14 junho 2010

ANEL VAGINAL CONTRA A AIDS

O anel vaginal é um dos métodos contraceptivos posto hoje ao alcance da mulher. É de plástico flexível com 4 mm de espessura e 5,5 cm de diâmetro. Libera compostos de estrógeno e progesterona que são absorvidos pela mucosa vaginal. Deve ser inserido pela mulher entre o 1º e o 5º dias do ciclo e dura um ciclo completo.

A inserção é feita em posição confortável, agachada, deitada ou em pé com uma perna levantada.



Não há necessidade de ajustar o anel ao redor do colo do útero porque o anel é flexível. É recomendável o uso de método de barreira nos primeiros sete dias de colocação do anel.

Após 21 dias, retire o anel em horário semelhante ao da sua colocação. Para retirá-lo, puxe a borda com o dedo indicador ou prenda o anel entre o indicador e o dedo médio e puxe-o com cuidado. Após uma semana de intervalo, coloque um novo anel. O anel não precisa ser retirado para a relação sexual ou uso de absorvente interno. Pode ser usado com espermicida. Seu uso pode acarretar efeitos colaterais como sensação de um corpo estranho, saída do anel durante a relação sexual, infecções vaginais e enxaqueca.

Mais que um simples contraceptivo, ele será usado como método de prevenção da transmissão da Aids em mulheres africanas, como noticia a seção Saúde & Bem Estar, da revista Época. Segundo a matéria, "a Parceria Internacional para os Microbicidas (IPM, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira (8) o primeiro teste em mulheres da África de um anel vaginal com antirretrovirais que poderá prevenir a transmissão da Aids durante o ato sexual.

A organização sem fins lucrativos apresentou na Women Deliver, uma conferência internacional sobre saúde materna em Washington, o plano do estudo que se desenvolverá em duas fases com 280 mulheres africanas voluntárias, as primeiras delas na África do Sul.

O anel vaginal é feito de silicone flexível e desprende 25 miligramas do antirretroviral durante 28 dias, o que poderia proteger as mulheres durante o ato sexual. Na primeira fase da pesquisa, algumas mulheres utilizarão durante três meses um anel placebo e outras um anel que contém o remédio. Depois, serão medidos os resultados para saber se ele garante a proteção.

O anel da IPM foi testado e aprovado em quatro testes clínicos feitos em mulheres da Europa. Se os testes com as africanas confirmarem seu sucesso, o programa passará pela terceira e última fase, que deve ocorrer em 2011. Seus resultados devem sair em 2015.

Vários tipos de anéis vaginais foram utilizados desde 2001 como método anticoncepcional ou como tratamento hormonal em países desenvolvidos. Seu sucesso, segundo a IPM, se deve à liberdade e autonomia que esse tipo de produto oferece às mulheres. “Muitas vezes as mulheres não podem controlar sua saúde sexual ou se proteger da contaminação do vírus. A tecnologia de anéis poderia resolver esse problema”, assegurou a enviada especial do secretário-geral da ONU para a Aids na África, Elizabeth Mataka.

Segundo dados divulgados na Women Deliver, a cada dia mais de três mil mulheres no mundo são infectadas pela Aids. A doença é a maior causa de morte de mulheres entre 15 e 49 anos na África".

Sobre o Autor:
Carlos Roberto Carlos Roberto de Oliveira é advogado estabelecido em Nova Iguaçu - RJ. A criação do Dando Pitacos foi a forma encontrada para entreter e discutir assuntos de interesse geral.

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7 comentários:

  1. Saudações!
    Amigo ROBERTO, eu vou ficar torcendo para que o Anel chegue logo nas grandes redes de supermercados e secretarias de saúde, afinal as perspectivas são ótimas, além da proteção contra a AIDS a eficácia do instrumento parece ser extremamente notável.
    Parabéns por mais um post de qualidade!
    Abraços,
    LISON.

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  2. Olá querido Roberto!
    Excelente matéria! Vamos divulgar ao máximo!
    Inacreditavelmente, mesmo com tantas informações, ainda vejo pessoas sem a consciência efetiva dos perigos de uma DST e da própria AIDS. Acho que muitas pessoas ainda pensam que essas doenças só chegam até a casa do vizinho... Triste, lamentável!
    Grande beijo e parabéns por essa excelente publicação!
    Jackie

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  3. Olá Roberto!
    Maravilhosa notícia, mas peço licença para colocar aqui algo para reflexão. Imediatamente pensei que, é preciso também uma "orientação sexual" que ajude na mudança de hábitos entre o casal, pois afinal sabemos que o homem também pode transmitir AIDS, para sua companheira, sem que haja a penetração vaginal. E, todos nós sabemos, que a mulher está habituada a "agradar" a seu homem, o que ainda a impede de exigir proteção em outros tipos de "carinho". Se ficar só para a mulher,e literalmente na mulher a responsabilidade da prevenção...desculpe, mas acho que os fabricantes dos anéis lucrarão muito, mas os homens também precisam ser conscientizados de sua obrigação de cooperar, fazendo sua parte ( ou "não fazendo" e se conformando com isto!) O controle da AIDS teria que contar com uma sociedade menos machista, na minha opinião. Embora, eu concorde, claro, que já é um bom começo.
    Pelo amor de Deus, não pensem que minha vida pessoal já foi ameaçada neste sentido. Falo aqui da realidade que todos sabemos, sôbre as sociedades em geral.Não quis ser rude -leia-se o que estou escrevendo imaginando que falo com a voz calma,sem melodramas, mas penso de fato, que o poder que o homem ainda exerce sôbre a mulher na hora do ato sexual, dificulta muito as coisas, caso ele não perceba que tem que cooperar. Não acha? Todos falam disto como se fosse algo tão distante, mas que casais, em que sociedades,usam camisinha regularmente? Os homens que tem mais de uma parceira, fazem exames regularmente como dizemos que as mulheres tem que fazer? Os homens de todas as sociedades, seriam capazes de ter uma atitude segura, na hora do sexo, ao invés de deixar apenas para a mulher esta tarefa, ou apenas evitariam o beijo e a relação sexual vaginal ? E o resto, não transmite AIDS? Vi algo sobre isto num relance,em um programa de TV que entrevistava prostitutas. Mas, sexo não se faz apenas com meninas de programa, não é? Queria colocar isto também para servir de reflexão, já que se toca neste assunto tão delicado e importante.
    Cada um de nós poderia começar por educar os "meninos" da casa a respeitarem mais as "meninas" e irem se acostumando a não medir seu poder em atitudes irresponsáveis na hora do sexo. assim, as "meninas" não precisariam ficar se defendendo, não é mesmo? E isto vale para os namoros entre os jovens que nós aqui mesmo, conhecemos, não precisamos ir à África.
    Abraço grande,
    Vera.

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  4. Muito bacana esse anel vou sugerir para minha namorada.

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  5. Nunca tinha ouvido falar disso, obrigado pela informação.

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  6. boa noite.
    o anel vaginal pode nos garantir que nos, mulheres não fiquemos gravidas?
    e já agora para comprar é preciso um declaração medica???

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  7. Minha amiga Anônima:

    O anel é um cantraceptivo, logo, previne sim a gravidez, além de proteger com a AIDS. Até onde eu sei, não há necessidade de recomendação médica.

    Um abração...

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