absurdo que uma doença antiga como a tuberculose, de tratamento mais do que conhecido no mundo inteiro ainda mate tantas pessoas no Brasil, mas principalmente no Rio de Janeiro.
ResponderExcluirTambém, depois de duas vezes Leonel Brizola, Moreira Franco, Nilo Batista, Marcelo Alencar, Benedita, Garotinhos, Rosinhas e agora o Cabral "viajandão", o que se podia esperar?